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Era uma viagem tranquila, apenas eu e minha mãe no carro. Contávamos piadas, e falávamos do seu tempo de criança. Quando nosso carro começou a ser banhado pelas balas, de um revólver barato.
Eu só tinha 13 anos. Uma criança.
Minha mãe saltou em cima de mim, e eu gritava por misericórdia, mesmo estando surdo. Senti algo muito forte na perna, que superava dor, e apaguei. Muito, muito depois, acordei, minha mãe acima de mim. Sem cor, sem respiração, sem vida.
E eu sozinho.
Acordei, eu estava suado, muito suado, e minhas mãos tremiam, meus olhos marejados de lágrimas. Eu não estou bem.
Me deitei na cama, procurando o ar que não estava indo pra os meus pulmões. E não sei como, adormeci de novo.
- leo? psiu! acorde!
Abri os olhos, ainda atormentado, e olhei para pessoa que estava ajoelhada ao lado da minha cama. Não era minha mãe. Era Elly.
- E aí? Você tá bem?
Me levantei, e a abracei, eu estava com medo, e ela percebeu isso.
- Tá tudo bem... - E me abraçou mais forte - Tenho que te mostrar uma coisa!
Eu me retirei de seus braços e disse:
- O que?
- Não se preocupe... Só se vista, e me encontre lá entrada do orfanato - então ela se levantou e saiu correndo do quarto, mas antes de sair disse - Seja rápido.
Me levantei e respirei o mais fundo possível. Peguei o moletom que Thomas tinha me dado e vesti. Calcei o tênis o mais rápido que pude, e sai correndo, para onde foi combinado.
Chegando lá, Elly estava sentada na escadaria. Assim que me viu, se levantou, mostrando um belo sorriso.
- Se corrermos chegamos a tempo! - Então ela correu para o lado de fora.
A acompanhei, e vi que ainda estava um pouco escuro. Elly correu para trás do orfanato, era um lugar extenso, e tive que correr muito para alcança-la.
Ela olhava para trás, e sorria, mesmo cansada. Então estamos chegando muito perto da ponta do penhasco. Fiquei com uma ponta de preocupação:
- O QUE VAI FAZER?
Então ela parou e esperou que eu chegasse lá, quando cheguei, estava muito cansado. Então ela disse:
- Isso! - Apontou com as mãos para frente.
Eu olhei, e vi algo que eu nunca tinha visto de tão perto. Era lindo.
O sol estava totalmente dourado. Era a paisagem mais linda desse mundo. A luz do sol, reluzia em meus olhos, me mostrando toda paisagem lá bem baixo. O belo verde, e azul do rio, formavam algo divino.
- Ah... - Ela soltou um suspiro, enquanto admirava tudo.
Nunca tinha a visto daquele jeito. Seus cabelos tinhas abandonado o castanho caramelo, e aderido o loiro escuro, e seus olhos mostravam um verde fluorescente, que parecia emanar luz própria.
Ela notou que eu estava a observando e olhou para mim, mas não disse nada, apenas me olhava.
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Batalhas De Papel
General FictionCom a chegada de sua amiga de infância a cidade, a vida de Leo nunca mais será a mesma. Basta você escolher se foi para o bem, ou o mal.