Massacre

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- Eu devo aprender a usar facas e venenos? - Pergunto meio incrédulo para o rei.

Eu estava agora na sala de conferencia do Rei enquanto o exército se preparava para marchar para a guerra, o rei tinha mandado me chamar, eu pensei que seria por causa da confusão de ontem e do arqueiro tentando mata-lo.

Mas quando ele falou que durante a marcha eu iria aprender a usar facas e venenos mesmo sendo da linha de frente me deixou confuso.

- Sim, o fato de você estar pronto para matar os outros é gratificante, ainda mais depois que mostrou seus reflexos ontem, quando me salvou por pouco da morte - o rei diz colocando o cotovelo no braço de seu trono e a mão abaixo do queixo - e como tem muitos traidores pela capital, gostaria de alguém que posso confiar e que vai cumprir minhas ordens sem hesitar.

"Mesmo eu tendo hesitado ontem só porque eu estava gostando da pessoa que eu devia matar?" penso comigo mesmo, mas pelo jeito o Rei não sabia que a taverna servia como base, e se eu aprendesse aquilo, poderia dar um jeito naquilo eu mesmo.

- Como desejar meu rei - digo me ajoelhando novamente para o mesmo, ele faz um gesto dizendo que estou liberado e então saio para fazer meus preparativos.

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~Cateline:

- Como é que é? - pergunto sem acreditar - eles vão passar por Fergunt?

- Pelo trajeto sim... - minha mãe diz, colocando a mão no queixo - mas pelo jeito Elrik não contou sobre você ou a gente sendo que como é ele, já devia ter percebido.

- Você acha que ele vai fazer isso como chantagem pra gente? - pergunto apertando as mãos em meu vestido que usava quando limpava a pousada.

- Ou está querendo cuidar de nós pessoalmente... - diz Gands - acho melhor assim que ele voltar nós prepararmos uma emboscada e mata-lo.

Fico olhando para Gands, afinal eu ainda queria que Elrik entendesse e viesse para o nosso lado, mas realmente era a unica opção...mas o jeito como ele me segurou na noite anterior, seus olhos olhando para os meus, ela só tinha visto duvida, desejo e tristeza.

- Bem, mas agora temos que resolver o problema de Fergunt - digo querendo mudar de assunto.

- Não tem o que resolver - Jehanne diz balançando a cabeça - a cidade vai ser saqueada pelo exército, os homens mortos, mulheres estrupadas, como sempre.

- Não podemos fazer nada? - pergunto.

- Infelizmente não contra todo o exército - minha mãe diz o que me faz abaixar a cabeça e não presto mais atenção ao o que eles estão fazendo, tanto que sou a ultima a sair da sala para voltar ao serviço.

Quando eu saio eu balanço a cabeça e vou para meu quarto, onde pego meu arco de chifre de veado e então olho para o arco que o rapaz me fez, aquele arco magnifico e talvez até melhor que o arco que eu usava a anos.

Saio da taverna por uma passagem secreta que levava até os tuneis abaixo da cidade, passagens a muito tempo esquecidas, quando desço, percebo que Mia e Gustav já estavam lá.

Mia era uma moça agitada, com seus cabelos ruivos e lisos e seus olhos eram negros, ela era magra e com seios pequenos, motivo que sempre era facilmente provocada por mim, já Gustav era um rapaz esquelético e pálido, com seus cabelos loiros e olhos verdes.

Quando olhou para os olhos de Gustav, desejou estar olhando novamente para os olhos intensos de Elrik, afinal Gustav nunca sustentava o contato visual, sempre olhava para o lado envergonhado.

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