Duas pessoas problemáticas que resolvem se envolver. uma psicopata, e uma depressiva. mentes danificadas e alma vazia. seria possível nascer um amor entre duas pessoas assim? talvez... mas seria um amor perigoso. mas Lauren Jauregui e Camila Cabello...
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Cedinho da manhã, Camila levantou, o braço de Lauren estava sob sua cintura, e ela havia gostado de dormir ao lado dela, de ter por um momento fugido de sua solidão, mas aquilo não podia continuar daquela forma, Camila não gostava de contatos assim, ainda mais com pessoas que ela mal conhecia, Lauren ainda era um mistério para ela, e não sabia porque, havia confiado nela, alguém que torturou uma garota, e ela deixou dormir ao seu lado. saiu da cama com cuidado e foi direto para o banheiro, sua cabeça doía, os maus pensamentos já começavam logo pela manhã, os desejos suicida, a vontade de cortar a própria pele e ver o sangue escorrer. ela abriu a prateleira onde tinha o espelho no banheiro, e pegou uma de suas lâminas. estava afiada e tentadora. ergueu as mangas da blusa, já tinha tantas marcas ali.
''você é uma inútil. sua vida não vale nada. acabe logo com isso, vamos! não seja covarde, corte do modo certo''
a voz na sua cabeça dizia, e ela queria dar um fim nisso, queria acabar de vez com seu tormento, mas quando foi traçar um corte em seu braço a mão pálida e gélida de Lauren segurou a sua, fazendo cair a gilete.
— o que está fazendo?
— eu que pergunto, o que pensa que está fazendo?
— você me ensinou a forma certa, a forma que mata
— eu não ensinei porque queria que fizesse. eu tenho marcas no meu corpo e eu nem as provoquei, porque então provoca tantas marcas em si mesma?
— porque já tenho muitas na alma, e mais algumas na pele não vai fazer diferença, então solta a minha mão ou eu vou gritar, se meu pai entrar aqui eu digo que invadiu
— não faria isso
— você não me conhece
soltou o braço dela e a fitou nos olhos de forma penetrante
— e nem você me conhece
— precisa ir embora, eu já fiz muito em ter te deixado dormir aqui, e ainda fez o que eu disse para não fazer, era pra ter dormido no colchão, no chão
— você falou que eu podia ficar. como posso ir embora como você nesse estado? eu sinto necessidade de cuidar de você, como um viciado sente necessidade de consumir drogas
— que merda está falando? você nem me conhece direito
— é a garota solitária, que não tem amigos, que os pais não a compreendem, que é depressiva e que é apaixonada pelo lado obscuro das coisas, essa é você, e não adianta negar, eu vejo no seus olhos castanhos, vejo quem você é por dentro, vamos lá, comigo não precisa usar máscaras
— você não pode simplesmente entrar na minha vida, dizer o que tenho que fazer ou não e agir como se me conhecesse. olha só pra você, vive em uma casa velha, sozinha, seus olhos estão com olheiras, tem se alimentado de quê? tem dormido a noite?