seven

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Depois do que aconteceu, Lauren não voltou aparecer

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Depois do que aconteceu, Lauren não voltou aparecer. o domingo se foi, passou a segunda, terça, na quarta ela olhou ao seu redor quando ia entrar no colégio, tentou ver se encontrava a garota entre os alunos, mas ela não estava lá. na quinta ela se sentiu culpada por ter falado de forma grosseira com ela, afinal, tinha sido apenas um beijo, e ela gostou, só não era acostumada a toques como esse, a sentir sensações como essa. sua mente era confusa e danificada. na sexta feira, nenhum sinal dela também. no sábado ela nem saiu do quarto, só levantou quando escutou as batidas na porta.

— me deixa em paz

— isso não é jeito de falar com a sua mãe

— só quero ficar sozinha

— você sempre fica, precisa se alimentar, desça para comer, e isso não é um pedido

Camila suspirou. sua cabeça estava doendo, deveria ser porque não tinha mesmo se alimentado bem durante essa semana, estava com a cabeça mais ocupada pensando onde Lauren poderia estar, e nem sabia o porque daquela preocupação. seus braços estavam ardendo, tinha que procurar outra parte para cortar, talvez a região das coxas, porque ali não dava mais, apenas depois que sarasse. ela parou em frente ao espelho, se sentia horrível, cheia de olheiras, roupa amassada. apenas prendeu os cabelos e saiu do quarto, sua vista até doeu quando viu a claridade.

— apareceu alguém atrás de mim?

— você fez amizades? se tiver feito, isso é novo pra nós

— apenas me respondam a pergunta por favor

— não, por enquanto não apareceu ninguém. deveria se esforçar mais para ter contato com as pessoas

ela ignorou a fala da mãe e sentou a mesa. não conseguia encarar seu pai por muito tempo, sentia nojo ao lembrar da cena que viu no escritório. apenas pegou os biscoitos caseiros que tinha no prato, e comeu acompanhado com uma xícara de leite morno.

— porque é diferente das outras garotas da sua idade? não sai de casa, não arruma um namorado, não tem amigos, não se arruma, onde foi que a gente errou?

ela virou o rosto e encarou a mãe

— já se olhou no espelho? está parecendo uma morta viva

— talvez eu estava mesmo morta, mas por dentro, mas vocês não perceberam né?

se levantou com o prato e o copo em mãos

— aonde está indo?

— comer em paz no meu quarto

Sinuhe nem protestou, sabia que ela não daria ouvidos.

— essa garota precisa de seções de terapias

— não posso tratá-la, sendo pai dela, mas posso falar com um amigo meu especialista também, mas com certeza Camila não vai querer

— ela não tem o que querer, iremos fazer o que é melhor pra ela, isso não é normal, esse comportamento estranho, desde criança Camila é assim, acanhada, não interage com as pessoas, sempre se trancando em seu próprio mundo, é com se ela colocasse uma barreira entre nós, seus próprios pais, e ela

Dangerous love - CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora