"Às vezes é necessário que alguém segure seu mundo, quando ele está desmoronando" - Grey's Anatomy
Dias depois...
Pov's Elsa
- Espero que esteja gostando da comida Elsa - desejou Ester.
- Claro. Tá uma delícia, Sra. Frost - afirmei.
- Me chame de Ester, querida. - pediu.
Eu estava na luxuosa casa de Jack, para conhecer Emma e Ester, irmã e mãe dele.
- Você é tão linda, Elsa. - comentou Emma sorridente. - Meu irmão tem sorte.
- Tem sorte mesmo - concordou Ester imediatamente. - Vai ser uma excelente médica também.
- Haha, obrigada - agradeci corada.
- Já vou logo avisando. - alertou Emma num tom sério. - Eu vou ser uma das madrinhas do casamento de vocês.
Jack se engasgou com o vinho e tossiu.
- Respira, amor - fiz uma careta dando tapinhas em suas costas.
- Elsa, pode vir aqui um instante? - perguntou Ester se levantando e se afastando.
Me levantei e fui até o canto da sala de jantar com ela.
- Só quero deixar claro que você foi a melhor coisa que aconteceu na vida do meu filho e te agradeço por isso - confessou me surpreendendo. - Eu achei que ele nunca mais fosse voltar a ser o mesmo depois do que Toothiana fez.
Sorri.
- Eu gosto muito dele. - garanti.
- Eu sei - deu um sorriso amoroso. - Por isso quero muito que vocês dois deem certo.
(...)
No dia seguinte...
O expediente havia acabado e assim que eu arrumasse tudo, iria pra faculdade.
Enquanto colocava as coisas na minha bolsa, senti alguém me aproximar e então me abraçar por trás, o que me fez sorrir na hora.
- Quer que eu te deixe na faculdade? - indagou Jack dando um beijo na minha nuca.
- Eu adoraria - respondi me virando pra ele e enlacei seu pescoço, lhe dando um selinho.
- Sabe, eu não tenho nada marcado esse fim de semana. - comentou. - Poderíamos ir visitar seus pais.
Desfiz meu sorriso.
- Já? - resmunguei.
- Eu não quero conhecer só a sua mãe e sua irmã. - alertou. - Acho que está mais do que na hora de você fazer as pazes com o seu pai.
Suspirei.
- Está bem - cedi.
Retirei minhas mãos e peguei meu celular, discando o número da minha mãe.
(...)
No fim de semana...
Quando liguei pra mamãe dizendo sobre Jack e a nossa visita, ela ficou tão alegre. Disse que iria avisar papai, mas depois não disse mais nada em relação à ele.
O fim de semana chegou e fui com Jack no carro dele até à mansão Snow, minha antiga casa - assim que eu a via agora.
Jack estacionou o carro e avistei meus pais, parados na porta da mansão. Minha mãe sorria até demais e meu pai tinha a expressão de indiferença.
Meu namorado percebeu meu nervosismo, mas não falou nada, apenas enlaçou minha mão e a apertou, como se dissesse: Eu estou com você. Aquilo me deu mais motivação.
Eu e Jack saímos do carro e demos as mãos, caminhando em direção aos meus pais.
Paramos na frente deles e sorri.
- Mãe, pai, esse é o Jack, meu namorado - declarei.
- É um prazer, Jack - minha mãe sorriu.
- Sr. Frost - papai acenou com a cabeça. - Elsa, me acompanhe, por favor. - pediu se virando e se afastando.
Apertei a mão de Jack e segui meu pai.
- Entre, Jack - ouvi mamãe dizer. - Aceita um pouco de suco?
- Onde está Anna? - questionei para papai.
- Está na casa de uma amiga, fazendo trabalho da escola. - respondeu. - Vamos conversar no meu escritório.
Chegamos ao escritório e entramos.
Fechei a porta atrás de mim, vendo papai parar perto da escrivaninha e ficar de costas pra mim.
Suspirei.
- Pai, eu te devo desculpas - relatei. - O senhor foi o primeiro a ver que Hans não prestava e me alertou muitas vezes, mas eu fui uma tola e não lhe escutei. Por favor, me perdoa.
Ele suspirou.
- Aonde está morando? - perguntou.
Franzi a testa confusa.
- Num... apartamento - respondi. - Ganhei de presente do Jack.
- Sua mãe falou algumas coisas que ele fez por você. - alertou. - Jack parece gostar muito de você.
Sorri.
- Sim - concordei.
- Mas... - se virou pra me encarar. - Você gosta dele?
Arregalei os olhos.
- Como é? - sussurrei assustada.
- Pelo visto eu não estava errado quando disse que você não ia conseguir viver sem o luxo que teve a vida toda. - comentou. - E então arranjou um namorado rico.
- Eu amo o Jack - afirmei aborrecida. - E você não tem ideia do que eu passei pra poder conseguir pagar minha faculdade sozinha!
- Duvido que seja você que pague - debochou.
Arregalei os olhos, sentindo eles encherem de lágrimas.
- Foi um erro ter vindo aqui - confessei me virando e abrindo a porta.
Abri a porta do escritório e saí, esbarrando em Jack.
- O que aconteceu!? - perguntou assustado ao me ver chorando.
- Richard, o que você fez pra ela!? - questionou mamãe irritada.
- Não é da sua conta - ouvi papai rebater rude.
- Ela veio se desculpar! - Jack se revoltou. - O que mais você quer!?!
- Jack, vamos embora. Por favor - supliquei chorosa.
(...)
No carro, em movimento...
- Não acredito que ele disse essas coisas... - murmurou Jack incrédulo enquanto dirigia. - A culpa foi minha. Não devíamos ter ido lá.
- Você só quis ajudar - avisei. - Mas não achei que meu pai fosse ser cruel comigo a esse ponto.
Jack suspirou e estendeu a mão pra mim, sem tirar os olhos da rua.
Sorri minimamente e segurei sua mão.
Ouvi meu telefone tocar e o peguei, vendo que era mamãe e atendi, colocando no viva-voz.
- Oi, mãe - eu disse com a voz fraca.
- "Querida, me desculpa - pediu aflita. - Você não tem nada a ver com a minha briga com o seu pai. Você é a maior vítima nessa história toda".
Franzi a testa confusa.
- Como assim, mãe? - questionei.
- "É melhor lhe contar pessoalmente. Quando posso te ver de novo?" - perguntou.
Encarei Jack.
- Não vai precisar trabalhar segunda - garantiu.
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O homem dos olhos frios
RomansaJack Frost, era presidente de uma grande empresa e um homem bem sucedido. Mas, não era um amor de pessoa, pois agia como um ser amargo e frio, após ser abandonado por sua noiva no altar. Elsa, era uma estudante de Medicina que vivia uma vida de prin...