Run

Capítulo 18

Continuação..

— VOCÊ VAI ACABAR MORRENDO!. - ele gritou.

— Como a Grace? Como a Grace morreu? E daí? Pelo menos eu teria tentado te salvar. E me desculpa se o fato de eu ter tentado te salvar não te agradou, mas assim como a Grace eu não podia ficar parada, não podia ficar dentro de um carro, sabendo que em algum momento eu escutaria disparos, e que quando saísse para ver, o seu corpo estaria esticado no chão, com uma poça de sangue ao redor! PORQUE EU TE AMO, E EU NÃO QUERO QUE VOCÊ MORRA!. - gritei saindo do carro e batendo a porta com força.

Eu saí andando para fora do estacionamento, e para a minha tristeza, estava chovendo.

No mesmo instante em que as gostas tocaram meus braços eu senti meu corpo se arrepiar.

— Srta.Collins. - George chamou me seguindo. — Srta.Collins, entre no carro. - ele pediu.

— Para George! Para!. - eu disse irritada.

Ele ficou parado e eu continuei andando, sozinha, e com medo de que alguém aparecesse para me sequestrar, mas eu não queria estar com o George, ou com o Jamie.

O pior de tudo, é que eu não tinha com quem desabafar, porque todos naquela casa odeiam o Jamie, tirando a Bab e a Jessie.

Acenei para um táxi, e passei o endereço.

Ele me deixou no cemitério, e eu entrei seguindo até o túmulo da minha mãe. Me sentei de frente para ele, e fiquei encarando a lápide.

— Por que você não tá aqui agora em? Você tinha que estar aqui. - eu disse abraçando meus joelhos.

Fiquei olhando para ele, enquanto algumas lágrimas escorriam.

— Eu queria tanto conversar. - sussurrei. — Mas você não está aqui, e, eu não tenho com quem conversar sobre isso. - sussurrei de novo.

Eu estava toda molhada, sentada na grama, conversando com um túmulo.

— Queria tanto que estivesse aqui. - sussurrei me aproximando, e sentando mais perto da lápide. — Chelsea Collins. - eu disse tocando sua lápide.

Fiquei em silêncio por um tempo, enquanto meus dedos deslizavam lentamente pelo seu nome, a sua data de nascimento, a sua data de falecimento, e a frase eu eu mandei gravarem.

— Não sei o que vai me matar primeiro, se sou eu mesma, ou as pessoas. Não posso chorar por causa da Jessie, mas agora eu não consigo parar. - eu disse sorrindo e mordendo o lábio inferior enquanto as lágrimas desciam.

Fiquei encarando a sua lápide.

"Nossas vidas nunca serão as mesmas sem você aqui, sentiremos muito sua falta"

Foi a frase que eu mandei gravarem, e eu não conseguia parar de chorar enquanto olhava para ela.

— Quero você de volta. - eu disse me deitando na grama ao lado do seu túmulo. — Quero você me abraçando quando eu estiver triste, e quero você sorrindo para mim assim que eu chegar em casa. Quero você me aconselhando, e quero você dizendo que me ama. - eu disse chorando. — Eu preciso de você. - sussurrei.

Fiquei deitada ao lado do seu túmulo, pensando nos momentos bons que passamos juntas enquanto ela estava aqui.

Pensando em quantas vezes podia ter aproveitado sua presença, mas fui infantil demais brigando com ela por brigar com meu pai por coisas bobas, e assustar a Jessie.

— Não consigo parar de chorar. - sussurrei. — E se você estivesse aqui, com certeza já teria me feito sorrir. - sussurrei.

Meu celular começou a tocar, e eu peguei do meu bolso atendendo.