Comemos e ficamos longos minutos na lanchonete. Esperando o padrasto de Jack nos levar até em casa. Matt pediu para que eu saísse para a loja de conveniência e comprasse o que eu desejava por conta da loja, eles os "homens" precisavam conversar.
Fiquei inquieta, gostaria de balançar a cabeça em negação querendo ouvir mas era uma boa tacada, porque não? Voltei sorridente para comprar mais coisas. Comprei uns chocolates, algumas besteiras, duas calças pretas térmicas e impermeável, e havia uma jaqueta de couro, linda que eu fiquei namorando porém não era justo dar aquela facada no avo do Matt. Fiquei encarando por tanto tempo que, nem percebi Matt entrando, pegando o meu tamanho e apoiando sobre os meus ombros.
- Você gostou? Ela é sua.
- É muita coisa Matt, não precisa. Sério.
- Hey gata, relaxa. Apenas vista e se sente bem com ela leve.
Pegou as outras coisas da cesta e colocou numa sacola. Jack estava me esperando no batente da porta.
- Vamos? Meu padrasto chegou.
Caminhei silenciosamente até a caminhonete vermelha.
- Olá. Comprimento o Tey, padrasto de Jack. Posso fazer uma pergunta? O porquê das correntes nas rodas?
- Olá Kat, seja bem vinda. Seu tio disse muito bem de você. As correntes é para não deixar deslizar.
- Oh entendi. interessante....
- Jack soube do acontecido na reserva? Mataram dois cachorros do Bill, diz ele que o bicho era grande. Hoje vai ter reunião lá. Seu pai Jack e seu tio kat estão lá desde o ocorrido.
- Mas era um lobo?
- Não sabemos, vamos rever as câmeras de segurança. E mais tarde te ligo. Fique na casa do seu pai com Kat. Estamos em sinal de emergência. Não acho uma boa ideia ela ficar sozinha sem proteção. Você ainda tem aquilo que lhe dei no inverno passado?
- Sim, está numa gaveta com fundo falso no closet.
- Perfeito, se virem algo de estranho permaneçam em casa. Caso contrário atire e me liga.
- Ok.Foi uma conversa estranha e assustadora ao mesmo tempo. Chegamos na mansão de Jack. Aquela casa de madeira preta em meio ao branco da neve. Era encantadora. Estávamos andando pelo caminho, o padrasto de Jack já havia pegado a estrada para ir embora, escutamos um estalo enorme atras da casa, na parte da cozinha. Entramos na casa, era magnífica por dentro, toda quentinha, larguei minha mochila pela entrada, junto com a bota e casaco. Eu com toda certeza, vou implorar um banho pro Jack assim que descobrimos o que é esse barulho. Olhamos um pro outro, e pegamos os dois espetos que estavam perto da lareira, seja o que Deus quiser. Andamos devagar pelo chão de madeira, prontos pra entrarmos na cozinha.
- Merda. Sussurrou.
A porta da cozinha estava totalmente aberta, e aquele vento gelado invadia e fazia tremermos de frio, tivemos a coragem de colocar a cara pra fora mas não havia nada, estava muito quieto, quieto demais para ser verdade pelo que estava acontecendo. Fechamos a porta da cozinha e enquanto virávamos para voltar pra sala, ouvimos um barulho de algo caindo na sala, e alguém correndo escada acima. Chegamos na sala e só havia um livro caído. Não tinha mais nada. Fechamos a porta da sala, que o infeliz havia aberto. E largamos os espetos de volta ao lugar pertencente.
- Calma Jack, as vezes não é nada. Posso te pedir um favor?
- Claro. Você está com fome?
- Não, eu quero tomar um banho.
- Vem, vamos subir. Você pode tomar um banho no meu quarto. O chuveiro mais quente da casa. Ou você prefere a banheira?
- Tudo bem, o chuveiro é melhor. Preciso só trocar a roupa antes que fique doente, me dá um anti-inflamatório também.
Subimos escada acima, estava ainda preocupada, o semblante de Jack havia mudado totalmente. Entramos em seu quarto, a terceira porta à esquerda. Era uma suíte enorme, com uma cama gigante. Meu quarto não era nada perto daquele.
- Aqui que é o covil do lobo mal?
- HAHAHA falando assim até parece que sou um lobo, que pega presas fáceis e traz para a toca. Infelizmente, estou mais para Lobo Solitário. Abandonado por todas.
Ah não fique triste, peguei nas bochechas dele, uma hora uma chapeuzinho vermelho cai nos seus encantos.
- tem toalha no closet, pode pegar uma roupa minha emprestada, depois você devolve. Tem calcinha?
Afirmei com a cabeça, sacudindo a necessaire. E virei indo até o closet. Só vi uma mão me puxando, e dei um grito. Quando Jack chegou no closet, todos começamos a rir e ele fechou a cara totalmente. Colocando a mão no coração.
Planejamos isso pelo celular.
Caik, Luy, Matt e Dylan.
- Vocês querem me matar? -Jack
- Era apenas uma brincadeira, relaxa senhor valentão. - caik
- Vocês souberam das notícias? - Kat
- Sim, mandaram a gente vir ficar aqui. Tem problema? - Luy
- Tem não. - Jack
- vamos pedir algo pra comer? -Matt
- Droga esqueci que não estou mais em Chicago. - Matt
- Tem pizza no congelador, é só colocar pra assar. Vem machos, vamos tomar alguma coisa, meu pai deixou o escritorio aberto. - Jack
- Luy, vou tomar banho. Vai ficar aqui? - kat
- Não, tem problema eu ficar, bom, no banheiro com você? Não curto muito ficar perto dos meninos, ainda mais se eles tiverem com bebida. Não gosto de bebida. -luy
- Claro que não, venha. Como eu faço para ligar o chuveiro? Eu não sei alternar, e a água sai fervendo.
Ela me ajudou a controlar a água, enquanto eu enrolava meus longos cabelos num coque frouxo. Tirei minha roupa e Luy estava concentradíssimo em um livro de romance, sentada no vaso bem acomodada, não me importei em tirar minha roupa na frente dela. Ela tinha o mesmo que eu, e preferia homens. Entrei naquela água relaxante, me ensaboei e desliguei o chuveiro, não sabia que Jack era apaixonado por baunilha. Vou perguntar isso em outra hora. Me sequei dentro do box e sai para fora, peguei minha calcinha reserva na bolsinha. Branca de bolinhas vermelha.
- Uau, que calcinha sexy. Luy parou de prestar atenção no livro, e riu um pouco corando suas bochechas.
- Gostou? Comecei a rir.
- Adorei. Vamos pegar uma roupa pra você.
As calças térmicas de Jack me serviam porém marcavam as curvas do meu corpo, vesti uma calça preta, e uma t-shirt escrita
Fuck Yourself, branca. Tínhamos o mesmo tamanho. Era incrível. Bom, só não sei se, ele iria aprovar minha escolha dentro do closet dele. Passei meu perfume reserva que eu carregava e desodorante, procurei o remédio dentro das gavetas da pia, e mandei um anti inflamatório para dentro, uma garantia que eu não ficasse doente. Saímos do quarto de Jack, e seguimos até o porão, o cheiro de pizza de queijo e pepperoni estava divino.
Descemos uma escada meio apertada para o porão, a porta esquerda dava à vista de um Salao de jogos, e uma sala de cinema. E a direita, tínhamos a vista linda e privilegiada dos garotos bebendo uísque e conversando sobre o ocorrido. Andamos até eles e nos sentamos em uma das cadeiras vazia do escritório.
- Morreu seis pessoas Caik, o que você imagina que seja?
- Falaram que foi um Lobo.
- Não, um Lobo não faria isso.
- Um lobisomem,talvez? indagou dylan.
- Lobisomem? Tá ficando louco? Não existe isso.
Luy, ficou muito pensativa, olhou para seu celular. Me deu um abraço de lado, e sussurrou.
- Amiga, eu preciso ir. Meu irmão está me esperando lá fora. Ele não gosta de demoras. Desculpa, beijos.
A garota loira, de olhos verdes, saiu correndo, pegou seu casaco e calçou suas botas. Entrando em um carro preto e desaparecendo. Sem que os garotos percebessem . Já que estavam distraídos com a tal conversa do Lobisomem. Fui checar as pizzas.
E...

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Fatos de uma Gorda
ChickLitOlá! Me chamo Katherine, podem me chamar de Kat. Nos primeiros capítulos, morava no Brasil, mas pela minha mãe querer o mesmo destino dela, em ser rainha do baile do internato em Miami, eu fui mandada para viver uma vida fora do Brasil, com um ingl...