Capítulo 20 - Sabrina faz 20.

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Side To Side – Ariana Grande.

Me afundei em trabalho durante as duas semanas que passaram, fazia hora extra e quando não sobrava mais nada fazia o trabalho dos estagiários. Evitei sair com meus amigos para bares ou festas pois não queria encontra-la, a gente se reunia em casa mesmo e ficava por lá. Eles sabem do que aconteceu, sabem que eu e Ana não estamos nos falando e apesar da pulga atrás da orelha estou normal com Nick.

Também não tenho ido na casa da Cris por motivos óbvios, agora é ela quem vem me visitar. Ela sabe o que aconteceu bem melhor que os meus amigos, não me pressiona pra conversar sobre o ocorrido, até porque não tenho nada pra falar. Ela só me faz companhia e isso é incrivelmente necessário e o suficiente.

-Tem certeza que você não quer ir com a gente? – pergunta minha irmã pela terceira vez naquele dia.

É o aniversário de vinte anos da Sabrina, ela falou disso a semana toda no trabalho, me pediu para ir, mas eu sabia que a Ana estaria lá, então eu disse que iria pensar. Óbvio que não pensei, eu não irei e pronto. Compro algo para Sabrina e lhe entrego na segunda. Resolvido.

-É melhor não.

-Bastian, todo mundo vai. Ela fechou o bar só pra essa festa e a Natasha tá ajudando a organizar. Vamos! – Insisti.

-É, todo mundo vai.

-São todos seus amigos, Sebastian. A Ana não tem nenhum problema com você e, que eu saiba, você não tem problema nenhum com ela...

-Não é um problema, Cris. É só que...

É que dói penso e, como se lesse minha mente, minha irmã sorri e aperta meus dedos em sua mão.

-Eu sei, tudo bem. – Diz ela. – Mas vamos sentir sua falta.

Dou-lhe um sorriso contido.

-Vamos? Vou passar na Kimberly, aí te deixo em casa.

-Tá bom. Vamos. – Cris pega a bolsa sobre o sofá e me acompanha até a porta.

Paro em frente ao prédio e espero Cris descer do carro. Sei que devo ir embora e que nada me prende, mas perco alguns minutos olhando para a janela da sala que Cris divide com Ana. Em algum lugar da minha cabeça tenho o delírio de subir até lá e conversar com ela como se nada tivesse acontecido só porque sinto saudade, mas não passa de um delírio. Dou partida no carro e em poucos minutos chego na casa da Kimberly.

-Oi! – Diz Kimberly aparentemente feliz em me ver, ela me envolve em um abraço apertado e eu retribuo. – Que saudade!

-Tio! – Ouço a voz do meu filho de dentro da casa e Kimberly se afasta a tempo do menino se jogar nos meus braços e eu erguê-lo do chão.

-E aí, garotinho. Como foi a viagem?

-Tio, foi muito legal! Eu queria que você tivesse ido com a gente, mas a mamãe disse que você tava ocupado. – Olho para Kimberly, ela sabe que eu não estava ocupado, mas nós dois sabemos que não seria uma boa ideia viajarmos os três juntos.

-Pois é. Foram dias cheios. – Essa parte é verdade.

-Entra, Sebastian. – Convida Kimberly.

Almocei com eles e depois ficamos vendo televisão na sala até Caleb dormir no colo de Kimberly com ela fazendo um carinho no seu cabelo.

-Está estranho. – Comenta ela tirando minha atenção no filme.

-Como assim?

-Não é de hoje, faz dias que está assim. Eu te conheço, tá acontecendo alguma coisa?

AnaOnde histórias criam vida. Descubra agora