26º capítulo

2.4K 117 14
                                    


Rodrigo

Acordei com uma voz suave me chamando, me perguntei onde estava, percebi que estava deitado no chão, era a voz da Fernanda que chamava-me, olhei para ela e sorri sem jeito, os olhos dela estavam inchados, levantei meio sem jeito e dei mais um sorriso

- Você ficou ai desde aquela hora?

- Sim, queria esperar você aqui – disse me espreguiçando, minha coluna inteira doía – podemos conversar?

- Não sei Rodrigo, talvez eu não esteja pronta para essa conversa.

- Mas Fernanda, é necessário para nós dois nos acertamos.

- Tudo bem Rodrigo, vamos conversar!

- Pode ser no jardim?

- Pode sim, mas vou pegar uma blusinha de frio, pois já é de noite – apenas concordei com a cabeça, prestei atenção nela entrando no quarto e abrindo a minha parte do guarda-roupa – Ei, minha blusa?

- Claro, ela é melhor que a minha.

Sorri ainda sem jeito e fomos em direção ao jardim, a casa estava quieta, então imaginei que Rita e Francisco tinham saído para deixar nós dois sozinhos. Pedi licença para a Fernanda e fui no banheiro, deixei ela indo para o jardim sozinha, quando cheguei no toalete, me preparei psicologicamente para essa conversa, tinha medo do que podia vim com ela, e principalmente do que a Fernanda seria capaz, será que seria o nosso fim?

Usei o banheiro, lavei minhas mãos e meu rosto, passei na cozinha e peguei um vinho, olhei o nome e vi chateau margaux, seria perfeito, era de 2010 e custou mais de $13 mil, estava esperando o momento certo para tomar, mas sabia que esse seria o momento ideal, mesmo sendo em uma conversa difícil, peguei duas taças e fui em direção ao jardim.

Fernanda estava sentada na grama, amava a praticidade dela, fui em sua direção, ela estava segurando um girassol, ela amava girassol.

- Oi – disse sentando ao seu lado

- Vinho? Gostei rs

- Estava esperando o momento ideal para abri-lo – percebi o olha sério dela para mim

- Então vamos comemorar a noticia que você será papai? – disse com rispidez

- Não Fernanda, não é isso, e nem sabemos se o filho é meu!

- Conta outra Rodrigo, tudo está batendo, você já sabe o que fará? Afinal, fraldas são caras, ele vai precisar da sua atenção, do seu amor, e você tem que ser presente na vida dele.

- Fernanda, assim que voltarmos para a cidade, irei conversar com ela, vou fazer um exame de DNA e se esse menino ou menina for realmente meu filho, eu quero que você esteja presente.

- Rodrigo, entenda que a mãe de seu filho é Geruza, ela tem que estar presente, não eu – disse desviando o olhar do meu.

- Mas – bufei – você não entende que não quero a Geruza, porra Fernanda, eu sei o que você está sentindo, e sei da provável dúvida que esteja sentindo, mas, eu realmente não quero ela, e se por acaso esse filho for meu, darei o meu melhor na criação do mesmo, porém, precisarei de você do meu lado, do seu apoio, do seu carinho, precisarei de ti Fernanda – Ela me olhava prestando atenção em tudo que eu dizia – você me mudou desde aquela festa, você me mudou desde a nossa primeira dança, e esses meses ao seu lado têm sido os melhores da minha vida, e não quero perder isso por um erro meu, não quero perder isso porquê em breve teremos uma criança para cuidar, para sairmos aos finais de semana, e que provavelmente vai te ver como uma boadastra – ela riu do que eu disse - preciso de você para essa nova etapa e para todas as que virão, entenda Fernanda, eu preciso de ti!

- Rodrigo, isso foi uma declaração?

- Seja o que você quiser, só entenda que eu preciso de você mulher, e ninguém vai destruir o que estamos construindo aqui e agora.

Vi Fernanda sorri, coloquei uma mecha do cabelo dela na orelha e me aproximei com cautela, encostei nossos lábios e ali foi um dos beijos mais calmos que demos em todo esse tempo. 



Vocês pediram e eu postei, espero que estejam gostando, não esqueçam de votar e comentar, gratidão 

Uma noite SadomasoquistaOnde histórias criam vida. Descubra agora