13-Podemos ao menos tentar

177 30 30
                                    

Pov's Elsa
 
 
Jack havia me deixado no meu apartamento depois que eu fiquei um pouco melhor. Pedi o dia de folga amanhã para poder refletir sobre o que estava havendo entre nós e ele cedeu, alertando que iria esperar pela minha resposta.
 
 
Depois que acordei no dia seguinte, liguei para Punzi só para dizer que eu estava melhor e mandei mensagem pra Anna, marcando um encontro na lanchonete perto da faculdade.
 
 
Quando nos encontramos, contei tudo o que estava acontecendo entre mim e Jack - inclusive o que ele me falou ontem.
 
 
- Que incrível, mana! -exclamou empolgada. - Você vai aceitar, né?
 
 
Suspirei derrotada.
 
 
- Eu não sei - confessei.
 
 
- Como assim não sabe!? - se indignou. - O que mais você quer!? O cara te deu um apartamento, um emprego, é gostoso, deixou de ser galinha por sua causa e ainda cuidou de você quando ficou doente! Se você não quer, eu quero!
 
 
- O Hans era um Jack da vida -relatei incomodada. - Eu não quero passar pela mesma situação de novo.
 
 
- Então vamos recapitular rapidinho - propôs. - Como era sua relação com Hans?
 
 
Repensei um pouco.
 
 
- No início, ele tentava me agradar a todo custo, sendo carinhoso, me dando presentes - contei. - Mas com o passar do tempo, ele começou a ficar muito ciumento, possessivo e a querer mandar em mim. Eu não deixava, lógico, e isso era o que gerava muitas discussões entre nós.
 
 
- Certo - assentiu. - E a sua relação com Jack?
 
 
Respirei fundo.
 
 
- No início, ele era um babaca egocêntrico, egoísta, galinha, frio, grosso... - declarei. - Mas com o passar do tempo, às vezes, abaixava o muro dele e mostrava-se carinhoso. E até sorri, coisa que não fazia até então!
 
 
Arregalei os olhos ao perceber: Jack não era como Hans.
 
 
Anna sorriu.
 
 
- Admite, mana. - pediu. - Você está caidinha pelo Jack.
 
 
(...)
 
 
Abri a porta do apartamento e arregalei os olhos ao ver minha sala cheia de inúmeras flores.
 
 
Fechei a porta atrás de mim e me aproximei do conjunto de rosas brancas, vendo que tinha um bilhete. O peguei e li:
 
 
"Mandei essas flores porque gosto de te mimar. Não se preocupe, eu não mandei girassóis porque sei que você é alérgica. Espero que pense em mim igual como penso em você.
 
Com amor, Jack Frost".
 
 
Meu coração acelerou.
 
 
Oh Deus... eu não estava me apaixonando por ele... ou estava?
 
 
- FLASBACK ON -
 
 
- Próxima! - chamou uma voz séria, o que me fez encolher.
 
 
Respirei fundo, tentando me acalmar.
 
 
Vamos lá Elsa, você consegue!
 
 
Me pus de pé imediatamente e caminhei até a sala, entrando.
 
 
Juro que deixei escapar um suspiro quando avistei um belo homem sentado atrás da escrivaninha, assinando alguns papéis. Ele possuía cabelos brancos como a neve e sua pele era bem pálida. Seus traços faciais pareciam miragens aos meus olhos e apesar do terno, dava pra ver muito bem o quão formoso era seu corpo.
 
 
- Jack - avisou Soluço meio aborrecido.
 
 
Foi então que o belo homem me encarou, com seus belos olhos azuis. Eram duros e frios, mas eram muito lindos.
 
 
- Seu nome? - questionou num tom impaciente.
 
 
Balancei a cabeça, despertando.
 
 
- Meu nome é Elsa Marie Snow, vim me candidatar à vaga de assistente  - declarei.
 
 
(...)
 
 
- Algum problema, Sr. Frost? - questionei preocupada.
 
 
Ele suspirou.
 
 
- Srta. Snow, você foi excelente hoje, mas nunca mais mexa nas minhas coisas. - ordenou num tom rude, me encarando com seus olhos duros e gélidos.
 
 
Arregalei os olhos surpresa, engolindo o seco.
 
 
 
(...)
 
 
- Está chateada comigo, Srta. Snow? - questionou surpreso, o que me fez arregalar os olhos.
 
 
Como ele...?
 
 
- D-D maneira nenhuma, Sr. Frost - afirmei nervosa.
 
 
- Está mentindo - acusou fazendo-me engolir o seco. - Bom... então acho que lhe devo desculpas, por ter sido rude com você ontem.
 
 
Arregalei os olhos chocada. O que!?
 
 
 
(...)
 
 
- Srta. Snow, você está tão calada... - comentou.
 
 
Ajeitei minha mochila em minhas mãos.
 
 
- Só estou cansada - fiz pouco caso.
 
 
Arregalei os olhos quando senti sua respiração em minha nuca.
 
 
- Quer que eu lhe faça uma massagem? - sussurrou sedutor. - As minhas mãos fazem maravilhas...
 
 
Senti suas mãos em minha cintura, o que me fez entrar em pânico.
 
 
Sem nem pensar duas vezes, lhe dei uma forte cotovelada em seu rosto, o que o fez grunhir de dor e cair pra trás. Virei-me pra ele e ainda lhe dei uma forte joelhada nas partes íntimas.
 
 
 
(...)
 
 
- Deixa de ser orgulhosa, Snow. - pediu rolando os olhos.
 
 
Torci os lábios pensativa.
 
 
- Muito bem. Eu aceito o apartamento com uma condição - respondi. - Que você supere a traição de Toothiana e para de ser um babaca com todo mundo.
 
 
Ele arregalou os olhos incrédulo.
 
 
- Você tá de brincadeira, né? - cerrou os dentes irritado.
 
 
- Não - neguei sorridente.
 
 
 
(...)
 
 
- Sr. Galaham, me solte - ordenei tentando me afastar, mas ele me segurou com mais força.
 
 
Ele agarrou meus pulsos e se jogou sobre mim no chão, começando a beijar meu pescoço.
 
 
- ME LARGA! - gritei irritada. - SOCORRO!
 
 
- CALA A BOCA! - rebateu tampando minha boca. - Fica quieta. Você vai gostar!
 
 
Foi então que a porta foi arrombada e virei minha cabeça, vendo que era Jack.
 
 
- SAÍ DE CIMA DELA! - berrou furioso, tirando Vinícius de cima de mim.
 
 
Respirei aliviada e me levantei, vendo Jack jogar o Galaham pra fora da sala, o que evidentemente, atraiu a atenção de todos.
 
 
 
Observei estupefata, Jack socar com força o rosto de Vinícius, quebrando seu nariz na hora. O rosto dele logo ficou sujo de sangue.
 
 
- Alguém chame os seguranças! - ordenou o Frost alterado.
 
 
Foi então que ele me encarou e meu coração acelerou ao ver que os olhos deles não estavam frios como de costume.
 
 
- Você está bem? - perguntou preocupado.
 
 
Sem saber o que responder, apenas acenei com a cabeça.
 
 
 
(...)
 
 
- Eu vi aquela mulher esfregando a perna dela na sua! Tive que fazer alguma coisa! - respondi revoltada.
 
 
- Peraí? - riu. - Está com ciúmes, Snow?
 
 
Arregalei os olhos.
 
 
- Claro que não! - neguei. - Eu estava fingindo ser sua namorada e agi como tal! Não seja idiota!
 
 
- Idiota é você, que nega o que está acontecendo-zombou.
 
 
 
(...)
 
 
Ele se aproximou, ficando na minha frente, o que fez meu coração acelerar.
 
 
- Você despertou algum sentimento em mim - confessou. - Um sentimento que nunca senti por Toothiana e nem por mais ninguém.
 
 
Engoli o seco.
 
 
- E... que sentimento é esse? - perguntei atordoada.
 
 
Ele deu um suspiro.
 
 
- Eu ainda pretendo descobrir - sussurrou antes de agarrar meu rosto e me beijar com tudo.
 
 
 
(...)
 
 
- Jack? - chamei surpresa.
 
 
Ele despertou assustado e me encarou.
 
 
- Ah! Está melhor? - perguntou aflito botando a mão na minha testa. - Punzi disse que você estava resfriada e então vi tomar conta de você.
 
 
Arregalei os olhos surpresa.
 
 
- Você cuidou de mim todo esse tempo? - questionei.
 
 
Ele sorriu.
 
 
- Sim - confirmou.
 
 
Meu coração acelerou.
 
 
- FLASBACK OFF -
 
 
Fechei os olhos frustrada.
 
 
Droga!
 
 
Peguei meu telefone e disquei o número de Jack. A chamada discou só duas vezes antes dele atender.
 
 
- "Até que enfim!" - exclamou me fazendo rir.
 
 
- Você pode vir aqui no meu apartamento? - perguntei.
 
 
A campainha tocou.
 
 
Franzi a testa e caminhei até a porta, abrindo-a.
 
 
 
Arregalei os olhos em choque quando vi que era Jack, que segurava o telefone na mão.
 
 
Encerrei a chamada.
 
 
- Há quanto tempo está aí? - questionei estupefata.
 
 
- Mais ou menos meia hora - deu de ombros. - Eu sou um pouco impaciente.
 
 
- Não me diga - ironizei me afastando.
 
 
Ele fechou a porta e esfregou as mãos ansioso.
 
 
- E então? O que decidiu? - perguntou. - E responda logo, por favor.
 
 
Suspirei.
 
 
- Podemos ao menos tentar... - comentei.
 
 
- YES! - saltei quando ele gritou animado e correu até mim, se ajoelhando na minha frente e abraçando minha cintura.
 
 
- Jack, menos... - pedi envergonhada vendo-o me soltar e se levantar. - Mas eu juro, que se você estiver brincando comigo, vou fazer com você pior do que fiz com Hans.
 
 
Ele sorriu.
 
 
- Pode ficar tranquila - garantiu. - Desde que você entrou na minha vida, nunca mais consegui tirar os olhos de você.
 
 
Ruborizei.
 
 
Senti suas mãos em minha cintura e abracei sua nuca, fechando meus olhos e o beijando.
 
 
O beijo ficou mais intenso e puxei seus cabelos com mais força, enquanto Jack colava seu corpo ao meu.
 
 
Suspirei quando ele passou a beijar meu pescoço enquanto eu desabotoava sua camisa.

O homem dos olhos friosOnde histórias criam vida. Descubra agora