A estrada obscura que me leva até você
É o mesmo caminho que preciso cruzar
Para não fugir da minha patética rotina
Não digo que você seja monótona como minha vida
Está apenas no mesmo caminho que ela.
São estradas que não se bifurcam e não terminam.
Sem acostamento para que eu possa descansar
Apenas um fluxo infinito de vias vazias me guiando
Para algum lugar ou lugar nenhum
Me pergunto onde está você em meio a todo esse limbo
Sinalizado de placas incompreensíveis brilhando
Intensamente ao reflexo artificial da minha luz?
Talvez tenha sido atropelada naquele pequeno trecho interditado
Como os animais achatados na rodovia que me fazem companhia.
Porém eu sei que não importa o lugar onde estiver,
Seria impossível parar, estou no automático,
E você seria uma variante na estrada
E eu sigo sem saber pra onde vou, em uma linha reta
Sempre na mesma velocidade,
Sem parar, como o tempo,
Rápido e constante.

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Sob o Caos
FantasyUm livro híbrido que compila poemas e contos que dialogam com a destruição do mundo e de todos que o habitam.