Tony
O desespero toma conta de mim vejo Mia se afastar de mim sem saber como mantê-la comigo, a dor me corroí e suas palavras atravessam minhas veias rasgando meu peito, nesse exato momento perdi o controle de tudo me amaldiçoo por ter escondido dela, poderíamos ter feito isso junto, mas eu escondi e agora ela foi embora ela me deixou sem abertura para uma volta e seu coração está tão quebrado quanto o meu e tudo é por minha culpa. Estou sentando com meu rosto entre minhas pernas, mas queria sumir agora quero desesperadamente voltar a alguns meses atrás, voltar a nossas brigas infantis, voltar para aquela boate e conhece-la de novo e dessa vez fazer tudo certo, eu queria poder mudar tudo e saber que não posso me quebra em mil pedaços. Estou preste a morrer de dor, mas minha dor nem se compara a dela então talvez eu devesse tentar de novo quem sabe ela me ouça quem sabe ela me abrace e diga que podemos voltar a ser como éramos, olho o relógio são 2h30mim da manhã e corro para seu apartamento e toco a campainha compulsivamente, mas não á nenhum ruído do lado de dentro está totalmente escuro como se ninguém estivesse ali, meu estomago embrulha tem alguma coisa errada ela não sumiria assim e corro para o hospital, Julie tem que me dizer eu tenho que concertar as coisas.
Chego ao hospital e Joshua está sentado no sofá e Julie está assistindo televisão, quando entro ambos ficam alarmados.
- Eu sinto muito vir aqui essa hora, mas eu preciso falar com você. – fico parado do lado da cama de Julie abaixa o volume e me mostra a cadeira.
- Senta. Josh pode nos dar licença um pouco.
- Tudo bem qualquer coisa estou na cafeteria. – Joshua sai e fecha a porta.
- Onde Mia está? Ela não atende minhas ligações e a casa está silenciosa toquei a campainha, mas não obtive resposta.
- Vou te contar uma história. – o semblante de Julie enrijece.
- Tudo bem.
- Quando eu estava na faculdade Mia ia muitas vezes até para me ver e em algumas dessas vezes um dos meus colegas deu várias investidas nela, ele tinha terminado com a ex-namorada e fez mil promessas, disse tudo o que as mulheres gostam de ouvir e mesmo ela relutando ele ia ao nosso apartamento tentando convence-la que ele estava levando á sério e Mia concordou, eles saíram e começaram a namorar iam para todos os lugares juntos, tiravam milhares de fotos juntos, eram um casal supostamente feliz, Mia não levava os caras á sério e com ele ela tentou e se apaixonou profundamente. – Julie dá uma pausa e continua. – Mas, em uma noite que ele havia desmarcado com ela nós ficamos em casa e ela recebeu uma mensagem dele, ele terminou com ela por mensagem e Mia ficou arrasada eu não posso nem descrever o tamanho do estrago que aquele imbecil causou depois disso ela não se envolveu com mais ninguém até você aparecer. Ela me contou sobre o restaurante e todo o resto depois disso ela decidiu ir trabalhar fora, nem eu sei onde ela está só sei que ela não quer ser encontrada e se ela se despediu de você como acho que ela fez isso é o fim então apenas á deixe, quando as feridas dela estiverem curradas ela vai voltar, pense nela como uma planta que precisa de sol para sobreviver e assim vai entender o quão necessária foi essa partida.
- Eu não voltei com Michelle ela só apareceu no restaurante e... – não tenho argumentos para me defender.
- E por que raios levou a Michelle e não a Mia seu imbecil? – ela quase grita.
- Eu levei em consideração os anos que vivemos juntos e á tirei de lá.
- E levou em consideração como Mia se sentiria? Levou em consideração que quem ajuntou seus pedaços foi a Mia? E levou em consideração o amor de Mia? O que te fez pensar que os doze anos que viveu com Michelle dão o direito de machucar outras pessoas?! – Julie está furiosa como nunca vi. – Eu posso ser egoísta por querer segurar ela aqui, mas você não é diferente do Spencer. E vou dizer por que eu quero que sinta a mesma dor que Mia, ela está em um avião indo para algum lugar, seu voo saiu á uma hora atrás.
- Eu sinto muito pelo que fiz Julie.
Saio correndo para o aeroporto passando pelos sinais vermelhos e podando os carros em minha frente, eu precisava fazer alguma coisa não podia ficar parado apenas observando, chego ao aeroporto e começo a procura-la pela multidão vou aos guichês de embarque e não á vejo o desespero toma conta do meu peito e volto a procurar até que a vejo grito seu nome, mas ela não me ouve continuo gritando e tento entrar, mas os seguranças me impedem minha voz está quase em um fio, mas não desisto preciso que ela me ouça preciso que ela volte, caio de joelhos no chão e lágrimas quentes descem vendo a mulher que amo partindo sem que eu possa fazer nada, me sinto derrotado um completo idiota eu deveria ter falado tudo por que eu tive que esconder dela, por quê?! Os seguranças ainda estão lá e em um ultimo ato de desespero peço;
- Pra onde vai esse voo que acabou de sair? Por favor, me ajudem. Pra onde ela está indo?
Eles fazem sinal de não com a cabeça, eles não dirão nada, eu a perdi a um toque dos meus dedos, se eu tivesse chegado mais cedo talvez ela não tivesse ido.
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Emília (Mia)
Chego ao aeroporto uma hora antes não queria ficar trancada dentro do apartamento sabendo que Tony estava a passos de mim por que se ele fosse até mim não sei se conseguiria partir e deixa-lo lá então liguei para Scott que veio imediatamente até mim.
- Aqui um chá e um remédio para seu enjoo. – ele me entrega o copo e o envelope com o medicamento.
- Obrigada. E sinto muito por estar dando trabalho e ter acordado você.
- Não é nenhum trabalho e bem não consegui dormir de qualquer forma fico feliz que tenha ligado.
- Obrigada por me propor a viagem mesmo sabendo sobre a gravides.
- Emília prometo cuidar de vocês dois o tempo que quiser ficar do meu lado.
- Como soube meu nome? – indago confusa.
- Seu passaporte caiu antes e eu vi, sinto muito se isso te incomoda. – solto uma risada irônica e Scott me encara.
- Até você sabia meu nome e Tony não. – digo amargamente.
- Por que nunca contou?
- Não uso meu nome com frequência, então apenas ás vezes o esqueço.
- Sei que não é da minha conta, mas vou perguntar igual. Falou com Anthony sobre o bebê?
- Não.
- Está com fome? Quer que eu pegue alguma coisa em específico?
- Se eu comer agora o resultado não será nada agradável. – digo soltando uma gargalhada.
Olho para o relógio já são 3h30mim, nosso voo estava atrasado e já estava impaciente de ficar sentada Scott sai e volta com algumas revistas nas mãos.
- O voo sairá as quatro então até lá pode se distrair lendo sobre a cultura e ver algumas fotos de Seul.
- Obrigada, vai ser muito útil.
"O voo para a Coreia do Sul\ Seul sai em dez minutos, por favor, todos se dirijam para a sala de embarque.".
Saímos para a sala de embarque e não olho para trás, um aperto no peito invade meu corpo como se soubesse que se eu parar agora nunca mais voltarei a ser eu mesma então sigo em frente sem saber o que me espera, mas pelo menos sei que no momento é o melhor para mim e para meu pequeno anjinho.
Música: Marsmello Ft. Bastille - Happier
Boa Leitura!
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The road to the happy ending
RomanceDuas amigas, dois amigos, duas histórias que se entrelaçam, sonhos, intrigas e uma entrega à vida apaixonante. Até onde cada um vai por seus sonhos. Descobertas sobre o passado, aceitação, caminhos que se juntam de tal forma que se torna impossíve...