Capítulo Dezessete - Sem pensar, querendo machucar.

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Ela viu, ficou explicito em sua face que ele sabia quem ela era por baixo da máscara, e também, como ele estava surpreso.

Engoliu em seco, sentindo como se seu coração tivesse parado na boca, principalmente quando viu uma certa irritação por parte dele, como se quisesse subir naquele palco e confirmar o que já tinha quase certeza, mas não podia se acanhar.

Voltou a dançar, mesmo que sentisse os nervos à flor da pele. Estava nervosa, até mesmo, receosa. No total, eram três músicas. As outras duas pareceram uma eternidade, e quando finalmente acabou, ouviu os gritos e aplausos de todos os presentes. Algumas notas estavam jogadas sobre o palco, assim como flores, mas ela não as pegou.

Deu um sorriso tímido, acenou para todos, e voltou para o camarim quase correndo.

Fechou a porta, agradecendo por ser um camarim particular. Encostou-se nela, já sabendo que estava em uma situação totalmente fodida.

Respirou fundo antes de retirar a máscara. Lavou o rosto no banheiro que havia ali, e depois colocou as roupas que usava antes. Fez um coque alto no cabelo, recolocando a máscara e calçou as sapatilhas. Pegou a mochila antes de sair, e nem mesmo se despediu. Saiu pelos fundos, do mesmo modo que entrou.

Mas não percebeu que uma figura parecia a esperar ali.

- Hey, gatinha. – A voz era de um homem, que estava rouca. Fora pega de surpresa, já que ele estava totalmente escondido pela escuridão dos fundos do local. – Quanto é?

- Hã... sobre o que você está falando? – Perguntou, confusa e irritada. – Argh! Não estou com tempo para bêbados.

- Eu não estou bêbado, garota! – Fora a vez dele se irritar. – E estou perguntando quanto custa sua hora. Adorei esse seu corpo, adorei você. Quero muito uma noite.

- Eu... não faço programa. Desculpe. – Marinette disse, e planejou se afastar, mas sentiu o braço sendo agarrado.

- Essa história não rola, claro que você faz! Você estava lá dentro! – O homem pareceu estar irado. – Já deve ter combinado com outro, não é, puta? Mas fale seu preço! Eu te pago o dobro!

- Eu não combinei nada, não sou garota de programa! Me solta, seu doido! – Disse, tentando acerta-lo com um soco. Se surpreendeu ao acerta-lo, mas ele a empurrou contra a parede de um modo bruto. – Aí!

- Sua piranha! – Gritou. – Mas se não quer ir por bem, vai por mal!

Gritou, assustada, quando o cara levou as mãos até sua calça, adentrando-a, e soltou outro grito quando ele lhe dera um tapa no rosto para que ficasse quieta. Tentou chuta-lo, mas ele a imobilizou novamente.

Sentiu que estava perdida, e se arrependeu de não ter ouvido Alya, mesmo sabendo que não era culpa de ninguém, apenas do idiota que estava ali.

- SOLTA ELA! – Ouviu um grito, e em seguida, o cara estava no chão. Se surpreendeu ao ver Adrien, com o punho cerrado, olhando com ódio para o cara.

- Quem é você?! Ah, claro! O cara com quem ela deveria ter marcado! – O homem se levantou, e riu de um modo debochado. – Já deveria saber! Essas putas são todas iguais!

Ele revidou o soco, fazendo com que o loiro batesse com as costas na parede. Marinette olhou perplexa, realmente em choque com o que acontecia diante de seus olhos. Eles começaram a brigar, de um modo selvagem. Correu até a porta dos fundos, batendo com força.

- Ei, garota! O que foi? – O segurança perguntou, com uma voz grossa que arrepiou todo o seu corpo.

- Uma briga! – Exclamou. – Me ajuda, por favor!

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