Capítulo 6 - Um Lugar Chamado Ana.

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Dois Rios - Skank.

Não dormia porque não parava de pensar nela e no sono sonhei com ela. Acordo com a luz invadindo meu quarto, não fechei as cortinas noite passada. Sinto-me cansado da bebedeira de ontem e dormi muito pouco, meus olhos pesam, mas eu sei que não conseguirei mais dormir.

Levanto com muito custo e faço um café para acordar de vez. Tomo uma caneca fumegante da bebida escura e saio para comprar o pão. Uma vez alimentado, relaxo no sofá para assistir algo na televisão. É aí que meu celular toca. É Hércules.

-Fala. – Atendo.

-Vai fazer o que hoje?

-Não sei. Acho que vou ficar em casa.

-Não tá nem a fim de ver uma certa baixinha encrenqueira? Porque eu vou levar a Cris pra sair e vamos passar o dia fora.

-Baixinha encrenqueira? Quem é você? O narrador do comercial da sessão da tarde? – Indago.

-É sério, porra. – Fala rindo. - Cris já me disse que a Ana vai ficar lá sozinha fazendo vários nadas pensei que você podia passar lá e colocar os pingos nos is.

-A Cris sabe?

-Sabe! Ela apoia, ela acha que a Ana tem interesse em você e a coitada tá na fossa também, vai ser bom. Chega lá.

-Cara, valeu mesmo. – Agradeço animado. – Que horas eu vou pra lá? – Pergunto.

-Agora. Eu tô aqui na frente esperando a Cris descer. – Informa ele. – Ela tá vindo. Falou.

-Tchau. – Finalizamos a ligação e eu corro para tomar um banho.

Me sinto um bobão por ter tanta pressa de vê-la, mas surpreendentemente eu não ligo tanto para isso. Certifico-me de que estou cheiroso e saio de casa. O que eu diria quando chegasse lá? Ela pensaria que fui lá para ver a Cris, como despistar que sabia que a Cris não estava e fui lá só por ela? Eu posso ser sincero... Não, muito cedo para isso.

Matuto o que dizer até estar de frente para a porta do apartamento e ainda não sei ao certo como agir. Na verdade, não sei nem o que eu estou fazendo aqui. No que eu estava pensando quando bati nessa maldita porta?

Ana fica surpresa ao me ver, mas acaba me concedendo um sorriso, por educação talvez?

-Sebastian? O que faz aqui? – Pergunta dando espaço para eu passar. – A Cris não está, mas ela disse que não demorava.

-Não, eu sei. Ela me disse que não ia demorar, você se importa se eu esperar? – Pergunto.

-Não. – Responde rapidamente. – Pode ficar à vontade, eu estava cozinhando. Vai almoçar aqui?

-Não sei. – Respondo sem graça, quero que ela convide.

-Eu vou fazer um pouco mais, se você não comer a Cris come mais tarde. – Decide.

-E o que está cozinhando? – Vou até a cozinha com ela e noto o gatinho dormindo junto à geladeira.

Como está linda! Usando um shortinho curto suas pernas torneadas ficam à mostra, a blusa apertada evidencia os seios pequenos, o cabelo espalhado como está a deixa perigosamente sexy. Os olhos escuros me fitam em interrogação e ela tem um sorriso no rosto angelical.

Que inferno de mulher bonita!

-Sebastian, oi?! – Ela acena para mim chamando minha atenção. – Você tá bem?

-Tô, eu acho. – Nem eu me convenço disso.

Ela caminha de volta para a sala e eu não entendo, apenas a acompanho, nem mesmo prestei atenção na comida. Sento ao seu lado e preciso puxar um assunto! Ela mexe no celular despretensiosamente e logo acha algo para fazer. Preciso ser rápido.

AnaOnde histórias criam vida. Descubra agora