Capítulo 16

2.6K 285 64
                                    

Sem revisão! Boa leitura!!!

Leon observava sua esposa deitada de bruços na cama com uma mão ao lado do rosto e a outra por baixo do travesseiro, cabelos desgrenhados e o lençol amarelo entre as coxas.

Uma visão esplêndida!

Caminhou até as janelas e abriu as persianas para que o sol invadisse o ambiente e tomasse conta do espaço. Voltou a frente da cama e contemplou a cena.

Deliciosamente linda!

Era uma visão dos deuses, a própria Afrodite, ou a deusa Iansã**, ficariam invejadas de tamanha beleza e sensualidade. Tão bela que merecia uma foto, ou talvez um quadro para ser comparado a grandes obras de arte. Cross sentou-se na poltrona atrás de si e levou os dedos ao queixo, examinando com cuidado cada movimento dela ao despertar.

Alysson resmungou do sol em seu rosto e cobriu-o com o travesseiro, virou-se ficando de frente para teto e colocou as mãos na cabeça resmungando algo em seguida.

-Bom dia, querida! -cumprimentou recebendo um olhar mortal de sua esposa. Essa que se sentou na cama com uma expressão nada agradável no rosto amassado.

-Fale alto mais uma vez e eu lhe mato com minhas próprias mãos. -murmurou entredentes.

-Acho que não vai querer ficar viúva na lua de mel. -retrucou. -De qualquer forma... - levantou-se e caminhou até o criado-mudo onde havia colocado um copo com água e um comprimido Advil. -...não está em condições de avaliar isso agora. -estendeu o comprimido e o copo para ela que os pegou sem questionar. -Imaginei que precisaria.

-Nunca mais bebo tanto. -murmurou enquanto prendia os cabelos com um elástico que carregava no pulso.

-Mentir para si mesmo é feio, amor. -retrucou cruzando os braços na altura do peitoral. Um sorriso se formou em seus lábios provocando a reação de covinhas em suas bochechas. -Foi uma noite... hmm... inesquecível. -comentou com graça fazendo-a revirar os olhos.

-Eu preciso de café. -desconversou enquanto levantava-se da cama e caminhava até o banheiro.

-Fugir do assunto também é feio. -ouviu-o gracejar enquanto cruzava a porta do banheiro.

Não estava preparada para lidar com os fatos que aconteceram na noite passada, muito menos disposta a ouvi-lo jogar em sua cara as suas próprias palavras. Droga! A bebida havia despertado seus sentimentos mais profundos em relação a Cross, e sua língua era uma traidora por não ficar dentro da boca. Na verdade ela havia se enfiado na boca de outra pessoa, e como havia sido boa aquela invasão. Mesmo sendo uma atitude impulsiva, fora uma sensação maravilhosa de prazer e desejo quando seus lábios tocaram os dele.

A dor que explodia em sua cabeça era quase insuportável, jurou para si mesma umas três vezes que nunca mais beberia tanta caipiroska. Promessa que ela cumpriria com afinco. Massageou as têmporas assim que se colocou em frente a pia, lavou o rosto, escovou os dentes rapidamente e colocou os óculos da qual sua vista turva sentia falta.

Assim que saiu do banheiro não encontrou mais Leon na suíte, agradeceu mentalmente rezando para que ele tivesse saído para dar uma volta bem longe dela com seu sarcasmo e sua prepotência. Ainda estava puta com ele por tê-la deixado frustrada naquele elevador querendo mais de seus toques. Mesmo tendo exagerado nas doses de bebida lembrava perfeitamente cada palavra, gesto e necessidade que expôs e com toda certeza esse era um dos motivos de sua dor de cabeça.

Ela teria apreciado entregar-se a Cross naquele elevador, mas após pensar melhor achara mais seguro que ele tivera a consciência de parar. Talvez se arrependeria amargamente ao acordar e perceber que havia se rendido tão facilmente. Dentro de si o orgulho feminino bramava em seu peito dizendo que era melhor não se render ao desejo que consumia seu corpo. Enquanto sua mente maquinava formas de manter-se neutra em toda a história, seu corpo traidor pedia, ou melhor, clamava por ser fodido por ele de todas as formas.

ContratadaOnde histórias criam vida. Descubra agora