51º Capítulo

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Rodrigo

Parei o beijo dando selinhos e observando sua expressão, seu beijo era viciante e a sincronia perfeita que tínhamos era surreal. Seu sorriso se ampliou ao me observar, mas em seguida aumentou ainda mais quando viu a sobremesa chegando, dei um leve sorriso ao ver sua cara de ansiosa.

Nosso bolo e açaí chegaram, Pamela disse para eu experimentar, então peguei uma colher e levei até minha boca, o bolo estava surreal, uma delicia, peguei outra colher e levei até a boca dela, seus olhos se estreitaram e depois relaxaram, sutilmente ela abriu a boca e aceitou, fechou os olhos enquanto mastigava, como se estivesse degustando cada pedacinho daquele bolo ou do momento que acabou de acontecer.

Ela pegou a colher e encheu de açaí, em seguida levou até a minha boca, sorri abertamente e peguei todo o conteúdo da colher, engoli sentindo aquele gelado descer sobre minha garganta, não resisti e dei um selinho nela.

- Você fica ainda mais linda tímida e quando não sabe reagir a determinadas coisas que eu falo ou faço. – falei sorrindo.

- Para com isso, vamos comer – disse tão tímida que foi impossível não gargalhar.

Dei um beijo em sua testa enquanto dividíamos a sobremesa, ao fim dela, levantamos e eu fui pagar a conta, mesmo ela implorando para dividir o valor, paguei tudo, segurei em suas mãos e fomos em direção ao lado de fora.

- Para onde vamos agora? – Perguntei.

- Não sei, me surpreenda!

Sorri de lado e pensei para onde poderia leva-la, olhei para o relógio e já eram 19h20, o céu estava escuro, lembrei de um parque que tinha na área mais central e perto da minha residência.

- Eu tenho um lugar excelente para te levar, mas como fica perto da minha casa, que tal você ir dormir lá? Juro que não farei nada contigo. – Nunca tinha gaguejado antes, mas com ela as coisas pareciam diferente, pelo menos para mim.

- Huuummm, podemos ver, vou pedir para a meus pais.

- Ok.

E novamente ela se distanciou da moto e ligou para alguém, não conseguia ouvir nada porque estava distante, mas seu semblante era de suplica e aos poucos foi relaxando, minutos depois que pareceram mais horas, ela voltou sorridente.

- Só precisamos passar na minha casa para eu pegar minhas coisas, pode ser?

- Claro que sim.

Coloquei o capacete nela e fomos em direção a sua, ela desceu da moto, retirou o capacete e foi correndo para dentro, sua casa estava escura e parecia vazia, minutos depois ela volta com uma mochila dizendo estar pronta para ir, coloquei o capacete nela novamente, e fomos em direção a minha casa para deixar suas coisas, foram mais de quarenta minutos até chegar na minha casa, deixei suas coisas com os meus seguranças, dei meia volta e fui em direção ao lugar que queria leva-la.

Estacionei a moto e sorri com seus olhos brilhando.

- Estamos em um parque de diversões? Eu amo parque de diversão – ela sorriu com ânimo.

Fomos direto na bilheteria e eu comprei vinte ingressos, e combinamos que cada um ia escolher um brinquedo, fizemos jokempô e ela acabou ganhando, pelo seu olhar via o quanto gostava de brinquedos que davam adrenalina e a primeira escolha dela foi kamikaze, sorri enquanto estávamos na fila, nos beijamos algumas vezes até chegar a nossa vez.

Entregamos o bilhete para a moça e nos posicionamos no início, pois de acordo com ela ali tinha mais emoção, um rapaz veio verificar a proteção, disse as coisas que não poderia fazer e em seguida o brinquedo começou a se mover devagar, quando ele deu a primeira volta 360 gritamos e rimos, depois ele parou no topo e ficamos de ponta de cabeça, olhei para ela que sorria como uma criança com sua penduradas, ali de cima dava para ver muitas coisas, mesmo que em poucos segundos, o brinquedo rodou novamente e gritamos juntos, alguns segundos depois o brinquedo parou, esperamos a liberação e saímos rindo dos gritos das pessoas, e da oração da mulher que estava atrás de nós.

O brinquedo que eu escolhi foi tranquilo, fomos para o carrinho de bate-bate, ela ficava fugindo de mim, enquanto eu a perseguia, dois carrinhos me pararam enquanto ela estava distante e rindo do fato que eu não a poderia alcançar, seu carrinho girou e veio com tudo no carrinho que estava do meu lado, seu sorriso era lindo, fazia tempo que eu não brincava desse jeito.

Saímos de lá e ri de todas as brincadeiras dela, e ela escolheu labamba, esse brinquedo se constituía em ter que se segurar no lado enquanto ele se movimentava, ficamos ali e eu sai extremamente enjoada, sua gargalhada era engraçada, sentia que seria zoado sempre que ela me olhasse.

Já tínhamos ido em nove brinquedos e o último seria o meu, chamei ela para comprarmos um sorvete, o sabor escolhido por ela era baunilha e o meu limão, depois disso andamos para a roda gigante, como não tinha fila foi rápido, entregamos nosso último bilhete, entramos e sentamos no banco, cada um ficou de um lado, começou a levantar devagar, paramos lá encima para outras pessoas entrarem e nesse momento, fiquei encarando toda a sua fisionomia, ela tinha uma beleza incrível e sabia que talvez não tinha dimensão do quão linda era.

Conversamos sobre algumas coisas, demos selinhos, e ficamos chupando nossos sorvetes enquanto cada um se perdia em seus pensamentos. Nosso banco parou e descemos, apostamos corrida até a moto, porém, ela trapaceou ao taca o sorvete dela no meu nariz e sair correndo.

Fui correndo em sua direção e me desviando das pessoas, quando cheguei na minha mota e puxei para cima de mim, limpei meu nariz em sua blusa, ela ria baixo, e ali, nos beijamos, um beijo calmo, sem malicia, apenas nos entregamos aquele momento, e foi aquele beijo que fez algo mudar dentro de mim. 



Desculpem o meu sumiço, estou devendo capítulos para vocês, mas essa semana está sendo complicada para mim. 

Mas, me contem como vocês estão, como passaram os dias das mães com essa quarentena? 

E não esqueçam de deixar a opinião de vocês, ela é extremamente importante para mim. 

Votem e comentem!! 

Até a próxima, estarei tentando postar mais capítulos no final de semana depois das minha provas. 


Uma noite SadomasoquistaOnde histórias criam vida. Descubra agora