The road to the happy ending

Nem a maior verdade justifica a pior mentira

Tony

Depois que Mia me deixa no hospital percebo que estive errando com ela esse tempo todo eu estou escondendo dela o que é deixaria feliz, mas a questão é que ela não sabe disso e eu estou tornando a dor dela ainda mais latente, olho para trás e Mia já saiu do meu campo de visão não posso ficar parado aqui começo a correr pelo hospital procurando por ela desesperadamente ela não pode ter sumido assim, procuro pelos corredores, e em todos os lugares que ela poderia estar desço pelas escadas de emergência e ouço um choro baixo chego mais perto e a vejo com o rosto enterrado em seus joelhos e meu coração dói por vê-la assim, um medo indescritível toma conta de mim fico com medo do que me tornei para ela, penso no quão pior eu sou que Michelle, por que quando ela me machucou Mia me curou e agora eu sou a causa de sua dor então apenas sento na escada e a escuto chorar sem saber como consola-la essa sensação me mata e mata á ela também. Não sei quanto tempo ela passa lá escorada na grade fria sem dizer uma palavra sem se movimentar apenas vejo suas costas subindo e descendo calmamente. Me aproximo e ela está dormindo essa visão me deixa sem ar, ela está tão pálida não se parece com a Mia que conheci e saber que eu á deixei assim é devastador.

Á pego no colo e ela se enrosca em meu pescoço enterrando seu nariz em minha camisa, o que há de errado com ela, parece tão exausta e frágil subo as escadas e me dirijo para a saída onde estão os carros, procuro ao redor e vejo o jipe de Mia estacionado no fundo pego a chave do carro e abro colocando-a sentada no banco do carona, verifico seu pulso que está normal apenas não entendo como ela pode estar assim e o pior é que mesmo que eu pergunte ela não vai dizer nada, viro a chave de ignição e ela acorda em um salto.

- O que está acontecendo? -Ela olha ao redor confusa e me vê no banco do motorista seu semblante se fecha completamente e ela enrijece. – O que está fazendo aqui?

- Eu a trousse para o carro você estava na escada dormindo então eu só... Mia o que está errado? Fala comigo, hoje e noite jante comigo vamos esclarecer as coisas e voltar a ser como éramos? Por favor? – suplico.

- Tudo bem. – ela diz e saí do jipe saio também e ela se escorra observando as pessoas saindo do hospital, seus olhos estão vermelhos e com olheiras.

- Me desculpe por ser tão cego Mia eu deveria ter cuidado de você eu lamento muito. – digo tentando fazer com que ela me olhe.

- Nem a maior verdade apaga as menores mentiras. Mande por mensagem o endereço, vou indo agora.

Ela dá partida e eu fico lá desconcertado e me sentindo o pior homem do mundo e a única chance que tenho de concertar isso é ser honesto com ela hoje. Escolho um restaurante e mando o endereço assim como ela pediu vou para casa e me arrumo, pego o anel e a planta da casa para que ela veja o que estive fazendo esse tempo todo provar que meu maior desejo é ama-la e cuidar dela independente de qualquer coisa e hoje não vou pensar em detalhes apenas vou trazê-la de volta pra mim e nunca mais deixar que ela se afaste.

Chego ao restaurante e está quase na hora marcada, estou ansioso, mas confiante hoje finalmente vou fazer o pedido planejado por tanto tempo sei que ela não liga pra decoração e vou contar toda a verdade me desculpando quantas vezes forem necessárias.

Olho para o relógio mais uma vez e alguém puxa a cadeira.

- Oh você vei... O que faz aqui Michelle? – digo rispidamente.

- Estava esperando outra pessoa? – ela sorri e olha pelo lado de fora depois pega a minha mão, solto minha mão e mais uma vez indago.

- O que faz aqui?

- Recuperando meu marido. Recuperar você querido.

- Vai embora estou esperando outra pessoa.

- Ela não virá Anthony. – Michelle pega sua bolsa e saí me deixando com um aperto no peito, por que Mia não vem? Ela virá, ela tem que vir.

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Mia

Chego ao apartamento e reviro meu guarda roupa procurando algo bonito pra vestir, tomo um banho longo e lavo meus cabelos deixando o cheiro de chocolate invadir minhas narinas faço uma maquiagem e pego um salto e pronto estou ótima, hoje vou contar ao Tony sobre a gravides e tudo dará certo estou pronta para falar, respiro fundo e vou para o restaurante, paro no estacionamento e saio do carro, vejo que Tony já está lá e isso me deixa feliz, ele realmente veio.

Passo por um caminho de pedras por onde dá para ver todas as pessoas no restaurante e meus olhos os encontram, ela está segurando a mão dele, meu peito parece que vai explodir ela me viu e sorriu não posso acreditar que ele fez isso, ele só queria esfregar na minha cara que estaria com ela, não posso ficar aqui um nó se forma em minha garganta eles estão juntos e eu acreditei que seria diferente que ele não me quebraria, mas ele quebrou sinto que lágrimas quentes rolam e estou ficando sem ar eu sou tão ridícula como pude acreditar nele, como eu pude depois de passar por isso uma vez não aprendi me escondo deles me sinto horrível à dor toma conta da minha alma, sinto que estou sendo rasgada ao meio e a imagem dos dois juntos faz voltas em minha cabeça. Uma mão toca meu ombro e o medo que seja Tony invade meu corpo.

- Mia, sou eu Scott. Vamos sair daqui. – sem dizer nada dou minha mão á ele que me leva para o jipe e vai para o banco do motorista.

Ele dá partida e saímos de lá, mantenho meus olhos fechado o tempo todo, sinto os olhos de Scott em mim, mas não me atrevo a encara-lo me sinto vazia como nunca me senti antes. Sinto um cheiro familiar e abro os olhos.

- Uma barraquinha de comida? – olho para Scott que sorri e pega a minha mão.

- Agora vamos alimentar esse anjinho, espere aqui.

Ele sai e logo volta com quatro cachorros quentes enormes que me fazem literalmente lamber a boca.

- Coma. – ele me entrega um e começo a comer como se fosse a minha ultima refeição na terra.

- Obrigada eu nem fazia ideia que estava com tanta fome.

- Gravidas sempre tem fome.

Quando ele fala isso me lembro do que ele falou sobre "anjinho" e me dou conta que ele sabe da gravides.

- Scott desde quando sabe que estou grávida?

- No dia que parou no hospital, eu disse para não comentarem que fui eu quem te levou para hospital.

- Eu nem sei o que dizer... Quer dizer obrigada por isso e nossa. – fico sem palavras e ele passa a mão nos meus cabelos.

- Agradeça vindo para Seul comigo.

- Ainda quer que eu vá com você? Têm certeza disso? E se eu for um fardo?

- Sim tenho certeza e você nunca será um fardo, serão três meses, mas se quiser ficar mais tempo eu invento trabalhos para mantê-la ocupada.

- Posso te responder amanhã? Eu prometo que terá sua resposta. Por favor?

Ele sorri e me entrega o outro cachorro quente.

- Vou esperar Mia. Amanhã.

Voltamos a comer com o céu estrelado nos iluminando enquanto ele contava algumas piadas sobre bebês e coisas que crianças fazem, e por um momento me esqueci de tudo que me atormentava á semanas.

Música: David Guetta - She Wolf (Falling to pieces) Ft. Sia

Boa Leitura!