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Acordo horas depois, saindo do efeito do Vicodin.
Estava escuro, mas meu quarto está iluminado por uma luz fraca e amarela. Se eu estreitasse os olhos, poderia me imaginar em um restaurante românico.
Ou em um encontro muito ruim.
A primeira coisa que vejo é Taehyung, muito atento ao iPad que eles usam no lugar da velha prancheta de médico.
Não é concentração de alguém tentando entender algo.
É a concentração de um cara confirmando algo de que ele já desconfiava.
Ele percebe quando me mexo.
O iPad volta para o pé da minha cama, e ele sorri para mim. Está disfarçando. Fazendo cara de inocente.
Eu penso: Cara estranho que eu realmente não conheço, você não sabe que nada é mais suspeito do que um olhar inocente?
Antes que eu possa dizer alguma coisa, Taehyung sai pela porta.
Segundos depois, uma enfermeira chega. Eu não a vi antes, por isso imagino que trabalhe no turno da noite.
Fecho os olhos, fingindo dormir. Não estou a fim de conversar.
Ela confere o curativo em minha perna. É um baita curativo. Delicadamente, ela começa a cortar o esparadrapo e a gaze e a pressionar.
Não me machuca, mas também não me deixa contente.
- Ai, meu Deus! - ela diz.
Ela abriu o curativo e a primeira reação é chamar uma divindade.
Eu arrisco para ver o horror!
Ela não está olhando para mim, e sim para minha perna. E não está exatamente horrorizada.
Está surpresa. Está emocionada.
Está vendo algo que não esperava e não consegue acreditar que possa ser verdade.
Tenho medo de olhar, porque sei que algo deve estar muito errado.
Ou, possivelmente, muito certo.
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Call Me
RomanceNo começo, havia uma maçã. E então, houve um acidente de carro, uma lesão terrível e incapacitante e um hospital. Antes que Jeon Jung Kook conseguisse recobrar a conscientização, um rapaz desconhecido o tirou do hospital e o levou a Jeon Biopharmace...