Capitulo VI
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Davidson e eu nos dávamos muito bem, em todos os aspectos, acabei me iludindo que aquele relacionamento poderia dar certo, não que eu era apaixonada por ele, mas gostava muito da sua companhia, ele era uma pessoa muito divertida, agradável e quando ele fazia um grande esforço para me fazer gozar, hora com sua boca, outras com dedos outra com seu membro incansável. - Ufa... Às vezes ele era bem teimoso!
Helane, com um tempo, não ficava mais fazendo cara feia, quando saímos e foi se aproximando de Davidson, o que eu achava estranho no início, por ela ter ciúmes dele, mas no fim acabei gostando.
Às vezes nós saíamos juntos com Helane e Marcos, ela não aprovava minha mudança de comportamento quando eu estava com Davidson, eu não me submetia pra ela, nem a chamava de senhora e esse meu comportamento diferente demais na visão dela me causava punição mais tarde em seu "quarto do prazer", ou melhor, dizendo sua "câmara de tortura". Mas nunca mais como aquela desastrosa noite. – Ela estava perdendo o controle sobre mim! E eu, adorando!
Davidson sabia em partes, ainda mais por ser um assunto ainda tabu aqui no Brasil. Ele tinha a mente aberta e como a maioria dos homens ele ficava animado com a ideia de ter nós duas na sua cama.
Confesso que a essa altura, eu também ficava curiosa para um ménage à trois, mas isso só aconteceria se minha senhora permitisse.
Às vezes eu só queria ter um relacionamento normal, sem me preocupar com certos tipos de coisas, permissões, aprovações, promiscuidade, com a dor.
Eu queria ser uma garota normal, mas acho que o tempo vivido com Helane fez estragos da qual eu não sabia se tinham volta.
Por mais que todo aquele sadomasoquismo, dominação e submissão um dia me atraíram, eu já estava ficando cansada daquilo, ser uma submissa não era mais o que gostava de ser ou fazer, eu estava vendo possibilidades infinitas a minha frente, por isso era hora de tomar o controle, talvez nunca chegasse a ser uma dominadora, mas submissão, não estar no meu controle, no meu eixo também não eram mais, eu queria voltar a ser a dona do meu corpo, queria ser dona de mim e do meu nariz e que as únicas pessoas na qual eu devia submissão era para aqueles que me deram a vida. – Como eu deixei isso acontecer? Eu era queixo duro demais para me abaixar! Como eu disse foi uma fuga, mas eu já estava cansada de fugir!
Eu queria cair fora do mundo BDSM e se eu realmente quisesse ter uma vida normal que lá no fundo de meu ser eu desejava, mas lá no fundo também eu tinha medo, tinha que sair desse mundo, mas ainda não sabia como, ainda era meio inexperiente no assunto e tudo que eu tinha aprendido fora com Helane. – Ela nunca fora um bom exemplo!
Tinha medo de sair de seu domínio e acabar perdendo a amizade dela, perder o que eu achava que tínhamos, perder algo em que eu acreditava ter importância pra ela! – Será que eu tinha alguma importância pra ela?
A marca em cima do rim me lembrava para manter os muros levantados toda vez que eu ia me vestir ou tomar banho!
Alguns dominadores eram assim, egocêntricos demais, hedonistas demais, narcisistas demais, se preocupavam apenas com o seu próprio e absoluto prazer, não se importavam com quem estava ali de joelhos na frente do seu chicote, não ligavam para a entrega e a paixão de um submisso. – Isso aos meus olhos era errado, porque ali existe uma entrega, uma prova de que alguém tem o controle do meu corpo, se eu estou entregando o meu bem mais precioso à alguém, é porque gosto, é porque confio nesse alguém, é porque esse alguém me conquistou a ponto de ser dono do meu corpo, era essa a minha visão de submissão dentro do BDSM. Um dominador tem que conquistar a confiança e a entrega de seu submisso, não tê-la a força ou imposta!
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Só Eu sei!
RomanceOlá! Como vão vocês? Espero que bem! Resolvi editar algumas coisas e distribuir a história em capítulos como todos fazem por aqui e não tudo de uma vez como eu havia feito! Rsrsrs! Sejam bem vindos a história de Luíza Marry Baggio. Este primeiro li...