Chapitre Neuf

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"Colabora, pô

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"Colabora, pô. Tá tão fácil me ganhar."

Tati Bernardi.

— Suba, menino Jesus

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Suba, menino Jesus.

Gabriel subiu rapidamente, acenando para os amigos em uma pose totalmente pomposa. Não conseguiu segurar o riso ao ver a música escolhida na tela.

— Espero que esteja familiarizado - ela disse. — Até porque eu vim aqui para dançar.

Ambos deram as costas para o público, antes de a fotógrafa jogar os cabelos sobre o ombro, puxar o microfone e soltar a famigerada frase:

— Vocês pensaram que eu não ia rebolar minha bunda hoje, né?

A batida de "Vai, Malandra" soou pelas caixas de som instantaneamente, de forma que ambos começaram a acompanhar a coreografia da melhor forma que podiam. Gabriel se movia de forma um tanto desengonçada, exagerando propositalmente para acentuar a comicidade da situação. Ela, por sua vez, estava se divertindo verdadeiramente. Se havia uma coisa nessa vida que ela amava - além dos gatos, dos esportes e da fotografia -, essa coisa era dançar. E dançava como se não houvesse amanhã. Afinal, quem realmente garantia que haveria?
Seus quadris se movimentavam precisamente, completamente embalados pelo ritmo chiclete do hit de Anitta. Desde que ela começara a dançar, tudo o que Neymar tentou fazer foi desviar o olhar. Era impossível. Como em algum tipo de hipnose. Não conseguia evitar de se sentir como um daqueles pequenos insetos que seguem inevitavelmente em direção à luz mesmo sabendo que aquilo significava a própria destruição. Era como Ícaro destruindo as suas tão estimadas asas ao voar perto demais do Sol. Tudo o que ele precisava era de uma leve rotação de cabeça, mas aquele simples gesto era complicado demais para sua pouca força de vontade e escasso poder para "enfrentar" aquilo. Não queria enfrentar. Era o seu paraíso pessoal e seu inferno particular, corroendo-o em meio a todos. Parecia inconsequente pensar naqueles efeitos, dado que se conheciam há tão pouco, mas não era algo passível de ser ignorado. Não mais.
Júnior mal percebeu quando a música acabou. Só voltou a si quando a mulher voltou a ocupar a cadeira em sua mesa, com um sorriso completamente satisfeito. Ela abanava o rosto com uma mão, enquanto virava o resto de seu drink que deixara sobre a mesa de uma só vez.

— Isso não é água, querida - Thiago avisou.

— Será que meu amigo lindo não gostaria de ir até o bar conseguir uma garrafa de água para mim? Eu estou tão cansada. É por isso que eu não saio de salto para esse tipo de evento.

— Para dançar até quase morrer? - Gabriel perguntou.

— Não. Na verdade, é para não destruir os meus joelhos enquanto eu danço até morrer.

Thiago logo retornou com a garrafa de água pela qual ela agradeceu de coração. Alisson se voluntariou para cantar um sertanejo universitário pouco conhecido qualquer e arrastou Casemiro consigo. Se o goleiro tivesse seu violão ali naquele momento, a noite de cantoria poderia durar muito mais de sua parte.
A mulher aproveitou o entrosamento do grupo para se desvencilhar até o bar para descobrir se tinha algum tipo de vodca extra forte por ali. Toda vez que a imagem criada por seu cérebro de Patrick e May voltava, ela pensava se um coma alcoólico seria realmente muito ruim.
Quando sua bebida finalmente foi colocada à sua frente, uma voz conhecida a impediu de virá-la automaticamente como gostaria.

Se você pretende se embebedar, não pode fazer isso sozinha.

Bad Dream ❈ Neymar jrOnde histórias criam vida. Descubra agora