now you see me (Castiel)

nineteen

A casa da tia de Sol era humilde mas muito, muito bonita. A senhora que ali morava permitiu facilmente que dois desconhecidos ficassem ali por um tempo com a desculpa que seus pais haviam os expulsado de casa. Sol garantiu a tia que ficaria de olho neles e que ela poderia confiar em nós.

- Bom crianças, não mexam em nada e só entrem no primeiro quarto a direita. - Ele se virou uma última vez para nos olhar. - E não façam nada que eu não faria, ou se fizerem, se protejam!

Eu o xinguei e Castiel deu risada.

- Bom, acho que agora somos só eu e você. - Ele disse e eu concordei.

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Eu e Castiel estávamos completamente entediados enquanto eu procurava algo para assistir na TV. Passando pelos canais, acabei vendo que o filme "As vantagens de ser invisível" estava quase no final, acabei deixando ali mesmo.

- Como ele era? - Castiel se virou para mim.

- Ele quem?

- Seu irmão, Tyler.

Eu suspirei ao ouvir seu nome.

- Era o típico irmão mais velho. Chato, irritante e protetor. Ele também era galã, quando ia me buscar na escola só se escutavam suspiros vindo das garotas. - Eu ri com a lembrança. - Claro que ele nunca deu bola, Tyler foi apaixonado por apenas uma menina na vida, a qual pisoteou seu coração. Ele passou dias trancado no quarto e quando saiu, estava radiante e disse que havia se inscrito num programa militar.

Eu sorri, era bom ver que conseguia falar de Tyler sem chorar descontroladamente.

- Ele tinha uma vida toda pela frente, Castiel, mas isso foi tirado dele. - Eu encostei minha cabeça no seu ombro e ele me abraçou.

- Você acha que eu e ele teríamos nos dado bem?

- Depois que passasse a marra dele por ver a "irmãzinha dele namorando", com certeza. Ele iria te adorar.

Castiel deu um sorriso triste.

- Sinto muito. -  Ele disse com a boca no meu cabelo.

- Tudo bem. - Eu disse, não querendo falar mais sobre isso.

Beijei seu pescoço e ele me trouxe pra mais perto. Passei a mão pelo seu cabelo vermelho - onde o boné não cobria - enquanto ele me segurava pela cintura e me puxava para um beijo. Sua boca se entrelaçou com a minha e eu suspirei, grata por sentir ele perto mais uma vez.

Eu retribui o beijo quase instantaneamente, como se levasse um choque e me aconcheguei em seu colo. Ao fundo, a cena mais famosa do filme estava passando e deu para ouvir o personagem principal dizendo: "E naquele momento, eu podia jurar que éramos infinitos."

Eu sorri.

Castiel pareceu não ouvir a TV mas me afastou o bastante para conseguir olhar meu rosto.

- E a sua dor? - Perguntei.

- Não sinto, eu acho. Ou se sinto, não percebo mais nada. - Ele disse e arrumou a mecha rebelde que escapava do meu coque.

Assenti com a cabeça e o observei. Seus lábios se curvavam num pequeno sorriso e uma pequena covinha aparecia na bochecha esquerda. Eu o achava lindo e as vezes chegava até a esquecer que ele havia sido montado, projetado. Era triste pensar desse jeito, como será que Castiel reagiria se soubesse disso?

- Margot?

Eu mexi a cabeça, afastando meus pensamentos.

- O quê?

- Por quê sempre que você me olha parece que quer me abrir como se faziam com sapos em laboratório pra ver como funciona por dentro?

Eu ri mas ele não parecia estar fazendo uma piada.

- Desculpa. - Eu disse e sai do colo dele, me sentando novamente no sofá. - Não sei por qual razão você acha isso.

Ele deu de ombros.

- É o que parece. - Castiel não me encarava mais, parecia mesmo era evitar meu olhar. Ele parecia muito bravo. - Você não sabe como me irrita isso, porque parece que você esconde algo de mim. E não me venha com desculpas esfarrapadas, eu quero saber a verdade.

Meus olhos se encheram de lágrimas.

- Eu vou tomar banho.

- Você nem tem troca de roupa, Margot. - Ele disse com desdém.

Dei as costas e corri para o banheiro. Fechei a porta e liguei o chuveiro, fiquei sentada do chão esperando o chuveiro esquentar e pensando no que falaria para Castiel.

Tirei minha roupa - a qual eu estava desde a festa - e entrei no box que era muito chique em comparação com o resto da casa.

Ouço batidas na porta e a voz de Castiel dizer algo mas não consegui entender apenas sei que um segundo depois ele escancarou a porta. Eu, com vergonha, puxei a primeira toalha que vi pela frente.

- Seu louco! Saia daqui! - Gritei.

- Ouça, me desculpe por duvidar de você. Eu estou com muita coisa na cabeça e descontei em você. Perdão.

"Na verdade, você tem toda a razão." pensei mas fui incapaz de falar.

- Tudo bem mas tipo...eu estou tomando banho. Não podia simplesmente esperar eu terminar pra falar?

Ele me olhou de cima abaixo, divertido com a situação.

- Bom, ou você sai daí pra eu te beijar ou eu vou ter que entrar.

Eu arregalei os olhos.

- Cai fora!

- Ótima escolha. - E no segundo seguinte, estava dentro do box - de roupas ainda! - me enlaçando com os braços, enquanto a água molhava sua roupa.

Eu o afastei e tirei sua blusa que de azul claro foi para azul escuro por causa da água. Castiel me beijou apaixonadamente e esperou eu me distrair para finalmente poder tirar a toalha de mim e a jogar em algum lugar do banheiro.

Maldita seja eu que não percebeu que, naquele momento, Castiel estava sem o boné.

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amo a fanfic mas n vejo a hora de acaba pqp
obg por lerr
~alasca