Depois do que aconteceu, Lauren não voltou aparecer. o domingo se foi, passou a segunda, terça, na quarta ela olhou ao seu redor quando ia entrar no colégio, tentou ver se encontrava a garota entre os alunos, mas ela não estava lá. na quinta ela se sentiu culpada por ter falado de forma grosseira com ela, afinal, tinha sido apenas um beijo, e ela gostou, só não era acostumada a toques como esse, a sentir sensações como essa. sua mente era confusa e danificada. na sexta feira, nenhum sinal dela também. no sábado ela nem saiu do quarto, só levantou quando escutou as batidas na porta.
— me deixa em paz
— isso não é jeito de falar com a sua mãe
— só quero ficar sozinha
— você sempre fica, precisa se alimentar, desça para comer, e isso não é um pedido
Camila suspirou. sua cabeça estava doendo, deveria ser porque não tinha mesmo se alimentado bem durante essa semana, estava com a cabeça mais ocupada pensando onde Lauren poderia estar, e nem sabia o porque daquela preocupação. seus braços estavam ardendo, tinha que procurar outra parte para cortar, talvez a região das coxas, porque ali não dava mais, apenas depois que sarasse. ela parou em frente ao espelho, se sentia horrível, cheia de olheiras, roupa amassada. apenas prendeu os cabelos e saiu do quarto, sua vista até doeu quando viu a claridade.
— apareceu alguém atrás de mim?
— você fez amizades? se tiver feito, isso é novo pra nós
— apenas me respondam a pergunta por favor
— não, por enquanto não apareceu ninguém. deveria se esforçar mais para ter contato com as pessoas
ela ignorou a fala da mãe e sentou a mesa. não conseguia encarar seu pai por muito tempo, sentia nojo ao lembrar da cena que viu no escritório. apenas pegou os biscoitos caseiros que tinha no prato, e comeu acompanhado com uma xícara de leite morno.
— porque é diferente das outras garotas da sua idade? não sai de casa, não arruma um namorado, não tem amigos, não se arruma, onde foi que a gente errou?
ela virou o rosto e encarou a mãe
— já se olhou no espelho? está parecendo uma morta viva
— talvez eu estava mesmo morta, mas por dentro, mas vocês não perceberam né?
se levantou com o prato e o copo em mãos
— aonde está indo?
— comer em paz no meu quarto
Sinuhe nem protestou, sabia que ela não daria ouvidos.
— essa garota precisa de seções de terapias
— não posso tratá-la, sendo pai dela, mas posso falar com um amigo meu especialista também, mas com certeza Camila não vai querer
— ela não tem o que querer, iremos fazer o que é melhor pra ela, isso não é normal, esse comportamento estranho, desde criança Camila é assim, acanhada, não interage com as pessoas, sempre se trancando em seu próprio mundo, é com se ela colocasse uma barreira entre nós, seus próprios pais, e ela
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Dangerous love - Camren
FanfictionDuas pessoas problemáticas que resolvem se envolver. uma psicopata, e uma depressiva. mentes danificadas e alma vazia. seria possível nascer um amor entre duas pessoas assim? talvez... mas seria um amor perigoso. mas Lauren Jauregui e Camila Cabello...