Capítulo Quatro - Atos e consequências.

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Marinette adentrou o colégio com ódio no olhar, enquanto sentia diversos olhares sobre si. Ouvia os murmúrios, e via que alguns até mesmo apontavam para ela. Procurava por Alya e Chloe, mas acima de tudo, procurava aquele loiro.

Mataria Adrien, com certeza, e só não faria isso se aquelas duas não a segurassem.

Estava com ódio, ele não tinha o direito de espalhar aquele video. Para começo de conversa, ao menos tinha o direito de gravar! Sabia que havia feito aquilo apenas para irritá-la, mas havia ido longe demais.

Para o azar de ambos, ela havia achado o loiro antes das garotas. Estava, como sempre, reunido com o seu grupinho. Ela marchou até ele, que logo que a viu, se levantou.

- Olha se não é nossa rainha da dança! - Riu, e se levantou. - Bom dia, vossa majestade! Com que posso te ajudar?

- Apagando aquela merda! - Rosnou. - O que você estava pensando? Você nem me conhece pra fazer isso!

- Nossa, a alteza está estressadinha. Talvez eu possa te ajudar com isso. - Murmurou, trocando um olhar com um de seus colegas. Marinette estava a ponto de soca-lo. - Mas o vídeo? Não rola. Já está por aí, bebe. Nem tenho mais controle sobre quem tem, já que geral deve ter compartilhado. Foi mal, lindeza.

Ele puxou sua mochila, jogando sobre o ombro, e ia sair andando com seus colegas, mas foi surpreendido quando ela segurou seu pulso.

- Mudou de id... - Começou a dizer de um modo provocante, mas ficou quieto quando ela lhe deu um tapa que fizera sua bochecha esquerda arder. Lhe olhou com ódio. - O QUE VOCÊ PENSA QUE TÁ FAZENDO?

- Tentando ensinar você a ser homem, coisa que você não é e nunca vai ser, Agreste! - Marinette disse, antes de sair andando. - E eu não preciso da sua ajuda. Guarde ela para alguma babaca que caia nesse seu conto de vigário.

Marinette saiu andando, não dando a mínima para os olhares que agora haviam dobrado, graças ao ocorrido. Chegou em sua sala, e jogou o material sobre sua carteira com força. Ainda sentia raiva.

Ouviu o sinal soar e depois de alguns minutos, a sala começou a ficar lotada. Viu o loiro entrar, seu rosto estava levemente vermelho no local em que havia dado o tapa, e Lila Rossi estava agarrada em seu braço. A italiana lhe mandou um olhar irritado antes de sair da sala, mas Marinette não ligou.

Desviou o olhar para a lousa quando o primeiro professor do dia adentrou a sala, já começando a falar sobre o que havia programado para a aula. Marinette pegou seu caderno, começando a anotar tudo o que achava importante com agilidade.

Estava totalmente concentrada, quando a porta da sala fora aberta.

- Com licença, professor. - Uma mulher, que parecia ser nova na secretaria da universidade disse. - O senhor Damocles gostaria de falar com Marinette Dupain-Cheng.

[...]

Se existisse uma taxa de ódio, Marinette poderia afirmar que já teria passado dos limites permitidos para um humano.

Realmente, aquele dia não era dela.

Alguém, que ela já tinha certeza de quem era, havia contado sobre a briga nos corredores e ela havia sido punida. Estava suspensa de todas as atividades por três dias, e aquilo iria para seu histórico.

Já não bastasse aquilo, Angellinne estava impossível naquele dia. Nunca havia visto sua chefe tão irritante como estava vendo, e até o bendito momento não havia parado por um minuto.

E falando nela.

- Marrrrinette! - A chamou, aparecendo perto de uma arara que a garota organizava. - O que está fazendo aí?

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