Capítulo Vinte e Cinco - Eu e você contra o mundo.

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O fim de semana havia sido tenso.

Marinette estava uma pilha de nervos. Viu-a, no orfanato, segurando-se para não chorar ao ver Hugo. Percebia todo o medo que ela sentia só de pensar em não conseguir a guarda do garoto, depois de tanto tempo de luta.

E ele tentava a acalmar, mesmo sendo difícil. Ele nunca conseguiria imaginar o quanto ela estava sofrendo, mas sabia que era muito. Ela poderia perder Hugo, e por mais que para algumas mães isso seria um alivio, para ela, parecia ser a maior tortura que poderiam fazer.

Olhou de relance para ela, que estava até mesmo encolhida no banco do carro.

- Hey... – Colocou a mão sobre seu joelho ao parar em um dos sinais. – Está tudo bem e estamos juntos. Nada vai acontecer.

- Adrien, o vídeo está espalhado por todo o colégio. – Ela suspirou. – Aquelas... discussões, e agora eles sabem quem é a Ladybug... Enfim...

- Eles não sabem. – O loiro suspirou. – A máscara cobria o seu rosto, e o beco estava tão escuro que nem a melhor das edições conseguiria provar que era você.

- Você assistiu os vídeos? – Ela perguntou, curiosa. Haviam concordado em não assistir.

- Sim. – Disse, com sinceridade. Antes que ela pudesse dizer algo, ele voltou a falar. – Mas você não deveria.

- Por que não? – Seu tom era forte, e até mesmo, um pouco irritado. – Tem a ver comigo! Eu estou nele!

- Marinette, me ouve, pelo menos uma vez?! – Ele olhou para ela. Estacionou, mesmo não sendo no destino, mas precisavam conversar e seria pior caso ele estivesse dirigindo. – O vídeo... foi editado. Principalmente o da sala. Se você assistir, você vai ficar ainda mais estressada, e eu não te quero assim. Você precisa relaxar, por mais difícil que seja.

- Adrien, eu quero assistir essa merda. – Afirmou, e ele suspirou.

Puxou o celular do bolso, sabendo que ela havia apagado do celular dela, e colocou no vídeo. Entregou o celular para ela, desviando o olhar para o volante. Não queria ver a reação dela ao ver, ele já conhecia e sabia como ela reagiria.

Ficou contando os segundos, mentalmente, para que ela surtasse.

Algo que não tardou a acontecer.

- Porra! – Ela esbravejou, e entregou o celular para ele. Mordeu o lábio inferior, reprimindo qualquer grito de raiva, e engoliu o choro.

O vídeo havia sido editado, com certeza. Tinha destaque apenas para algumas partes, o que fazia parecer que ela implorava a Adrien para que conversasse e se acertassem. Com certeza, agora, eles sabiam que ela era a Ladybug.

As lagrimas quiseram brotar novamente, mas ela as engoliu como a garota crescida que gostava de ser.

- Pode chorar se quiser, ainda temos tempo antes das aulas começarem. – Ele murmurou, tentando amenizar o clima pesado instalado ali. Ela lhe olhou com o canto do olho, e ele pode ver que ela reprimiu uma risada.

- Idiota. – Ela sussurrou entre um suspiro, e surpreendeu-o ao encostar a cabeça sobre seu ombro. – Não quero chorar, mas quero xingar de todos os nomes possíveis o idiota ou a idiota que fez isso. Porra! Eu sinto tanto ódio, cara!

- Eu também sentiria se estivesse no seu lugar. – Deu um selinho em sua testa, antes de abraça-la como pode. – Mas... eu estou aqui com você, assim como seus amigos, e tudo vai dar certo. Você sabe disso, não é?

- É claro que eu sei, e o apoio de vocês vale muito. – Ela disse, enquanto acariciava a mão dele. – Mas ele não vai conseguir a guarda do meu filho.

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