Chapitre Trente-Deux

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"Quem é feliz, faz os outros felizes também"

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"Quem é feliz, faz os outros felizes também"

O Diário de Anne Frank.

N/A: gif com o Rafa, pois não achei nenhum com o Coutinho

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N/A: gif com o Rafa, pois não achei nenhum com o Coutinho.

Mudei de ideia e vou fazer a maratona hoje mesmo.

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— Eu já estou arrependido de ter aceitado vir com vocês - Jesus reclamava. — Não acredito que vocês me tiraram do meu descanso pós-treino para isso.

— Mais uma reclamação e eu te desconvido - Coutinho avisou. — Coloco o Pedrinho para ser meu padrinho em dois segundos.

Aine tentou segurar a risada, sabendo que tudo aquilo tinha sido ideia dela. Uma ideia bem louca, mas fora Coutinho que decidira envolver os amigos em sua busca para o casamento, mesmo com os treinos acontecendo a todo vapor - e suor.

— Podemos repassar o planejamento? - Marcelo pediu. — Porque eu sinceramente continuo com a impressão de que não entendi absolutamente nada.

— É uma tradição de casamento - Neymar disse. — Eles já explicaram pelo menos umas três vezes sua mula.

— Exatamente - Aine interveio. — É baseado na tradição vitoriana do "algo velho, algo novo, algo emprestado, algo azul". Algo velho representa o vínculo afetivo da família com algo que tenha passado de gerações. Para isso, eu tenho a pulseira da minha avó, que vai decorar o buquê. Algo emprestado de alguém que você ama, para dar sorte. Eu trouxe o par de brincos favoritos da minha mãe.

— O que significa que falta algo azul e algo novo - Coutinho completou. — Aine vai com a Mariana comprar algo novo e nós quatro vamos procurar alguma coisa azul para completar.

— É só dar uma camisa da Seleção para ela - Marcelo emendou, com um sorriso. — Pronto, resolvi nosso problema! Podemos voltar para o hotel agora?

— Eu juro que vou te expulsar do meu casamento - a noiva ralhou, fitando-o com cara feia.

— É só que não estamos acostumados a passar uma tarde andando sem parar por lojas fazendo compras - Jesus tentou se justificar. — Ainda mais para algo tão importante. É uma responsabilidade grande demais e eu, sinceramente, acho uma péssima ideia você confiá-la a nós.

— Não confio - ela assegurou. — Mas seu amigo quis participar, então eu acho bom vocês não ativarem meu modo 'bridezilla'. Vocês sabem bem que eu consigo ser muito pior do que o Tite.

— Não vamos - Júnior garantiu, passando os braços pelos ombros dos amigos. — Será que podemos ir?

Os outros rapazes concordaram, mesmo que nem todos estivessem o fazendo de bom grado. Seguiram por um caminho completamente oposto ao das duas mulheres que, já relativamente afastadas ainda ouviram Marcelo em seu resmungo final:

— É sério que algo azul não pode ser uma camisa?

Mariana e Aine já tinham desistido de pelo menos umas seis lojas

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Mariana e Aine já tinham desistido de pelo menos umas seis lojas. Aine não fazia ideia do que era, mas sabia que estava procurando por algo muito específico para completar o que tinha em mente para o grande dia. Nenhum daqueles lugares parecia sequer perto de a oferecer aquilo de que ela inconscientemente precisava.

— Tenta me explicar mais ou menos como é o seu vestido - a fotógrafa pediu.

— Ele é longo, mas a cauda em si não é tão comprida, porque eu tenho certeza de que eu ia tropeçar e cair e passar vergonha - ela explicou. — Nem todos os anos de modelo desfilando seriam capazes de me preparar para o nervosismo que eu já estou sentindo, então não quero nem imaginar como vai ser no dia.

A outra deu risada, imaginando como ela própria facilmente passaria por esse tipo de vexame se abusasse no tecido de qualquer vestido que um dia decidisse usar.

— Ele tem um decote coração, com umas manguinhas bem curtinhas, que nem chegam a cobrir meu ombro completamente. Ele é super ajustado na cintura, mas é solto dela para baixo. Não tem muita decoração, nem pedraria. Eu pensei mais na renda mesmo e isso ele tem bastante; todo desenhado.

Ela falava com tanta animação que Mariana não conseguia não sorrir junto. Aine era mesmo uma mulher incrível e apenas desejava a ela toda a felicidade do mundo nessa união.

— Ah! Esqueci um detalhe importante. - Sorriu amarelo. — Meu vestido não é branco.

— O quê? - Era uma afirmação completamente trivial, mas por essa ela não estava esperando.

— Na verdade, eu quase casei com uma cor bem aleatória assim, porque eu queria ser diferente e fugir do tradicional, sabe? Mas aí eu percebi que ia virar piada por fazer isso de 'algo velho, novo, emprestado e azul' e depois dar uma de maluca e dizer que estava fugindo do tradicional. Acabei desencanando disso de cor diferente.

As duas continuavam caminhando, parando alguns segundos entre a conversa apenas para observar as vitrines de cada uma das lojas, tentando encontrar qualquer coisa que pudesse dar indícios de que a visita lhes seria útil de alguma forma.

— Só que eu ainda não tinha visto ou experimentado nada - Aine continuou. — E acabei me apaixonando perdidamente por um tecido marfim que vi no atelier. Continua bem claro, mas não exatamente branco. Mas é lindo, nossa. Quero muito que você veja. Tenho fotos no hotel.

— Ele deve ser perfeito - Mariana concordou, com sinceridade. — Bom, mesmo sem as imagens, acho que consigo ter uma boa ideia de como ele deve se parecer agora.

A fotógrafa interrompeu a si mesma e à amiga, segurando-a levemente pelo braço e a obrigando, consequentemente, a parar um pouco a caminhada acelerada. Se a vitrine que ela havia acabado de avistar não fosse algum tipo de maior propaganda enganosa da história, tinha certeza de que aquele lugar poderia ser a chave perfeita para o cadeado de objetivo que traziam em mãos.

— Vem comigo - ela pediu, pegando a noiva pela mão e a guiando até o outro lado da rua assim que o semáforo de pedestres permitiu sua passagem.

As duas mulheres receberam uma buzinada pelo caminho, mas nem se importaram em tentar compreender se não tinham entendido o semáforo direito, se era apenas um apressadinho ou, ainda, um babaca machista sendo inconveniente. Qualquer um que fosse, não tinham tempo para isso.

— Homens - Aine murmurou, revirando os olhos enquanto entravam pelas largas portas de vidro, diretamente para o lugar que mais refletia a luz do sol vespertino por absolutamente todos os lados naquela rua. A mulher se questionou se seria muito exagerado ou indelicado pegar os óculos de sol na bolsa, mas a verdade é que, mesmo com todo o brilho das jóias ao máximo, não tinha vontade alguma de perder um segundo que fosse do encanto daquela imagem.

— Uau - balbuciou, espantada e encantada demais para reagir apropriadamente.

— Você é simplesmente um gênio.

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Bad Dream ❈ Neymar jrOnde histórias criam vida. Descubra agora