Julie
Chego à empresa segunda-feira de manhã e sinto os olhares em cima de mim, alguns de medo, curiosidade e inveja não por eu estar casando, mas por que eu acabei de entrar na empresa e Josh não faz a menor questão de esconder desde o inicio o seu interesse em mim, o casamento é uma formalidade e essa formalidade está acabando com meu humor, ninguém me diz nada e quando peço alguma coisa parece que estou cometendo um crime, exatamente o que eu falei que iria acontecer quando assumíssemos a nossa relação, estou tão frustrada que poderia sumir agora, ouço duas vozes familiares vindo do elevador e nesse momento fico um pouco aliviada até ver minha mãe e minha futura sogra entrarem com uma pasta maior que o livro It a coisa (claro que não era tão grossa, mas naquele momento realmente parecia) e todo o alívio foi embora quando minha mãe colocou a minha frente.
- Oi filha! – sou puxada para um abraço por mamãe.
- Oi. O que fazem aqui?
- Precisamos que tire uns dias de folga já falei com Josh. – Mary sorri como se ela não tivesse dito nada de mais.
- Folga? Mas, eu acabei de chegar não posso simplesmente sair. – digo entre os dentes.
- Seu futuro marido é o CEO querida apenas vamos nos divertir com as coisas do casamento. – mamãe pega minha bolsa e me arrasta do escritório.
Estava tão frustrada e ainda nem tínhamos saído do prédio, já previa um dia cansativo Mary e mamãe conversavam sobre louças e toalhas de variados tipos enquanto eu mandava mensagens descontroladamente para Josh.
"Eu sei que vamos nos casar, mas, folga?"
"Olha eu não preciso sair por que elas não fazem isso?!"
"Isso está comprometendo meu trabalho!"
"Se eu tenho que passar por isso você também terá!"
"Aguarde e veja que não vou deixar passar! FOLGA?!"
"POR QUE RAIOS AS XÍCARAS TEM QUE SER ARTESANAIS?!"
"JOSHUA CALLUM!!!"
Depois de perceber que brigar não funcionaria resolvi apelar.
"AMOR me salve, por favor?"
Fico com o celular na mão e ele visualizou, mas não obtive resposta, fico ainda mais frustrada grito comigo mesma para ter calma, eu não gosto de decoração e não tenho paciência para ver qual tecido é melhor.
Chegamos ao carro e elas me jogam duas pastas no colo sem deixar de conversar, começo as abrindo e são as mesmas coisas que ouvi no elevador e que estou ouvindo no carro, preciso pensar em uma solução rápido. Abro a outra pasta e são vestidos, lindos, brancos e bufantes e isso me chama a atenção são variados modelos, é uma pena ter que usa-los e tirar do manequim.
- Escolha com calma, nós logo poderemos ver ao vivo os modelos. – Mary toca minha mão de leve e a conversa dela volta a fluir.
É impossível não notar o esforço delas para dar o melhor tanto pra mim quanto para o Josh. Fico feliz por saber que apesar de tudo nos mantemos juntos e seguros. Chegamos á boutique e somos levadas a uma sala com vestidos por todos os lados, meus olhos se enchem pelos detalhes, mas assim que as vejo pegando vários modelos engulo em seco queria dizer que são muito chamativos, bufantes e brilhosos, assim que começo a experimentar e mostrar a elas fico ainda mais desconfortável eu não gosto de exageros e elas são trajadas de brilho fico arrepiada só de ver.
Passo uma hora provando vestidos de variados modelos e tamanhos, minha mãe já estava bêbada e Mary incomodada, por fim para não alongar mais a situação faço uma breve descrição de um vestido que todas iriamos gostar, a moça me leva a outra sala e me deparo com o vestido que iria me casar, passo os dedos pelo tecido é incrivelmente lindo duas moças me ajudam a vesti-lo e vou para frente do espelho me sinto incrível, ele fica ainda mais bonito no corpo sem duvida esse será a escolha. Subo as escadas e paro e assim que elas abrem a cortina mamãe e Mary vem em minha direção e como já esperava as palavras dela condiziam com as minhas.
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The road to the happy ending
RomanceDuas amigas, dois amigos, duas histórias que se entrelaçam, sonhos, intrigas e uma entrega à vida apaixonante. Até onde cada um vai por seus sonhos. Descobertas sobre o passado, aceitação, caminhos que se juntam de tal forma que se torna impossíve...