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Point Of View Willow Smith.

Após o maravilhoso e intenso jogo de basquete na sexta-feira, meu pai reclamou da derrota até na hora do jantar, e isso foi motivo de zoação da minha parte, da mamãe e de Grace, os meninos só ficaram rindo e aceitaram a derrota, diferente do papai mesmo.

Hoje já era segunda-feira, fiquei o final de semana todo trocando mensagens com Ariel porque, por mais que ela seja minha segurança, acabou se tornando minha amiga também porque passamos muito tempo juntas e isso gera muitos assuntos. Estávamos decidindo qual filme assistir, e como não conseguimos decidir porque somos duas indecisas, deixaríamos pra escolher no cinema mesmo.

E, como não era novidade, hoje acordei inspirada, mais uma vez, pra escrever músicas e eu já tinha um total de cinco músicas prontas, faltava montar a escala de melodia e ritmo, por isso estava na minha cama com a pequena mesinha de dj conectada ao notebook ligado com o aplicativo de mixagem na tela. Peguei o violão atrás do notebook após terminar de escrever mais um verso no caderno e fui testando os melhores acordes, os que combinam e absorvem a música.

— Hey — Pequenas batidas fizeram-se na porta.

— Entre — Olhei pra porta, ela abriu-se e minha mãe apareceu — E aí? — Sorri.

— E aí, tudo bem? — Perguntou num sorriso, deu-me um beijo na testa e se sentou.

— Tudo ótimo mãe, e com a senhora? — Perguntei repousando o violão sobre as coxas.

— Tudo ótimo também — Balançou a cabeça — Filha, você anda saindo com alguém? — Perguntou curiosa.

— Em que sentido? — Olhei-a.

— Encontros românticos — Especificou.

— Não, por que dessa pergunta agora? — Tinha uma feição confusa.

— Você anda mais sorridente, mais radiante, usa até um pouco de maquiagem de vez em quando — Fez-me pequenas cócegas na barriga.

— Ah! Não, não faça — Ri segurando suas mãos, ela também ria — O que tem usar maquiagem? Só estou usando um pouco — Confirmei.

— Um dia desses chegou toda saltitante em casa, veio direto pro quarto e se trancou aqui — Comentou, e eu fiquei um pouco envergonhada por lembrar o que fiz nesse dia.

— Ah... Não estou saindo com ninguém mamãe, só estou feliz — Dei um pequeno sorriso enquanto encolhia um pouco os ombros.

— Certeza? — Perguntou, assenti com a cabeça — Ok, se está feliz por estar, então isso é maravilhoso demais — Sorriu.

— Isso — Também sorri.

— Tudo bem. Agora vou lá na sala de Red Table Talk pra saber como estão as coisas — Deu-me mais um beijo na testa.

— Ok, se precisarem de mim estarei aqui como sempre — Falei, ela me lançou um beijinho e saiu do quarto, fechando a porta.

Encontros românticos? Eu realmente não sabia se estava tendo. Fazia um.mês e pouco que tinha terminado oficialmente meu namoro, mas já fazem quase três meses que descobri a traição e que nossas discussões intensificaram, então já havia terminado desde aí. O engraçado é que eu não sinto falta do Patrick, apenas de seus carinhos e do abraço gostoso que ele tinha, nas só isso. Todos os elogios e palavras bonitas que ele disse, infelizmente, eram da boca ora fora e eu ainda não tinha percebido isso. Mas quem nunca foi trouxa na vida, não é?

— Willow — Rapidamente abriram a porta dando-me um breve susto.

— Ai garoto, puta merda — Soltei baixo pousando a mão sobre meu seio esquerdo sentindo meu batimentos acelerados.

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