Acordo num mundo novo, por isso não sei onde estou.
Procuro por padrões no qual posso me guiar
E assim me auxiliar a encontrar algo que eu conheça.
Onde estava na noite anterior?
As recordações sumiram, assim como todo o resto.
O vazio deixado pelas lembranças agora é consumido pelas indagações.
Onde estou?
Como vim parar aqui?
Onde está todo mundo?
Por que não me lembro de nada?
Ando nas ruas, está tudo uma bagunça.
Mas não tenho certeza se o caos que vejo é real ou apenas reflexo do meu inconsciente.
Não consigo piscar, pois este movimento me desnorteia
Quando estou com os olhos abertos, a destruição toma conta de minha visão
E ao fechá-los, a destruição toma conta de mim.
Atravesso todo o quarteirão, e assim que chego ao seu desfecho
Percebo não estar em um mundo novo,
E sim no mesmo onde sempre vivi
Apenas mais devastado do que antes.
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Sob o Caos
FantasiaUm livro híbrido que compila poemas e contos que dialogam com a destruição do mundo e de todos que o habitam.