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Depois de me despedir de Thomas, devolver o carro e tomar um banho. Meu corpo implorava por descanso, tudo que eu mais queria era ir para a minha cama e só acordar no outro dia. Mas quando se fala na minha vida, nada nunca é da maneira que deveria ser.
Estava no meu quarto terminando de me trocar, eu havia vestido meu pijama mais confortável e logicamente o mais velho e desgastado. Quando senti a necessidade de comer algo antes de dormir, desci as escadas, e fui direto para a cozinha buscar alguma guloseima que satisfazesse minha fome. Porém quando passei pela sala, lá estava Joel e sua namorada, nunca soube seu nome, nem me importo o suficiente para perguntar. Ela aparentava ter seus 1,65 de altura e possuía uma magreza doentia, tem longos cabelos ruivos que estão normalmente soltos ou apenas enrolados, ela tem uma pele muito branca (pálida até). E esse é normalmente o físico de todas as namoradas que já vi Joel ter.
Os dois estavam no sofá, prestes a fazer algo adulto demais para ser citado nesse livro. Eu senti uma enorme vontade de vomitar assim que vi os dois, e minha reação foi jogar o pacote com bolachas recheadas que estava em minha mão, com muita força, na direção dos dois. O pacote bateu na cabeça de Joel, e se despedaçou ao chegar ao chão, ele no mesmo momento se virou para mim com um rosto de enfurecido. Se levantou:
- O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO?
Disse se aproximando de mim, na expectativa de me intimidar.
- O que você pensa que está fazendo? No sofá?
- A casa é minha! E eu faço o que eu quero... - Então ele tentou me empurrar, mas consegui me desviar facilmente.
- Joel? Essa é sua filha? - A mulher se pronunciou, sua voz era insuportavelmente infantil.
- ELE NÃO É MEU PAI! - Disse isso olhando para ela, sempre odiei que dissessem aquilo.
- Ela? É sim... Infelizmente! - Ele falou olhando para mim com uma expressão de deboche.
- Você não é meu pai!
- Cala a boca pirralha! - A mulher se levantou do sofá e disse.
Aquele insulto me subiu a cabeça e eu cheguei perto dela, com ar ameaçador.
- Quem você pensa que é pra falar assim comigo?
No mesmo momento Joel segurou meu braço com força. Nesse momento a raiva subiu totalmente e eu levei para ofensiva. Com um ato involuntário eu tirei a mão dele, mas sem mesmo perceber, minhas mãos estavam muito quentes, algo que acontecia quando eu ficava com raiva graças aos dons que me foram concedidos por Apolo (valeu pai!)
- Aaah - Então ele colocou sua outra sobre a que eu machuquei.
Mas eu me mantive calada, igual a todos que estavam na sala.
- Sua... ABERRAÇÃO DE MERDA!
Antes que eu pudesse raciocinar, Joel me deu um empurrão, que me levou ao chão. Minha raiva fluía como lava pelas minhas veias, e eu me levantei.
Peguei pelo braço de Joel, e o derrubei no chão, a casa rebumbou. Mas eu não esperei que ele assimilace o que aconteceu, subi em suas costas, e torci seu braço como se fosse isopor.
Ele urrou de dor. A garota pulou em cima de mim, mas consegui me livrar dela com um chute. E me levantei.
- JÁ CHEGA! - Joel gritou.
Eu peguei minha faca e fiquei de frente pra os dois, e se houvesse qualquer movimento que me ameaçasse eu cortaria a garganta dos dois, nem que isso me custasse a liberdade de uma vida.
Mas Joel apenas se levantou, e disse:
- Vá para o seu quarto! Sua aberração!
- MAS ELA...
- CALE A SUA BOCA SUSY!
Eu voltei a mim, percebi o que tinha feito, e percebi que tinha passado dos limites, até mesmo para Joel. Então disse:
- Saiam da minha frente!
Os dois abriram caminho, e eu pude ver o medo nos olhos de Joel. Ele não me denunciaria, porque sabe o quanto a polícia é perigosa para ele. E comecei a ir na direção da escada, porém, sem tirar os olhos, ou a mira da faca deles.
Entrei no meu quarto. E ouvi uma escandalosa discussão vinda de lá de baixo, mas não me importei, já não era mais problema meu. Amarrei o cabelo em um coque, respirei fundo e me deitei. Esperando o sono chegar.
O que não foi demorado, pois eu estava satisfeita pela minha pequena vingança.
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Batalhas De Papel
General FictionCom a chegada de sua amiga de infância a cidade, a vida de Leo nunca mais será a mesma. Basta você escolher se foi para o bem, ou o mal.