Capítulo 7

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Eles voltaram para casa, Harry bateu a porta do carro bruscamente ao sair. Louis saiu do carro se sentindo sujo e culpado. Eleanor já estava deitada quando Louis entrou no quarto, ela o encarou.

—Se estiver com fome, fiz um prato para você e o para seu amigo —ela o olhou de cima a baixo, fazendo Louis se sentir pior ainda. —Boa noite.

Ela desligou o abajur e deitou, virando de costas para ele. Louis foi até o banheiro e se olhou no espelho, ele não podia perder tudo que conquistou até agora. Ele precisa dar um jeito de mandar Harry embora. Lembrou da arma em sua bolsa no serviço, aquele seria o único jeito. Harry só fingia ser agradável, ele poderia matar Eleanor sem pensar duas vezes, mataria qualquer um que ficasse em seu caminho.

Louis vestiu seu pijama e foi para cozinha. Harry estava na mesa bebendo uma cerveja e fumando. Ele mal olhou para Louis.

—O que acha de ficar em um hotel? —perguntou Louis.

—Você não vai se livrar de mim tão fácil assim, Louis. Você me conhece como ninguém.

—Está me ameaçando?

Harry apaga seu cigarro no cinzeiro e levanta da cadeira e se aproxima de Louis.

—Eu não ameaço, eu faço.  

Harry empurra Louis e saí da cozinha indo para seu quarto. Louis toma um copo com água e volta para seu quarto. Ele tranca a porta ao entrar. Sim, ele tinha medo.

—Algum problema, Louis? — perguntou Eleanor.

—Não.

—Amanhã estou de folga do serviço, podemos ir no parque perto daqui depois que você chegar do serviço. Eu sempre quis ir lá.

—Tudo bem, amanhã nós vamos. Harry pode ir conosco?

—Não tem outra alternativa, não é? — Louis fica em silêncio. —Sinto que você tem alguma divida muito alta com ele...Enfim, só não gosto dele o tempo inteiro na casa e apesar do bom gesto dele de arrumar toda casa e preparar a janta, não gostei nada. Não quero que ele fique fazendo o meu serviço. Eu sou sua noiva, não ele.

 —Harry é meu amigo, apenas isto. Ele estava tentando agradar você.

—Não, ele não estava. Eu quero que ele vá embora, não gosto do jeito que ele te olha. É doentio.

Eleanor desligou as luzes e Louis respirou fundo tentando achar alguma escapatória daquela situação.

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Eleanor acordou e olhou para o relógio, era tarde, Louis já tinha ido para o serviço. Ela levantou e foi até o banheiro, enquanto escova os dentes, ouviu alguns barulhos de martelo e moveis sendo arrastados. Ela foi até a sala, e Harry estava consertando a mesa de centro que estava com o pé quebrado. Eleanor também notou que ele novamente tinha arrumado a casa, e feito café da manhã. Ela queria ficar irritada com ele, mas não conseguia. Talvez fosse coisa da sua cabeça, e ele era um bom homem.

—Aprontando de novo? — brincou ela.

Harry sorri para ela e tenta empurrar o sofá, Eleanor se aproxima para ajudá-lo.

—Então, como vocês se conheceram? —perguntou Harry.

—Eu fui visitar minha prima em Londres. Ela estava dando uma festa. E Louis estava lá, nós só demos sorte. Conversamos a noite toda. Digo, eu falei mais do que ele.

—Ele não fala muito, não é? —disse Harry, terminando de arrumar o sofá um dos sofás. Ele indicou com a cabeça para ele o ajudar com o outro.

—Enfim, eu ia voltar  no dia seguinte, então eu pensei... —Eleanor acidentalmente coloca sua mão sobre a de Harry. Ela sente um arrepio percorrer seu corpo.

—Você pensou? —pergunta Harry, ignorando o fato da mão dela estar sobre a dele.

—Não pensei nada demais — disse Eleanor, se afastando e voltando a empurrar o sofá. —Uma semana depois eu recebi uma ligação do Louis, me perguntando se eu queria sair.

—Espertinho — disse Harry, soltando uma gargalhada um tanto quando forçada. —Então, ele saiu de Londres e veio para Doncaster pra vocês comerem uma pizza, né? 

Harry terminou de ajeitar o sofá e se aproximou de Eleanor.

—Parece que vocês tem algo realmente especial —disse Harry, olhando Eleanor no fundo dos olhos.

Ela sentiu-se intimidada, e se assustou quando ele se aproximou mais.

—Preciso do martelo para continuar com a mesa —Harry pega um martelo que estava ao lado dela e se afasta.

—Ok. Minha vez —começa ela. —O aconteceu ontem à noite entre vocês?

—Vamos, Eleanor — Harry tenta desconversar. —Ele é meu amigo.

—E eu sou a noiva dele.

—Então ele deveria te dizer — Harry fica de costas para ela.

—Bom, ele deveria. E é injusto eu te perguntar, mas...

—Você não vai desistir, vai? —questionou Harry.

—Não.

Harry fica de frente para ela e se aproxima novamente. Eleanor odiava o jeito como ele conseguia a intimidar.

—Sabe, eu realmente estou começando a gostar de você —disse Harry, sorrindo para ela. Ele se volta para a mesa novamente. —Certo. Quando Louis era jovem, ele se meteu em alguns problemas. Ele entrou pra turma errada. E recebeu um pouco de tempo.

—Prisão? —pergunta ela, tentando se controlar para não chorar.

—Sim — Harry a encara, ele tinha uma certa satisfação no olhar ao falar disso, ela percebeu.

—E foi assim que você o conheceu?

—Sim.

—O que ele fez?

—Ah, não muito, você sabe. Ele arranhou um carro, entrou em uma briga. Eu não me lembro. Enfim, ontem à noite quando saímos, eu disse a ele para te contar tudo. Vocês vão se casar, você merecia saber. Você vai passar o resto da sua vida com ele.

Eleanor começa a chorar. Por que Louis não contou isso para ela? O que mais doía não era Louis ser um ex-presidiário, era saber que Louis não confiava nela para lhe dizer sobre seu passado. O que mais ele lhe escondia?

—Você está bem? — pergunta Harry.

—Eu não sei.

Harry se aproxima dela e a abraça.

—Me desculpe. Provavelmente eu não deveria ter dito, hã?

—Não, eu perguntei, então...

Eleanor queria se afastar de Harry, mas estava tão desnorteada que mal conseguia se mover.

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Parte de Mim (Larry Stylinson)Onde histórias criam vida. Descubra agora