Capítulo 4

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Eles ficaram se encarando por um tempo. Louis sentiu-se tentado a jogar Harry na cama e fazer amor como há 3 anos não fazia. Eleanor e ele tinha uma vida sexual muito agradável, mas com Harry era algo surreal e intenso. O desejo era maior, o prazer também e ele queria sentir aquilo de novo. Mas antes que pudesse reagir, Eleanor bateu na porta fazendo eles se afastarem rapidamente.

—Desculpe, eu queria saber se Harry tem tudo o que precisa? — perguntou ela, através da porta.

Harry vestiu sua calça com uma expressão sombria na face. O que Louis iria fazer com ele? Apenas sabia que não teria como manda-lo embora simplesmente, Harry iria com aquilo até o fim. Harry olhou mais uma vez para ele e abriu a porta para Eleanor. Ela carregava uma coberta e travesseiro para Harry.

—Você está certa. Estava precisando disso. Se você não se importa...

Eleanor entregou a coberta e o travesseiro para Louis. Ela parecia constrangida e desconfiada, Louis tentou parecer o mais natural possível.

—Obrigado — Harry agradeceu.

Louis jogou o travesseiro e a coberta em Harry com força, ele estava muito irritado com aquela situação e de mãos atadas por dever muito a Harry.

—Depois conversamos — disse Harry, beijando Louis rapidamente nos lábios.

Louis foi para seu quarto trocar de roupa e descansar daquele dia que parecia que não havia fim. Nunca sentiu-se tão cansado e Eleanor não parecia nada contente deitada na cama. Ela desconfiava da relação deles, e isso era óbvio que iria acontecer, Harry não precisava contar nada apenas como olhava para ele dizia muita coisa. Trocou de roupa e escovou os dentes, ela ainda estava em silêncio de braços cruzados.

—O que está havendo, Louis? Você nunca o mencionou antes desta noite...e...e de repente ele está na nossa casa, dormindo a cinco metros da gente e o olhando daquela forma estranha. Quem é ele?

—Harry é um grande amigo meu, mas ele estava viajando por ai e eu não pensei que o reencontraria novamente, por isso não mencionei ele antes, e ele foi embora bem antes de nos conhecermos. Não há mais nada para saber.

—Sim, nunca tem.

—Oh, vamos!

—Não, é verdade, Louis! Você nunca fala nada sobre você. Seus amigos, sua família, nada.

—Ok. — Louis deitou-se ao lado dela.

—Como agora.

—Só deixa pra lá, tudo bem? —disse Louis irritado.

Eleanor olhou para ele e saiu do quarto.

—Eleanor!

—Me deixa! —ela gritou, se trancando no outro quarto.

Louis deitou na cama e tentou dormir. Acabou se recordando de como conheceu Harry. Ele estava sendo espancado com 5 caras porque confundiu aonde podia tomar banho e acabou na área deles. Foi então que Harry apareceu e o defendeu dos 5 homens, ele lutava muito bem, mas apanhou um pouco. Os dois acabaram pagando o pato e foram colados na solitária. Logo depois que saíram decidiram se unir e Harry ensinou Louis a lutar.

Na manhã seguinte Louis deixou Harry dormindo e saiu com Eleanor para o serviço. Ela não estava falando com ele e foi o caminho inteiro sem dizer uma palavra. Harry estava conseguindo o que queria, destruir sua relação e isso deixava Louis muito irritado. Ele não podia aparecer do nada e querer mandar em sua vida. Louis trabalhou a tarde inteira nervoso, e quase cortou a mão diversas vezes. Ele não conseguia tirar Harry e Eleanor de seus pensamentos e no fundo temia rejeitar Harry e ele querer descontar em Eleanor.

—Ei —George o chamou. —Estou indo beber uma cerveja, você quer ir?

—Oh, eu tenho que resolver uma coisa —disse Louis.

—Certo, te vejo depois.

Louis precisava de algo para proteger Eleanor de Harry. Louis sabia do que Harry era capaz, depois que ele viu Harry matando dois homens na prisão, não duvida de mais nada. Ele tinha uma arma no armário de serviço, resolveu pegá-la e colocar em sua bolsa. Ele não sabe se teria coragem de atirar em Harry, provavelmente não, mas poderia ameaça-lo caso ocorra tudo errado.

Depois de encerrado o expediente, Louis buscou Eleanor no serviço dela. Ela ainda não estava falando com ele e voltaram para casa naquele silêncio irritante. Quando chegaram e abriram a porta viram que a casa estava toda arruma, o chão estava brilhando e tinha um cheiro delicioso de comida no ar. Harry estava na cozinha com um avental, descalço e arrumando o armário de panelas. Eleanor olhou para tudo encantada, sua afeição mudou.

—Você não precisava —disse ela, para Harry.

—Sabe o que dizem sobre o diabo e as mãos ociosas. Oh, eu não sabia onde isso estava —disse Harry, mostrando uma antiga caneca de alumínio.

Louis sabia exatamente onde deixou aquilo, era a única lembrança que ele tinha do Harry depois que saiu da prisão. Estava escondido, ele não queria explicar para Eleanor de onde tirou a caneca.

—Eu nunca vi isso antes —disse ela, olhando para Louis.

—Deixa que eu guardo —Louis pegou a caneca e olhou irritado para Harry.

—É muito gentil de sua parte —Eleanor sorriu para Harry.

—Acho que Harry e eu vamos beber naquele bar perto daqui —disse Louis.

—E o jantar? —questionou Eleanor.

—Vai ser rápido.

Harry olhou para ele confuso. Ele precisava resolver isso e eles precisavam de um tempo sozinhos.   

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Parte de Mim (Larry Stylinson)Onde histórias criam vida. Descubra agora