52º Capítulo

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Rodrigo

Nosso beijo tinha uma sincronia perfeita, mas tive que parar, já estava tarde e precisávamos ir para minha casa, encerrei o nosso beijo com selinhos.

- Vamos embora? – Perguntei abraçado nela.

- Vamos sim – me deu um selinho demorado.

Enquanto ela pegava o capacete e colocava na cabeça, eu fiquei admirando sua beleza e seu jeito suave de ser, ela transmitia brutalidade, mas se você soubesse intervim, conseguia ser um poço de carinho, voltei a realidade quando ela pediu para eu fechar o capacete, fechei o dela e coloquei o meu, subi na moto e esperei ela subir também, minutos depois estávamos a caminho da minha casa com seus braços em volta da minha cintura e sua cabeça repousada em minhas costas.

Chegamos na minha casa, estacionei a moto e ela desceu meio sem graça e parecia até que receosa, então eu lembrei que ela provavelmente estava assim por ainda ser virgem, mas como um bom rapaz que eu sou, jamais forçaria ela a perder algo tão importante.

- Não tenha, eu prometo que não te forçarei a nada e se quiser dormir no meu quarto, eu deito no sofá ou até mesmo no quarto de hospedes. – Sua atenção veio diretamente a mim.

- Como você sabe o que eu estou pensando? – Perguntou meio tímida e baixo, mas eu consegui ouvir.

- Eu me preocupo com você, Pamela, desde que eu era seu professor e agora não será diferente. – Ela relaxou mais – Vamos entrar?

Ela apenas concordou com a cabeça, entramos e ela ficou admirando tudo, não vou negar, minha casa é enorme, afinal, eu sou muito bem de vida, mas, sempre fui muito humilde, foi por esse motivo que me tornei professor, amo ensinar, mas agora minha atenção é totalmente voltada a empresa.

- É linda – Pamela disse dispersa.

- O que?

- Sua casa, ela é linda – disse observando cada cantinho, apenas sorri.

- Quer comer alguma coisa? – Perguntei para ela.

- Obrigada.

- Tem certeza? – Impossível ela não querer nada, na escola  vivia me pedindo chocolate

- Sim – Vi que ela estava tímida.

- Então vou fazer um chocolate quente para nós dois, ok?

- Tá bom – Riu em agradecimento.

- Quer tomar banho? Eu posso encher a banheira enquanto eu faço o chocolate quente e quando estiver pronto eu te chamo.

- Aaah, quero, mas sem banheira – Sorriu, ela era simples e estava com muita timidez, preciso provar que não tentarei nada.

- Vem, eu te mostro.

Peguei suas mãos e levei até o banheiro do meu quarto, sua mochila estava encima da minha cama e acredito que os seguranças tenham entregado a Maria, ela ficou olhando para meu quarto.

- Por que você tem um sofá no seu quarto? – Levantou a sobrancelha como se eu fosse um louco.

- Nem eu sei dizer, a decoradora disse que era tendência, então deixei – Falei passando a mão na minha cabeça.

Ela deu uma risada que parecia mais ser ironia e como se estivesse me chamando de louco.

- O banheiro é ali – apontei para a porta – Lá tem toalha e tudo que você precisa, eu acho.

Ela concordou, eu peguei uma muda de roupa e sai, fui para o quarto ao lado, tirei minha roupa, tomei um banho longo, me vesti e acredito que ela ainda esteja lá no quarto. Então desci e fui preparar nosso chocolate quente, coloquei cookie em um potinho, fiz também pães de queijo, coloquei tudo em uma bandeja, subi as escadas e bati na porta, ela demorou para responder, então bati novamente.

Uma noite SadomasoquistaOnde histórias criam vida. Descubra agora