Capítulo Onze - Sonhos mascarados como pesadelos.

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- Ah, ontem foi tão... maravilhoso! – Chloe disse, enquanto segurava os livros contra o peito. Seu sorriso ia de orelha a orelha. – Ele teve que dormir lá em casa, já que a chuva estava forte! Assistimos um filme, e depois dormimos juntos!

- Rolou? – Alya perguntou, com um sorriso malicioso. Chloe revirou os olhos.

- Não, Alya. – Ela disse, e suspirou. – Não... quero apressar as coisas. Estamos indo devagar. Não sou como você que gosta de ir rápido, não mais.

- Ok, ok. – Alya revirou os olhos, e logo olhou para a azulada. – E você?

- Hm? – Marinette murmurou, e Alya teve vontade de dar um tapa em sua testa. – Desculpe, não... prestei atenção.

- Percebi. – Alya resmungou. – No que estava pensando?

- Em nada. – Marinette mentiu. Na realidade, estava pensando no loiro. – Só me perdi mesmo.

- Tudo bem, Mari. – Chloe suspirou, colocando a mão sobre o ombro da garota. – Sei que sua cabeça está uma loucura esses dias, como está indo a papelada?

- Na mesma. – Suspirou, enquanto desviava o olhar. – É capaz que demore algumas semanas ainda.

- Ah... – Chloe murmurou, e sorriu. – Vai dar tudo certo, okay? – O sinal tocou, e a loira suspirou. – Temos que ir, te encontramos depois?

- Claro. – Mari sorriu, e se despediu delas. Suspirou enquanto andava até a sala.

Desde aquele dia, o loiro não saia de sua mente. Já haviam se passado quase uma semana, e eles quase não conversavam. Aquilo a frustrava, ao mesmo tempo que parecia um alivio, menos para a parte dela que havia se acostumado com a insuportável presença do garoto em sua vida.

Como havia se apegado tão rápido? Não saberia responder, mas não queria pensar sobre isso. Deveria ser apenas o efeito que ele exercia sobre as garotas, e ela estava decidida a não cair em suas garras.

Sentou em seu lugar, puxando seu caderno. Esperava o professor enquanto via a sala começando a lotar. Seus olhos pareciam toda hora se focarem na porta, a espera de algo. Por instantes, seu coração se acelerou quando viu o loiro entrar, mas logo desviou o olhar quando viu que estava acompanhado de alguma garota. Mordeu o lábio inferior.

Como poderia imaginar que seria diferente com ela? Obvio que ele não havia sentido algo, já estava com outra.

Fez uma careta, e focou o olhar no professor, que em segundos já estava dentro da sala.

Anotava com certa rapidez nunca vista antes, ao mesmo tempo que parecia estar com raiva. Mordeu o lábio inferior de um modo forte, e sentiu um gosto metálico. Precisava acalmar seus nervos.

- Professor, com licença. – Murmurou, e se levantou. O professor assentiu, e ela saiu da sala, indo em direção ao banheiro.

Respirou fundo e lavou o rosto. Se olhou no espelho, murmurando mentalmente que não deveria ficar se preocupando com o loiro ou relembrando o que quase aconteceu. Deveria esquecer, assim como ele pareceu fazer.

Havia sido um erro, e ela não repetiria isso novamente.

Lavou a boca rapidamente, e olhou o lábio no espelho. Havia feito um corte superficial no inferior, nada perceptível ou que lhe atrapalhasse, mas que havia sangrado. Bufou, enquanto lavava as mãos e as enxugou. Voltou para a sala em seguida. Franziu o cenho ao ver um aglomerado perto da mesa.

- O que tá acontecendo? – Murmurou, de um modo retórico, mas se surpreendeu ao ter uma resposta.

- Um trabalho. – Olhou para trás, vendo que o loiro estava ali. – Dessa vez, ele está escolhendo as duplas. Todos estão ansiosos e nervosos.

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