23º Capítulo

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Fernanda

Quando soube que Geruza estava gravida, perguntei para o Rodrigo se o filho poderia ser dele, mas o mesmo jurou de pés juntos que não, lembro que ele sempre dizia que usava preservativos com ela, mas, Geruza preferia ir no coro, como muitas vezes ela me dizia, em momento algum, ela citava o uso de preservativos, pelo fato de nunca ter gostado e por incomodar.

Agora me vejo perdida depois de ouvir a conversa de Rodrigo com a dona Rita, e não sei o que fazer, já que tem chances desse menino ou menina, tanto faz, ser filho dele, como ficará nosso relacionamento depois disso? Sei que uma criança muda a vida totalmente de duas pessoas, e que ele terá que ter mais contato com bebê, logo, mais contato com a Geruza, quando ainda mantínhamos contato, eu perguntava para ela sobre os possíveis acontecimentos, e ela sempre dizia que se ficasse gravida e o pai da criança estivesse com outra pessoa, ia causar um verdadeiro inferno na vida de ambos, afinal, para ela o pai tem que estar com a mãe, talvez ela pense assim por não ter crescido com os pais juntos, talvez por não ter tido a presença do pai dela em boa parte da infância e adolescência, ou talvez seja só medo da relação da madrasta com o filho.

Não sei o que fazer, afinal, eu serei a madrasta do filho deles, mas, talvez eu e o Rodrigo nem tenhamos mais nada, já que ele é correto para tal ato, talvez eles se casem, cuidem da criança, estou tão perdida em meus pensamentos que não escuto as batidas fortes na porta que aumentam a cada momento, a voz do Rodrigo me chamando de um jeito grave me arrepia, mas não é um arrepio bom, é medo, é medo do que pode acontecer, do nosso fim, de eu o perder.

- Fernanda, abra essa porta! – Rodrigo diz enquanto da socos na porta.

Fico calada, sei que ele irá desistir, minha mente está tão confusa que me pego escorregando minhas costas na porta, quando chegou ao chão, sinto o frio do mesmo passar pelo meu corpo, me fazendo tremer, e em um pensamento e outro me vejo chorando de soluçar.

- Fernanda, abre por favor? Fê, você está chorando?

Fecho os olhos e agarro minhas pernas enquanto meus soluços aumentam a cada minuto, não queria que ele me visse assim, não estou pronta para ver o mesmo, sei que em qualquer momento ele vai me deixar, fico ali por longos minutos, até que as batidas param, o Rodrigo deixa de chamar meu nome e o que me resta é continuar ali, perdida em meus mil pensamentos.

Rodrigo

Vejo Fernanda correr e então fico imóvel, não sei o que fazer, não sei se vou atrás dela, minha mente parece trabalhar contra mim, meu corpo não obedece os comandos que tento fazer, logo sinto um toque em meus ombros, e em seguida um abraço, Rita não me diz nada, ela me conhece antes mesmo de eu me conhecer, então ela sabe que quando fico assim, só preciso de um abraço, afinal, não tenho o que fazer no momento. O abraço de Rita se torna mais apertado, sinto meu corpo pesado, começo a sentir algo crescendo em meu peito, como se fosse uma angustia, não posso ser pai, não posso!

Lembro do olhar da Fernanda e estremeço no abraço da Rita, preciso ir ver ela, preciso falar com ela, sei que a menina tá mal, ela deve estar pior que eu nesse momento.

- Melhor eu ir atrás dela – digo para dona Rita que entende na hora e me solta do abraço

- Cuida dela meu filho, mas, saiba respeitar o momento da menina, ela deve estar mal agora.

Apenas aceno para ela e vou em direção a escada, a cada degrau meu coração acelera, estou preocupado com esse assunto e principalmente com a Fernanda, sei que se for meu irei assumir, mas, também sei que Geruza irá infernizar nossas vidas.

Tento abrir a porta, mas ela esta fechada, então começo a bater para que Fernanda abra, ela parece não me escutar, grito o nome dela diversas vezes, mas nada dela abrir, então escuto um fungo, depois dois e do nada um soluço, minha pequena está chorando, minha mulher está em lagrimas por minha culpa

- Fernanda, abre por favor? Fê, você está chorando? – Falo preocupado com ela.

Ela ignora o meu chamado, fico insistindo por mais alguns minutos até que canso, e respeitarei o momento dela, mas, não sairei daqui, sem antes falar com ela, sento no chão, coloco as mão em minha cabeça e começo a me perguntar por quê aquilo tinha que acontecer, estávamos tão bem, queria estar abraçando minha garota, queria amenizar seu choro já que a cada momento seu soluço ficava mais alto, queria estar sendo o amparo de Fernanda nesse momento, então a ultima coisa que falo em voz alta é:


- Fernanda, me perdoe! Eu não queria que as coisas fossem assim – digo com olhos avermelhados, e sentindo as primeiras lagrimas escorrem.  




Boa tarde! Como vocês estão? O que será que vai acontecer com esses dois? Será que eles vão se acertar? E essa Geruza, o que ela vai arrumar? São tantas perguntas... E já falando para as pessoas que vão prestar enem o final do ano, desejo boa sorte, façam a prova com calma, leiam tudo direitinho, vocês terão tempo (mesmo sendo pouco) e não esqueçam, uma nota não resume você, boa sorte meus anjos... 

Uma noite SadomasoquistaOnde histórias criam vida. Descubra agora