A solidão constante reinava naquele imenso quarto, contudo sua imaginação era farta e supria assim aquele exílio voluntário.
Não era Alice para descobrir um novo mundo através do espelho ou por uma toca de coelho, mas viajava para outros universos autorais que jamais seria capaz de dividir com alguém.
Não encontrava mundos fantásticos dentro do guarda-roupa ou por mágicos portais, no entanto construía cosmos imaginários que o teletransportava para novas aventuras repletas de referências que somente ele era capaz de compreender.
Rejeitava outras companhias que não fossem as de suas imaginações, mas não se sentia mal nem egoísta por isso, pois as pessoas ao seu redor tornavam-se fragmentos de suas criações.
Era um doutor Frankenstein, mas tão insociável quanto o mostro, talvez fosse os dois: médico e mostro.
E do mundo exterior pouco conhecia, já do seu, era herói, vilão, rei e rainha.
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Sob o Caos
FantasíaUm livro híbrido que compila poemas e contos que dialogam com a destruição do mundo e de todos que o habitam.