Chapitre Trente-Trois

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"Se encante pelo que é simples e feito de coração"

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"Se encante pelo que é simples e feito de coração"

Meu pé de cerejeira branca.

Não levou muito tempo até que uma vendedora as abordasse, já disparando no uso da língua inglesa, percebendo claramente que elas não tinham qualquer semelhança física ou de vestuário com as pessoas dali

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Não levou muito tempo até que uma vendedora as abordasse, já disparando no uso da língua inglesa, percebendo claramente que elas não tinham qualquer semelhança física ou de vestuário com as pessoas dali. Além disso, era Copa do Mundo, no fim das contas. Era muito mais simples - e resultava em maior número de acertos - assumir que todos ali eram turistas.

Aine explicou rapidamente que se casaria dali algumas semanas e que estavam procurando alguma coisa nova para completar a tradição e que combinasse com todo o espírito de suas roupas.
A vendedora deu algumas sugestões, mostrando algumas tiaras, completamente diferentes entre si, para que a noiva apontasse os tipos de características e adornos que mais gostava e também aqueles que não queria de forma alguma em uma peça que viesse a decidir comprar.

Após alguns minutos e algumas opiniões pedidas a Mariana, chegaram a um acordo, ouvindo a vendedora dizer que tinha guardada a peça perfeita, que era exatamente o que ela queria.
Sozinhas, olharam uma para a outra, juntamente ansiosas para ver o que as esperava.

— Eu não sabia que era isso que eu queria, mas era exatamente esse o tipo de coisa que eu queria - Aine disse, com um sorriso largo e animado, prestes a sair saltitando com uma criança que ganha o brinquedo que tanto desejou por anos.

— Você vai ficar maravilhosa.

— E vai combinar completamente com os brincos da minha mãe - Ela deu uma risadinha nervosa e expirou todo o ar dos pulmões com força.

— Você me acha muito louca de me casar assim, em outro país, meio abruptamente? E também considerando todo o histórico que, como alguém que trabalha no meio esportivo, você deve saber bem.

Ela assentiu, confirmando saber exatamente do que se tratava. E entendia bem como uma pessoa poderia ficar assustada e insegura depois de tudo o que havia acontecido, mesmo que nutrisse por outra
absolutamente todo o amor e devoção do universo.

— Não acho que seja loucura - respondeu. — Se vocês se amam e estão dispostos a encarar essa mudança e, acima de tudo, tentar fazer isso dar certo juntos, não vejo porque não tentar.

Aine concordou.

— Bom, não é como se eu fosse assinar um contrato vitalício de posse. Você é uma pessoa maravilhosa, sabia? Eu fico muito feliz mesmo que você tenha entrado na minha vida. E o Júnior com certeza também tem muita sorte. Dá para ver claramente nos olhinhos dele como ele te ama, é a coisa mais fofa do mundo.

Mariana enrubesceu, lidando com aquele tipo de vergonha misturada com qualquer coisa esquisita que dava formigamentos pelo corpo e uma sensação estranha no peito. Se não havia compreendido isso nas vezes em que aconteceu ao longo de seu processo de amadurecimento e puberdade, não seria agora que a resposta ia cair magicamente em seu colo. Talvez a graça de algumas coisas realmente estivesse em não conseguir explicar o sentimento para ninguém, tendo um pedacinho do mundo para chamar só de seu; um momento o qual só você é capaz de compreender e desfrutar.

Não teve tempo de responder os comentários, vendo a vendedora retornando de supetão, trazendo uma caixa e mais duas mulheres equipadas com grandes maletas cromadas. Por sinal, elas eram um tanto assustadoras e fizeram com que as brasileiras repensassem se era assim que as pessoas acabavam sendo assassinadas nos filmes ruins de terror e suspense. Só imaginar 'A Noiva Cadáver', de repente, tinha perdido totalmente a graça.

Indicaram uma cadeira bem estofada para que Aine sentasse e as duas novas integrantes do momento abriram as armas mortíferas, tirando de lá... Escovas de cabelo. Grampos. Laquê. A bufada de alívio que se sucedeu tinha um quê de vergonha embutida.
Com mãos ágeis e habilidosas, as três arrumaram o cabelo da noiva em um penteado alto e firme, sem muitas voltas ou trançados exuberantes. Mariana, observando, havia achado aquela preparação capilar um pouco simples demais. Não demorou, contudo, para perceber exatamente o porquê.

A tiara que foi erguida da caixa era simplesmente impecável, como uma daquelas peças extremamente refinadas que fazem o bolso coçar e o queixo cair imediatamente. Um desenho composto de traços e linhas finas, cobertas por pequenos e delicados diamantes que se sobressaíam ainda mais em contraste com os cabelos escuros daquela que agora a sustentava com tanta graça e elegância, como se a jóia tivesse sido desenhada e estilizada especificamente para ela, totalmente sob gosto e medida.

— Algo novo pelos novos caminhos e histórias a serem traçados e escritos - Aine murmurou, com os olhos completamente marejados ao se olhar no espelho. Aquele momento realmente estava acontecendo e seu coração estava tão acelerado que poderia facilmente abandonar seu corpo e sair para desfilar pela Mangueira no Carnaval. — É completamente perfeita.

Em um ato de emoção, a mulher estendeu a mão, buscando o conforto do toque da amiga, lembrando-a de que não estava sozinha. Brandt sorriu de volta, sentindo os próprios olhos derramando algumas lágrimas finas.

— Obrigada por estar aqui, Mari - disse Aine, limpando as próprias bochechas, enquanto via, pelo espelho, as quatro mulheres à sua volta com sorrisos enormes.

— Eu que agradeço por poder fazer parte desse momento lindo. - Ela teve que levar a mão aos olhos, rindo um pouco. — Bom, acho que a nossa missão está cumprida.

— Lindamente cumprida - Aine completou, antes de respirar fundo. — Eu só não sei se podemos dizer o mesmo dos meninos.

— Sinceramente, eu tenho medo - a fotógrafa admitiu, recebendo um aceno em concordância.

— Eu estou me cagando de medo. O que será que eles estão fazendo?

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Bad Dream ❈ Neymar jrOnde histórias criam vida. Descubra agora