eighteen

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1k de visu PORRAAAAAAAAAA MUITO OBRIGADA CARALHO VAMO LOGO PRA ESSA MERDA

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Acordo sem saber que horas eram pois o porão continuava escuro e eu havia deixado meu celular em casa.

Levanto do sofá lentamente, para não acordar Castiel e ajeito minha roupa amassada pelo tempo que fiquei deitada.

Examino o porão e todas suas bagunças desde latas de tintas, tecidos, cartazes antigos, cestos de lixo do pátio até carteiras em perfeito estado. Sento em uma delas e acabo me perdendo em pensamentos enquanto olhava Castiel.

Seus cabelos estavam embaraçados e desajeitados mas continuavam exatamente como eu me lembrava. Sua camiseta era azul claro  - por incrível que pareça - e seu jeans estava rasgado em diversas partes. Ele estava deitado de um jeito estranho o que com certeza geraria dores nas costas depois.

Eu suspirei. Eu estava com tanta saudade das suas piadas ruins, sua ironia e até mesmo das suas cantadas. Estava com saudade dele.

Interrompendo meus devaneios, uma senhorinha com uma vassoura e uma roupa de faxineira abre a porta do porão e para seus olhos em mim, assustada, depois em Castiel.

- O que vocês estão fazendo aqui? - Ela diz quase gritando, o que acorda Castiel num salto, olhando para os lados, desesperado. - Eu vou chamar a polícia!

- Não, não, calma! Douglas nos deixou dormir aqui. - Eu disse sabendo que seria repreendida por ele mais tarde se essa história chegasse em seus ouvidos. - Nós estamos organizando uma campanha do colégio e a diretoria nos deixou ficar o sábado todo aqui trabalhando, porém acabamos caindo no sono. Mil perdões! - Eu disse com um sorriso brilhante, tentando a convencer.

Ela levantou uma das sobrancelhas, desconfiada.

- Querida, eu sou gay. Jamais passaria a noite com essa aí por vontade própria! - Castiel disse cruzando as pernas. Acho que ele gostou do papel de "falso-gay". Minha vontade era de gargalhar mas eu me mantive séria.

A senhora por fim, sorriu. É sério que todo mundo acredita nessa mentira mal contada?

- Ah, tudo bem então. - Ela disse e caminhou até a porta do porão mas antes de sair, disse: - Meu neto é gay também, se você tiver interesse posso te passar o número!

Castiel trincou os dentes e eu cai na risada.

- Eu realmente pareço tão gay assim?

- Na verdade, não. - Eu disse e ele suspirou, aparentemente aliviado. - Bom, agora que acordou do seu sono da beleza, acho que devíamos conversar.

Ele assente, esfregando os olhos de sono.

- Você não parece surpresa em me ver, Margot.

- Encontrei Daniel minutos antes de encontrar você. - Eu disse me levantando e arrumando minha saia preta. - Ele me contou que você estava no Brasil e que se eu te visse, era para eu contatar ele.

Castiel parecia preocupado.

- É impressionante, é como se ele soubesse onde estou vinte quatro horas por dia! - Ele falou e eu fiquei com vontade de dizer "E ele sabe mesmo."

- Então, me conte como chegou aqui.

Ele sorriu.

-Li sua mensagem dizendo que ia embora da França e entrei em desespero. Lysandre apareceu depois na minha casa e tentou me segurar mas eu o ignorei. - Castiel começou. - Não fiz mala nenhuma, apenas corri pro aeroporto mais próximo e tentei entrar no primeiro voo que vi. De alguma forma, Daniel ficou sabendo, - Ele me lançou um olhar desolado e continuou: - e me barrou. Disse que era inadmissível eu viajar e correr atrás de você, ainda mais quando você tinha me "rejeitado".

now you see me (Castiel)Onde histórias criam vida. Descubra agora