Capítulo 9

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Eu acordei com o toque insuportável do despertador do meu celular. E toda manhã quando ele toca, a única vontade que eu tenho, e de taca- lo na parede.

Me sentei na cama, e coceira os olhos, respirando fundo.

Caminhei para o banheiro, e tomei um banho. Lavei o cabelo, e quando saí, vesti minhas roupas íntimas, uma calça jeans clara, e uma blusa de manga comprida azul escura, quase preta.

Calcei meu tênis, e depois de escovar os dentes, desci as escadas indo até a cozinha.

Embora eu não tivesse falando com nenhum deles, precisava saber se alguém ficaria em casa, porque eu tenho que ir conversar com a diretora da Jessie.

E se ninguém fosse ficar, eu teria que acorda-la.

Eles estavam todos sentados, tomando café, e eu me aproximei devagar, sentindo o clima ficar ruim logo de cara.

— Oi. - Bab sorriu. — Guardei seu lugar do meu lado. - ela disse batendo no banco.

— Não vou tomar café. - respondi. — Mas obrigada. - sorri.

Eu estava tão sem graça, e essa era minha casa, eu deveria estar a vontade.

— Alguém vai ficar em casa hoje?. - eu perguntei.

E Dylan, Pedro, Victoria e Kristen levantaram a mão.

— Podem vigiar a Jessie para mim, por favor?. - perguntei.

— Só se você tomar café com a gente. - Dylan disse.

E eu ri. Mas eu não ri porque eu achei engraçado, eu ri de nervoso, porque era óbvio que nenhum deles queria tomar café comigo.

— Eu não estou com fome. Mas se eu estivesse, acha mesmo que eu me sentaria nessa mesa? Com vocês? Sabendo que a minha presença é um incômodo?. - perguntei segurando o choro.

— Sua presença não é um incômodo. - Jacob disse.

— Não me trate como idiota. Eu sei que é, porque não se preocupam nem em esconder isso. - eu disse.

— Lily, senta. - Bab pediu me olhando.

Eu sai andando, seguindo quase correndo para a garagem.

— Não podem ignorar ela para sempre, somos uma família!. - Bárbara disse quase gritando. — Mas que droga de família é essa que exclui uma pessoa?!. - ela disse.

Eu entrei no carro, e bati a porta. Coloquei o cinto, e acelerei.

Não chorei, porque eu segurei as lágrimas, e não deixei que nenhuma delas caísse.

Quando eu olhei pelo retrovisor, vi o carro do George atrás, e eu não sei porque, mas saber que ele sempre vai estar por perto, agora me deixa calma.

Embora ainda não ache necessário, e espero que nunca seja.

Estacionei em frente a escola dela, e desci entrando e parando na recepção.

— Oi, bom dia. - uma mulher disse sorrindo.

— Bom dia, será que eu posso falar com a diretora?. - perguntei.

— Eu vou ver se ela já chegou, pode aguardar um segundo?. - ela perguntou.

— Posso, claro. - sorri.

Me sentei no banquinho, e olhei para fora, mas eu não vi o carro do George.

Mas tudo bem, porque ele não estaria sempre a vista, mas apareceria em cinco minutos quando eu pedisse ajuda.

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