«¡7!» Retirando o curativo 🍎

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Acordo horas depois, saindo do efeito do Vicodin.

Estava escuro, mas meu quarto está iluminado por uma luz fraca e amarela. Se eu estreitasse os olhos, poderia me imaginar em um restaurante românico.

Ou em um encontro muito ruim.

A primeira coisa que vejo é Taehyung, muito atento ao iPad que eles usam no lugar da velha prancheta de médico.

Não é concentração de alguém tentando entender algo.

É a concentração de um cara confirmando algo de que ele já desconfiava.

Ele percebe quando me mexo.

O iPad volta para o pé da minha cama, e ele sorri para mim. Está disfarçando. Fazendo cara de inocente.

Eu penso: Cara estranho que eu realmente não conheço, você não sabe que nada é mais suspeito do que um olhar inocente?

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Eu penso: Cara estranho que eu realmente não conheço, você não sabe que nada é mais suspeito do que um olhar inocente?

Antes que eu possa dizer alguma coisa, Taehyung sai pela porta.

Segundos depois, uma enfermeira chega. Eu não a vi antes, por isso imagino que trabalhe no turno da noite.

Fecho os olhos, fingindo dormir. Não estou a fim de conversar.

Ela confere o curativo em minha perna. É um baita curativo. Delicadamente, ela começa a cortar o esparadrapo e a gaze e a pressionar.

Não me machuca, mas também não me deixa contente.

- Ai, meu Deus! - ela diz.

Ela abriu o curativo e a primeira reação é chamar uma divindade.

Eu arrisco para ver o horror!

Ela não está olhando para mim, e sim para minha perna. E não está exatamente horrorizada.

Está surpresa. Está emocionada.

Está vendo algo que não esperava e não consegue acreditar que possa ser verdade.

Tenho medo de olhar, porque sei que algo deve estar muito errado.

Ou, possivelmente, muito certo.

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