Capítulo 2

94 8 0
                                    

Enquanto Louis dirigia, ele podia sentir o olhar de Harry sobre ele. Isso era meio perturbador, porque Louis sentia desejo por Harry, mas ao mesmo tempo queria fugir.

—O que você está fazendo, hein? — perguntou Harry. —Louis Tomlinson não faz mobília para sobreviver.

—Isso é temporário. Estou tentando outras vagas na minha área, mas minha ficha criminal não me ajuda muito. Esse emprego foi o único que não procurou meu passado.

—Não se preocupe, eu vou guardar seu segredinho — disse Harry.

Louis pôde sentir o tom irônico na voz dele, mas ficou quieto. Harry durante o caminho acariciava a coxa de Louis às vezes, o deixando extremamente desconfortável. Louis se assustava quando Harry o tocava. 

Quando Louis estacionou na frente de sua casa, Harry saltou do carro rapidamente. Louis respirou fundo e saiu.

—Então este é seu esconderijo? — Harry olhava em volta e apontou para uma placa de vendido que estava caída no quintal. —Nem fodendo! é seu?

Louis balançou a cabeça concordando.

—Cacete. Sua casa própria.

Louis tentava se acalmar e descobrir o que falaria para Eleanor. Um estranho criminoso dentro de casa, devia uma boa explicação, não é? Mas Eleanor não sabia do passado de Louis e muito menos da existência de Harry.

—Cristo! —exclamou Harry. —Você também tem uma horta!

—Só um pouco de beterraba, abobrinha, tomates, tomilho...Eu não sabia se ia dar certo, mas...

—Isso é mágico. Mágico do caralho.

Eles entraram e Louis fechou a porta atrás dele, sentindo que estava cometendo um grande erro. Ele parou atrás de Harry e esperou ele dizer alguma coisa.

—Bem legal.

—Vou abrir uma gelada para nós — Louis corre para a cozinha e pega uma cerveja na geladeira. Harry vai atrás dele.

—Agora você faz compotas também? — perguntou Harry, olhando para os potes e se sentando à mesa.

—Isso é um presente de boas vindas — responde Louis, enquanto serve a cerveja para Harry.

—Você não está bebendo?

—Não. — Louis encosta na pia e cruza os braços.

—Tudo bem, então. Saúde.

—Escute, eu realmente...eu realmente sinto muito que tudo isso... — Louis tentou dizer.

—A hesitação?

—Sim, eu nem sabia que você saiu.

—Qual o problema? — Harry se levanta e se aproxima de Louis apoiando as mãos na pia e ficando centímetros do rosto de Louis.

Louis queria beijá-lo, mas sabia que se o fizesse Harry pensaria que ele era seu dono de novo. Harry o sabia dominar como ninguém e Louis não queria ser influenciado a fazer coisas erradas de novo. E então, ele foi salvo pelo gongo ou pela Eleanor mesmo.

—Louis — ela chamou, fazendo Harry se afastar.

—Estou indo — Louis deixou Harry na cozinha e foi para sala e abriu a porta para ela. —Você está adiantada.

—Então temos toda a tarde para nós — disse Eleanor, o beijando. Louis afastou-se rapidamente dela quando Harry entrou na sala.

—Hum, este é meu amigo de Londres, Harry Styles.

—Olá. Eleanor — cumprimentou ela.

Louis viu que Harry estava muito frustrado e o olhando com raiva e culpa. Ele ficou alguns constrangedores segundos apenas olhando para Eleanor.

—Então, é esse seu segredo, hein? — disse Harry finalmente. —Uma linda surpresa. Boa tarde, Eleanor.

Harry olhava de Eleanor para ele, Louis sentia o desapontamento dele. Como ele podia saber que ele iria sair algum dia, Harry só fazia bobagem a cadeia. Mas se não fosse por ele, Louis não estaria vivo, como aquele homem o protegeu.

Eleanor decide fazer o jantar e Harry e eu vamos até a varanda conversar e fumar.

—Você se saiu muito bem, Louis. Muito bem.

—Eu paguei metade da casa e o pai de Eleanor depois que ela veio morar aqui, pagou o resto.

—Jogo inteligente, garoto.

—Não é desse jeito — tentou explicar Louis.

—Claro que não é — Harry começou a rir, deixando Louis irritado. —Olhe, alguns dos rapazes conseguiram um emprego.

—Eu estou limpo agora, Harry.

—Você está falando sério? — questionou Harry.

—Olha, eu posso te ajudar com qualquer coisa que você precisar. Hotel, ou qualquer coisa.

—Isso é realmente generoso de sua parte, Louis — Harry estava sendo irônico e Louis percebeu. —Onde está sua amiga?

—Deixe ela fora disso — pediu Louis.

—Eu só queria agradecer por sua hospitalidade — Harry se levanta rapidamente e vai para dentro da casa.

—Harry! — chama Louis, tentando o impedir do que seja lá o que ele iria fazer.

Harry fechou a porta na cara dele e Louis teve que correr para a porta de entrada. Ele era extremamente impulsivo e Louis não duvidava nada de que ele podia fazer lago ruim a Eleanor. Quando ele entrou em casa pôde ouvir Harry e Eleanor conversando.

—Você é sempre lenta assim? — pergunta Harry.

Louis entra na cozinha e Harry estava ajudando ela a lavar a louça do jantar e sente-se aliviado.

—Bem, eu sou um pouco — ela responde.

Louis se aproxima dos dois e passa as mãos pelas costas de Eleanor e se encosta na mesa e observa os dois. Harry sabia ser bastante gentil e prestativo quando queria. Louis queria os dois para si, se pudesse...é claro.

—Sente-se, amigo. Você é o convidado — disse Louis.

—É exatamente por isso que tenho que fazer minha parte. Você esqueceu as boas maneiras, jovem Louis. Eu sinto muito por isso, querida — Harry olha para Louis sorrindo.

—Eu já ouvi pior. Você pode assumir, se você quiser — Eleanor aponta para louça.

—Sim — Louis começa a lavar.

—Então Harry, eu não te perguntei, há alguém especial na sua vida? — pergunta Eleanor.

Louis encara Harry e percebe que ele o olhava.

—Ela é sempre tão barulhenta assim? —brinca Harry.

—Bom, eu só estava perguntando.

—Eu estou apenas brincando —avisa ele. —Não há ninguém. Eu acho que eu deveria me apaixonar. Olhe o que isso fez com esse cara, hein?

Eleanor começa a rir, e Louis se sente desconfortável.

—Ele é um sedutor, não é? — questiona Harry.

—Vamos deixar ela. Vamos beber uma cerveja — Louis tenta sair daquela situação desconfortável.

—Bom, então vamos sair! — Eleanor diz. 

Votem e comentem!!Obrigada!!



Parte de Mim (Larry Stylinson)Onde histórias criam vida. Descubra agora