O Som do Coração!

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Capitulo XIII


*

      Eu estava vendo meu pai ficando mais lento, aparência de cansado. Perdendo alguns compromissos e clientes. Como ele e Jonny ficaram tão focados com o as ameaças de Charles alguns compromissos começaram a serem deixados de lado. As perdas de clientes em potencial foram inevitáveis. Eu não estava entendendo o que estava acontecendo com ele. Sei que o peso da idade chega para todos, mas ele ainda não estaria sentindo isso. Ou estaria?

Comecei a dar mais atenção pra saúde dele, perguntando às vezes sobre como ele estava se sentindo e qual a última vez que ele fizera um check up, na tentativa de saber se ele estava me escondendo algo, que era o mais certo. – Eu sentia que havia algo de errado!

Sempre na defensiva, mudava de assunto, até um dia me soltar que não havia muito tempo que ele tinha ido ao médico para exames de rotina que ele estava forte feito um touro e que eu o iria aturar por muito tempo ainda! – Papai e suas ironias!

Mas de certa forma não me convencendo ficava de olho assim mesmo! Até passei a mima-lo, fazendo o tomar mais líquidos, alimentar-se nas horas certas, evitar ao máximo fumar os seus charutos. – Eu não era um bom exemplo sobre vícios, mas até que descubram! Faça o que eu digo e não o que eu faço!

Ele ficava em relutância, mas cedia no final das contas. – Meus biquinhos pra ele ainda funcionavam!

      Em uma tarde estava indo de com o meu carro para faculdade, estava indo mais cedo, para rever alguns trabalhos em grupo, para mais tarde me encontrar com os meninos. Estava na metade do caminho quando meu celular tocou, era um numero desconhecido pra mim.

Não imaginava quem e o que era, pensei por um momento ignorar, mas minha intuição me alertou para atender, que boa coisa não poderia esperar daquela ligação. Eu não recebia muitas ligações nem passava meu numero pra muitas pessoas. Depois de tudo aquilo que nos aconteceu eu sempre ficava na defensiva com tudo:

     - Alô.

     – Oi Lu, tudo bem?

     – Oi! Tudo bem! Quem fala?

     - Oi Lu sou eu Aguida!

     – Está dirigindo?

     – Sim, estou, por quê?

       Aguida era nossa vizinha. Ela, marido e filhos compraram a casa de Helane, havia pouco tempo. Eram pessoas normais, tranquilas. Já haviam nos visitados e feito amizade com papai por necessitarem de um empréstimo. Conseguiram pagar até mesmo antes do prazo, eu acompanhei de perto a transação dos dois. Eu estava realmente interagindo nos negócios de papai!

      – Olha, preciso ti falar uma coisa, mas peço que fique calma! – Existe algum ser humano no mundo que quando ouve essas palavras fique calmo?

      - O quê, com quem? O que houve? – Óh meu Deus! De novo não!

      - Fique calma, é o seu pai, ele passou mal no escritório com sua mãe e o meu esposo está o levando para o hospital em que o seu irmão trabalha, o Jorge nem quis esperar pelo resgate, iria demorar muito e como ele é enfermeiro, achou melhor correr. Sua mãe me pediu pra te ligar o mais rápido que eu pudesse. Eu fiquei aqui na sua casa com os meus filhos. A dona Marta acabou de chegar e eu já estou indo embora!

      – Meu Deus! O que aconteceu? – Tudo por alguns segundos começou a ficar em câmera lenta!

      – Não sabemos, mas parece que foi um infarto, ele não estava bem.

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