12-Um coração confuso

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No dia seguinte...
 
 
 
Pov's Elsa
 
 
 
Eu fiquei perdida em pensamentos e emoções depois que Jack deixou o meu apartamento. Demorei muito pra cair no sono e fiquei um bom tempo na cama, decidindo se ia ou não pro trabalho hoje.
 
 
 
Quando cheguei na empresa, fui depressa para a minha sala, olhando para os lados para ver se avistava Jack. Nenhum sinal dele.
 
 
 
Assim que entrei na sala, pus a minha mochila num canto e me sentei atrás da escrivaninha, dando um suspiro.
 
 
 
- FLASBACK ON -
 
 
 
Abri a porta e me surpreendi ao ver que era Jack, que entrou sem permissão.
 
 
 
- Sua mãe não te deu educação? - reclamei fechando a porta.
 
 
 
- Me diga o que você tem de tão especial! - pediu virando-se para me encarar.
 
 
 
Arregalei os olhos.
 
 
 
- Como? - indaguei confusa.
 
 
 
- Apenas responda! - insistiu.
 
 
 
Dei de ombros.
 
 
 
- Eu não tenho nada de especial, Jack - afirmei. - Eu sou apenas uma garota comum. Não estou entendendo a sua conversa.
 
 
 
- Não - negou balançando a cabeça. - Você tem que ter alguma coisa além desse rosto bonito e esse corpo espetacular.
 
 
 
Franzi a testa confusa.
 
 
 
- Como assim? - questionei.
 
 
 
Ele se aproximou, ficando na minha frente, o que fez meu coração acelerar.
 
 
 
- Você despertou algum sentimento em mim - confessou. - Um sentimento que nunca senti por Toothiana e nem por mais ninguém.
 
 
 
Engoli o seco.
 
 
 
- E... que sentimento é esse? - perguntei atordoada.
 
 
 
Ele deu um suspiro.
 
 
 
- Eu ainda pretendo descobrir - sussurrou antes de agarrar meu rosto e me beijar com tudo.
 
 
 
- FLASHBACK OFF -
 
 
 
- Elsa?
 
 
 
Ergui meu olhar surpresa, vendo Jack parado na porta.
 
 
 
- Posso falar com você? - perguntou.
 
 
 
Franzi a testa irritada.
 
 
 
- Não - neguei. - Vai embora.
 
 
 
Ele rolou os olhos e entrou, fechando a porta atrás de si.
 
 
 
- Eu sou o patrão mesmo - deu de ombros se aproximando.
 
 
 
- Você perdeu o juízo de vez!? - questionei incrédula me levantando e dei a volta na escrivaninha, parando na frente dele. - Porque me beijou?
 
 
 
Ele franziu a testa.
 
 
 
- Essa é uma pergunta meio tola, não acha? - comentou.
 
 
 
- Eu sei que disse para você seguir em frente, superar a Toothiana e tal, mas isso não significa que eu esteja envolvida nisso - rebati.
 
 
 
- Está sim. - alertou me fazendo arregalar os olhos. - Desde que entrou na minha vida e eu a conheci, não fiquei com mais nenhuma outra mulher.
 
 
 
Arregalei os olhos chocada.
 
 
 
- O que? - sussurrei.
 
 
 
- Lembra do jantar com Gothel? - perguntou e eu assenti com a cabeça. - Eu poderia muito bem ter ido pra cama com ela só para beneficiar a empresa, mas não quis, porque não consigo parar de pensar em você.
 
 
 
Engoli o seco, sentindo meu coração batendo acelerado.
 
 
 
- Quando Tooth me deixou, sobrou apenas a dor de um coração partido e frieza em relação ao amor - relatou. - Você viu mais do que isso em mim e não desistiu. E por causa desse turbilhão de sentimentos que você causa em mim, eu a beijei.
 
 
 
Balancei a cabeça incrédula.
 
 
 
- Desculpa - pedi. - Eu não posso fazer isso.
 
 
 
- Você está com medo, isso sim - acusou em provocação.
 
 
 
Arregalei os olhos indignada.
 
 
 
- Escuta aqui seu imbecil, eu não quero nada com você, então pode tirar o seu cavalinho da... - Ele me calou ao segurar meu rosto e me beijar.
 
 
 
Retribui o beijo automaticamente e agarrei seus cabelos, enquanto suas mãos iam para minha cintura.
 
 
 
Ficamos nos beijando por um bom tempo, até nos começar a faltar o ar.
 
 
 
Nos separamos ofegantes e eu abri meus olhos, vendo Jack me encarando profundamente, com um sorriso divertido no rosto.
 
 
 
- É mesmo? - zombou. - Seu corpo diz exatamente ao contrário.
 
 
 
Ele soltou minha cintura e então, saiu da sala.
 
 
 
(...)
 
 
 
Mais tarde...
 
 
 
A aula já havia acabado e junto com o anoitecer, veio uma chuva muito forte, com muitos ventos e trovões altíssimos. Eu não iria direto pra casa, mas sim, pro apartamento de Punzi e Flynn. Iríamos nos reunir pra conversar, beber e etc.
 
 
 
Saí da faculdade correndo feito louca, sentindo a água já começando a me molhar. Muitos alunos faziam o mesmo que eu.
 
 
 
Foi então que senti segurarem meu braço e virei a cabeça surpresa, dando de cara com Hans.
 
 
 
(...)
 
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- O que você está fazendo aqui!? - questionei irritada puxando o meu braço.
 
 
 
- Eu precisava falar com você! Foi difícil te achar! - respondeu fazendo uma careta. - Não é a primeira vez que venho na faculdade te procurar! Já estava começando a achar que você tinha trancado o curso!
 
 
 
- O que você quer? - perguntei rude.
 
 
 
- Me perdoa, Elsa. - pediu me fazendo arregalar os olhos. - Sei que o que eu fiz foi errado, mas não consigo parar de pensar em você. Me dê uma segunda chance e prometo que vou mudar.
 
 
 
Franzi a testa irritada.
 
 
 
- Mesmo que você esteja realmente arrependido, jamais poderei confiar em você outra vez - afirmei. - Além disso, eu estou com outro.
 
 
 
Virei-me e saí correndo, completamente ensopada.
 
 
 
Porque eu disse aquilo!?
 
 
 
 
 
(...)
 
 
 
Fechei a porta atrás de mim e soltei um forte espirro em seguida.
 
 
 
- Eita! - comentou Flynn fazendo uma careta. - Pegou um resfriado foi?
 
 
 
Funguei, passando a mão no nariz.
 
 
 
- Talvez - fiz pouco caso. - Ryder, espero que tenha comprado tequila! Eu tô precisando beber!
 
 
 
 
 
(...)
 
 
 
No dia seguinte...
 
 
 
Pov's Punzi
 
 
 
Quando nossa festinha acabou, percebi que Elsa estava espirrando muito. Insisti para que ela passasse à noite aqui e a mesma ficou com receio antes de aceitar.
 
 
 
Após levantar de manhã, tomar banho e comer, fui no quarto de hóspedes para ver como Elsa estava.
 
 
 
Como tinha um pouco de intimidade com ela, apenas abri a porta.
 
 
 
Arregalei os olhos ao ver Elsa embrulhada, com o nariz vermelho e se tremendo toda.
 
 
 
- Elsa? - chamei preocupada me aproximando e tocando em sua testa. - Meu Deus! Você está ardendo em febre!
 
 
 
O telefone de Elsa - que estava em cima do criado mudo, ao lado da cama - começou a tocar e vi que era Jack quem estava ligando.
 
 
 
Peguei o aparelho e atendi.
 
 
 
- Oi, Jack! - cumprimentei.
 
 
 
 
 
- "Rapunzel? O que está fazendo com o telefone da Elsa?" - indagou confuso.
 
 
 
- Ela dormiu aqui em casa. Acho que ela nem vai trabalhar. - comentei preocupada. - Ela pegou chuva e acabou pegando um resfriado. Está ardendo em febre!
 
 
 
Ouve um silêncio apenas por três segundos e então ele disse:
 
 
 
- "Estou indo aí imediatamente!"
 
 
 
 
 
(...)
 
 
 
Meia hora depois...
 
 
 
Pov's Jack
 
 
 
Assim que Punzi abriu a porta, entrei disparado no apartamento e fui pro quarto de hóspedes, vendo Elsa dormindo na cama, com um pano em cima da testa.
 
 
 
- Eu já fiz uma compressa e dei remédio pra ela. - disse a Corona atrás de mim - A febre abaixou, por enquanto.
 
 
 
Engoli o seco, me sentando na cadeira ao lado da cama.
 
 
 
- Pode ir trabalhar. - alertei para Punzi sem encará-la. - Eu fico com ela.
 
 
 
- Tem certeza? - perguntou.
 
 
 
Segurei a mão de Elsa e a apertei.
 
 
 
- Absoluta - afirmei.
 
 
 
- Okay. Me mande notícias. - pediu e ouvi ela se afastar.
 
 
 
 
 
(...)
 
 
 
Três horas depois...
 
 
 
Pov's Elsa
 
 
 
Fiz uma careta ao sentir meu nariz entupido enquanto despertava lentamente. Era muito ruim ficar resfriada.
 
 
 
Abri meus olhos e me sentei, fungando e me choquei em seguida ao ver Jack, adormecido na cadeira, ao lado da cama.
 
 
 
- Jack? - chamei surpresa.
 
 
 
 
 
Ele despertou assustado e me encarou.
 
 
 
- Ah! Está melhor? - perguntou aflito botando a mão na minha testa. - Punzi disse que você estava resfriada e então vi tomar conta de você.
 
 
 
Arregalei os olhos surpresa.
 
 
 
- Você cuidou de mim todo esse tempo? - questionei.
 
 
 
Ele sorriu.
 
 
 
- Sim - confirmou.
 
 
 
Meu coração acelerou.
 
 
 
Ele foi aproximando lentamente seu rosto.
 
 
 
 
 
- Eu ainda estou doente - lembrei fazendo-o parar. - Se fizer isso, vai acabar ficando também.
 
 
 
Ele riu.
 
 
 
- Tem medo de não resistir ao meu charme né? - debochou.
 
 
 
- Idiota - xinguei rindo.
 
 
 
Paralisei quando ele tocou em meu rosto.
 
 
 
- Por favor Elsa, eu te peço. - suplicou. - Me deixe tentar fazê-la feliz.
 
 
 
Torci os lábios receosa.
 
 
 
- Eu prometo que vou pensar - garanti.

O homem dos olhos friosOnde histórias criam vida. Descubra agora