🔥
O dia estava nebuloso, pessoas estavam tristonhas, o tempo parecia não passar. Fomos todos para o ginásio da escola, para poder das nossas últimas despedidas, ao professor Marck Corey, nosso professor de Educação Física.Naquele momento em que todos estavam dando suas condulencias a família, eu pude perceber algo que já foi muito evidente para mim. Na escola, a maioria (ou todos) dos alunos viviam dizendo detestar o professor. Não conto as vezes, que escutei praguejos ou ameças, ao tal professor ignorante. Mas naquele dia todos estavam tentando mostrar tristeza, fazendo discursos, forçar lágrimas e tentando provar seu falso incondicional amor ao professor Mark, eu já havia visto isso, várias outras vezes.
O que acontece, é que as pessoas só passam a fingir te amar, depois que você morre, porque assim elas não tem mais você, para dizer o contrário. As pessoas são cruéis, só não admitem, porque tem medo, de outros cruéis a julgarem.
Depois que saímos do ginásio, parecia que a tristeza de todos já havia passado, que nada havia acontecido. Mas Elly não estava bem, ela passou o dia mal humorada e nem sequer foi para o ginásio, segundo ela, funerais lhe dão enjoo.
Durante o almoço, estávamos eu, Sam e Elly comendo na mesma mesa. E conversando sobre como será o fim do mundo. Quando James, um aluno do primeiro ano, que se achava o dono da escola, aparece atrás de Elly, que estava sentada ao lado de Sam, então o "durão" disse:
- E aí abduzida? Os ET's que te sequestraram voltaram pra te bater?
Ela fingiu que não ouvir.
- E ainda por cima arrancaram sua língua? - Ele continuou.
Então, ela respirou fundo, soltou um largo e falso sorriso, quando disse:
- E aí James?! O seu irmão já saiu da cadeia?
Ele ficou nervoso, mas devolveu o sorriso de Elly, dizendo:
- Infelizmente não, mas enfim, os ET's que te sequestraram, voltaram pra te espancar?
- Infelizmente não, mas enfim, é da sua conta? - ela respondeu em tom sarcástico.
Toda a cantina soltou pequenas risadas, até James olhar para todos com uma feição raivosa. Para provar que ainda era o durão, empurrou Elly! Ela quase caiu na mesa (quase), então ela devolveu o empurrão, mas conceguiu derruba-lo!
Ele caiu no chão, com um grande estrondo. Todos que estavam na cantina, ficaram ao nosso redor excitando a briga! Enfim, James se levanta, e tenta socar o rosto de Elly, mas ela facilmente desvia, e devolve o soco, bem no estômago dele!
Ele, por sua vez, irado de raiva, tenta derruba-la pela cintura. Mas ela, aproveita a chance, e sobe nas costas dele, então, começa a socar o rosto dele, que tenta de todas as formas derruba-la de suas costas, sem sucesso!
Quando Elly dá um forte murro no nariz dele, ele uiva de dor. E ela enfim desse das costas do durão, e sai correndo, em direção ao banheiro, deixando o nariz de James, que jorrava sangue, para trás.
Antes que as coisas piorassem, eu corro na direção de Elly, na tentativa de alcança-la. Mas sinto um puxão no meu braço, e quando olho, vejo senhora Marilles fu-ri-o-sa. Porém eu me adianto e digo:
- Senhora Marilles! Que praz...
- SENHOR JACKSON! ACHE SUA AMIGA, E LEVE-A PARA MINHA SALA! AGORA!
Ela realmente estava feroz. E eu a respondi assustado:
- Sim senhora! - E então saí correndo atrás de Elly, mas já havia a perdido de vista.
Quando estava procurando por ela, no corredor dos banheiros, ouvi uma voz feminina, falar algo, que eu não entendi, quando me virei, vi Elly na porta do banheiro feminino, que me disse:
- Ei! - Corri pra perto dela e ela continuou - Estou muito encrencada não é?
- Muito! A senhora Marilles está esperando por você, na sala dela!
- Ah não - Colocou a mão na cintura, e respirou fundo - Eu vou lá!
Ela saiu do banheiro, começou a andar, mas eu a pela mão, e disse:
- Ei! É só dizer a verdade, e fazer uma carinha de vítima! Aí vai ficar tudo bem. Eu acho... - Ela sorriu e apertou minha mão.
- Me deseje sorte!
- Boa sorte... - e soltei sua mão, assim ela saiu andando, até a sala de senhora Marilles.
Depois da aula, fiquei esperando por Elly e Sam, para que pudéssemos ir pra casa. Mas então, me lembrei do dia em que Elly saiu, com senhora Marilles, e voltou apenas 6 anos depois... O desespero me preencheu! Lembrei, que não havia tomado meus remédios, ontem a noite. Mas quando eu estava prestes a sair, andando pela escola, atrás dela.
- Leo! - Tomei um grande susto, era ela! Ainda bem.
- Ah oi! Como foi lá? - Tentei não parecer nervoso.
- Péssimo, levei uma suspensão! suspensão! - Ela ficou emburrada.
- Mas... E o James?
- Também... Mas ele me provocou!Deveria ter levado uma penalidade maior que a minha! - disse isso cerrando os punhos, aí descidi que deveria mudar, logo, de assunto.
- Hum... Enfim! O que pretende fazer agora? - Talvez pudéssemos tomar sorvete... Mas acho que ela não entendeu minha pergunta.
Ela, por sua vez pareceu se lembrar de algo:
- Ei! Eu esqueci! Hoje de manhã, encontrei um carta, na caixa de correio da minha casa...
- Uau! Uma carta! - Ela ignorou meu comentário, e continuou.
- E nela, dizia que o Joel precisa mandar um comprovante que ainda está comigo...
- Mas, qual é o problema?
- Na carta, não tinha escrito que era o Joel, que deveria me levar! E sim, um tal de Max Peters!
- O que? E quem é esse?
- Pesquisei na Deep Web, sobre isso! E ele já está morto!
- Mas como pode? Será que o Joel usou um nome falso pra te adotar?
- Ou será que ele me sequestrou desse "Max"?! - Eu fiquei perplexo, realmente faz sentido - Se ele foi capaz, de matar meus pais, pra conseguir a vingança dele, ele facilmente pode ter matado, esse outro cara!
O QUE??!
- Faz sentido! Mas pera aí? Qual é a vingança dele...
- Ele só me disse que me substituiu pela minha mãe, só isso! Mas eu vou descobrir! - Ela cerrou os punhos.
- E como? - Ela é capaz de fazer qualquer coisa...
Ela mudou sua expressão, e ficou séria, quando disse:
- Vou voltar no orfanato, e descobrir a verdade!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Batalhas De Papel
General FictionCom a chegada de sua amiga de infância a cidade, a vida de Leo nunca mais será a mesma. Basta você escolher se foi para o bem, ou o mal.