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Point Of View Willow Smith.

Minha cabeça latejava com tanta força que eu conseguia ouvir meus batimentos cardíacos, estavam tão altos que chegavam a me incomodar os ouvidos. Sentia meu corpo pesado afundar na cama macia e com um cheiro tão agradável, amadeirado, e foi aí que eu percebi que não estava na minha casa.

Lentamente fui abrindo os olhos, foquei na parede de cor vermelho sangue onde havia a escrivaninha branca com um computador em cima. No canto havia um mini coqueiro no vaso de cor branca, e na mesma parede tinha um quadro pequeno com a ilustração de alguma coisa. Vagarosamente virei de barriga pra cima pra observar melhor o quarto, e era uma graça, parecia tão aconchegante como o meu, só que bem menor e mais intenso.

Levantei a coberta e percebi que estava usando um blusão social de cor azul escuro, e estava sentindo que por baixo não usava nada, estava bem livre. Dei uma olhadela rápida no chão e vi que minha calcinha e sutiã estava jogado ali, embolados de qualquer jeito.

— Puta merda, o que será que eu fiz? — Perguntei assustada pra mim mesma.

Rapidamente alguém abre a porta do quarto, me cobri, e era ninguém mais que Ariel Nicolau. Ela tinha uma toalha amarrada na cintura, um top preto tapando seus seios, seu tronco tinha algumas tatuagens e uma toalha enrolada na cabeça.

— Ahm... Bom dia, senhorita — Desejou num pequeno sorriso.

— Bom dia — Soltei num tom um pouco confuso — Por favor, me diz o que aconteceu ontem — Pedi baixo.

— Fomos pro bar, vocês beberam além da conta e eu te trouxe pra cá porque não podia te deixar em casa no estado que estava — Contou enquanto andava até à cômoda.

— Eu estava tão ruim assim? — Perguntei, ela deu uma olhadela por cima do ombro e olhou pra frente de novo — O que é que eu fiz? — Já andava imaginando.

— Além de contar algumas curiosidades sobre você, deu em cima de mim e beijou muito meu pescoço, muito mesmo — Balançou a cabeça.

— Nós... Transamos? — Fiz uma pequena expressão de dor.

— Não, eu dormi na sala, queria que você ficasse confortável aqui — Fechou a gaveta após pegar sua roupa — Além do mais, você namora, não iria rolar nem se eu estivesse bêbada — Pôs a roupa na cama.

— Mas eu... Não namoro — Soltei lentamente.

— Não? — Olhou-me, neguei com a cabeça — Mas, anda falando tanto do rapaz que eu achava que ainda namoravam — Voltou a olhar pra sua roupa.

— Falando de raiva porque eu descobri traição por parte dele e rompemos, não só por isso, mas esse também foi o motivo principal — Contei — Já faz dois meses que estamos separados, graças a Deus — Balancei as mãos.

— E parece que está superando bem isso, não é? — Me apontou.

— Ei, não, não tomei esse porre por causa dele, quero mais é que ele se foda — Quase exclamei revoltada — Bebi porque estava em tempo de lazer, porque estava com você. Foi a melhor escolha que fiz e não abro mão — Deixei claro.

— Ainda bem que não tomou esse porre por causa dele, porque nossa, você bebeu demais, mulher — Comentou assustada, soltei uma risada sem graça.

— Passei do limite, né? — Perguntei, ela balançou a cabeça em positivo.

— Você passou tanto do limite que estava querendo me beijar, não satisfeita em apenas beijar meu pescoço — Contou.

Bom, não foi de um todo ruim tomar esse porre. Pensei com um pequeno sorriso malicioso nos lábios.

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