Capítulo 21 - Uma Longa Noite.

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Querida – Chapéu de Palha

Novamente, não me importo se ela não se sente como eu, se não está apaixonada por mim, se só quer uma noite. Não faz diferença, não quero pensar em nada disso hoje, só quero estar com ela. Aproveitar enquanto a tenho porque sei que é por pouco tempo e todo tempo perto dela é pouco.

Assim que fecho a porta de entrada, ela não me dá muito tempo para largar as chaves ou qualquer outra coisa que eu carregue. Ela se aproxima de mim cuidadosamente contra a porta, abraça minha cintura e pousa a cabeça no meu peito. Acaricio seu cabelo e a envolvo nos braços da mesma forma que ela faz comigo. Ana toma um espaço e encosta os lábios no meu peito sobre o tecido da camisa, bem em cima do meu coração e esse contato faz minha pele arrepiar e se aquecer exatamente no lugar que ela beijou.

Ela sobe seus beijos até o meu pescoço e perde segundos beijando cada pedaço de derme exposta que encontra, Ana enlaça minha nuca e então se afasta minimamente para conseguir me olhar. Seus olhos sempre tão enigmáticos, pela primeira vez estão completamente desarmados, sem segredo nenhum. Ana apenas me olha, seus lábios estão entreabertos e a respiração está levemente acelerada. Ela estica sua mão, faz um carinho na minha nuca e o traz para a minha bochecha.

-A gente vai fazer isso de novo? – Indago.

-Eu não sei, eu quero fazer de novo. Você não? – Ana pergunta enquanto sente a textura dos meus lábios em seu dedo polegar.

Aperto sua cintura buscando algum equilíbrio e a giro para encostá-la na madeira da porta arrancando um suspiro surpreso dos seus lábios.

-Quero muito. – Sussurro contra seus lábios.

Ela sorri e sua boca se esmaga na minha, Ana abre os lábios e me recebe com voracidade. Minhas mãos viajam até seus cabelos e eu aperto um punhado entre os dedos porque preciso segurar forte em alguma coisa, ela não esconde que gosta e aperta ainda mais os braços em volta do meu pescoço me mantendo firma em seu encanto. Desço as mãos para suas coxas e as ergo, trazendo Ana para meu colo. Ela se agarra em mim como se fosse morrer se voltasse a tocar o chão e eu gosto disso.

Caminho com ela até a superfície horizontal mais próxima, que é o sofá da minha sala. Tenho o cuidado de me apoiar para não a esmagar, mas sinto suas mãos entrarem em contato com a minha pele por dentro da camisa e me puxarem com força em sua direção, a gravidade a ajuda no processo.

-Eu vou esmagar você assim. – Digo tentando me erguer.

-Não me importo. Na verdade, eu até prefiro. – Ela ri e volta a me beijar.

***

O quão incrível seria estar de novo com aquela pessoa? Só mais uma vezinha! Quando você acha que nunca mais vai transar com quem gosta e acaba transando de novo, é muito melhor do que das outras vezes. Tão melhor que te faz acreditar que o tempo que ficaram longe valeu totalmente à pena!

-No que está pensando? – Ela pergunta, uma vez que estamos deitados na cama, depois de transarmos pela segunda vez.

-Que é muito louco você estar aqui. – Respondo.

-É, eu sei. – Ela ri

-É esse seu conceito de amizade?

-Não! – Responde entre risos. – Eu não planejei isso. Sei que pensa que sim, mas estou tão surpresa quanto você.

Viro o rosto para encará-la olhando pro teto.

-Você me beijou.

-Você também me beijou. – Ela me olha, sustento por alguns segundos antes de voltar a atenção para o teto.

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⏰ Última atualização: Oct 06, 2019 ⏰

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