«¡3!» Kim Taehyung🍎

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Pronto. Esse é o filho do chefe.

Eu havia visto fotos dele, claro. Não se pode entrar no escritório do chefe sem ver fotos de seu filho.

A minha preferida é aquela em que Kook está com a cabeça inclinada olhando para cima com seu maxilar a amostra. Eu realmente gosto dessa foto.

Olho para baixo, para a maca

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Olho para baixo, para a maca. Kook tem um hematoma bem grande debaixo dos dois olhos. Ainda assim, dá pra ver a semelhança com o pai.

Orelhas médias, narizes redondos, pinta na bochecha, olhos estranhamente profundos. Alto, musculoso.

Mas as semelhanças param por aí. Sr. Jeon possui qualidades notáveis: cabelo castanho claro quase mel, olhos pequenos; mais puxados e calculistas. Kook... bem, ele é diferente.

Seus cabelos são castanho escuro, agora tingido de preto, e os olhos são castanhos quase preto.
Pelo menos, não tenho certeza de que são castanhos.

Estão um pouco inquietos no momento.

Não tem muito espaço no banco estreito na parte de trás da ambulância.

Quase saio voando quando eles partem da sala de emergência e acionam a sirene.
Sorrio.

- Pisa fundo, amigo - grito ao motorista.

O médico que está sentado do outro lado da maca de Kook me olha como se dissesse que diabos é isto?

Sei que parece estranho me divertir nesse momento, mas mesmo assim: escutar a sirene que corta o silêncio das ruas de São Francisco enquanto todos os outros carros abrem caminho?
Muito legal.

Além disso, Kook vai ficar bem.
Eu acho.

Chegamos à ponte em pouco tempo. A ponte. A Golden Gate, ainda melhor, nunca me canso dela. Às vezes, fico sonhando acordado pensando em como seria legal deslizar no cabo.

Sim, certamente a queda seria longa e a morte, horrorosa. Mas antes disso seria maravilhoso.

Eu me sento com os cotovelos apoiados nos joelhos, tentando curvar os ombros um pouco. Tenho ombros bonitos, posso mostrá-los. Sei que ele está me olhando. Bacana, porque eu também estou de olho nele.

-Aiiiiiiiiiiiiiiiii!

Kook grita de repente. Está com dor. Muita dor. Então, pode ser que ele não esteja olhando para mim, não.

- Doutor, pode ajudar este garoto? - pergunto.

Ele se inclina para checar o soro. Ele está dobrado, o fluxo foi interrompido. O médico acerta o tubo e cola fita adesiva para mantê-lo no lugar.

- Ele vai melhorar em um segundo.

- Legal - digo. Eu me inclino para mais perto dele para que me escute. - Consegui fazer com que ele libere a morfina - digo, falando alto e lentamente.


Os olhos dele se viram na minha direção. Não parecem focar muito bem.

E, por um segundo, eu penso: nossa, e se eu estiver enganado? E se ele morrer?

De repente, parece que quero chorar. Não vai acontecer, claro - não vou chorar -, mas sinto uma onda repentina de tristeza.

Afasto essa sensação da melhor maneira possível. Mas, quando você começa a ver a Dona Morte de perto, é difícil se acalmar.


- Não morra, está bem? - digo.


Os olhos confuso de Kook me procuram. Como se eu fosse um alvo e ele não conseguisse mirar em mim.

Então, eu me aproximo de novo e toco o seu rosto, virando a sua cabeça para mim.

Infelizmente, apoio minha mão na perna errada - e Kook grita junto com o médico.

E isso impossibilita que eu diga algo para confortá-lo: Não se preocupe, eu vi umas coisas. Eu sei sobre algumas coisas.
Seu pai tem poderes.
Ele não vai permitir que você morra.

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