Point Of View Ariel Nicolau.
Ontem aconteceu tanta coisa ao mesmo tempo que estou tentando processar todas as informações até agora, mas está um pouco difícil. Primeiro é o Sr. Smith sendo completamente gentil e compreensivo comigo, sem implicância ou piadinhas, o que foi completamente estranho e fora da rotina pra mim, até me belisquei pra saber se não era um sonho. Segundo foi Willow atirando-se pra cima de mim, e conseguindo o que tanto queria, transar comigo. Foi a tarde mais insana e intensa da minha vida desde o dia em que cheguei na Califórnia. E pra fechar o dia, nem tudo que é bom dura pra sempre, Tyler, o meu Tyler, sofreu um terrível acidente.
Estou no hospital desde ontem quando recebi a notícia por Jaden, Willow foi até minha casa e buscou algumas roupas, e pertences pra mim, não conseguia ficar longe de Tyler um minuto, e quando ele acordou foram só risos e choros, e abracinhos melancólicos.
— Vaso ruim não quebra, meu anjo— Tyler reforçou estando sentado na cama enquanto tomava um suco.
— Ainda bem que não, nem sei o que eu faria se te perdesse— Deitei minha cabeça no seu ombro, ele me fez um carinho com uma de suas mãos.
— Você é muito meu moranguinho protetor— Falou com tal voz fofa.
— Mas, é bom saber que pelo menos você está respondendo bem aos remédios e que daqui a pouco estaremos em casa— Falei satisfeita— Liguei pros superiores hoje mais cedo, expliquei toda a situação e pedi que me disponibilizassem pelo menos cinco dias pra ficar em casa cuidando de você, e eles liberaram, inclusive liberaram também um tempo de repouso pra você— Contei.
— Awn, vai ficar em casa cuidando pra mim— Parecia encantado.
— Mas é claro que sim, vai que você precise de alguma coisa, estarei lá pra ajudar— Me apontei.
— Eu não lembro de nada de ontem— Comentou.
— Jaden disse que você já caiu no chão desmaiado, os bombeiros disseram que você desmaiou com a pancada do carro. Ficou desacordado até que chegassem ao hospital, aí aqui você começou a dar sinais de que estava acordando, eles correram pra sala de cirurgia porque você fraturou uma das costelas e tinha chance dela perfurar seu pulmão. Foi um processo rápido, mas bastante traumatizante— Falei ajeitando-me melhor na cama.
— Eu conseguia ouvir algumas coisas, bem pouco porque minha audição estava um pouco abafada, parecia que tinha alguém tapando meus ouvidos. Mas, sei que não foi coisa da minha cabeça, escutei alguém chorando muito, tipo muito mesmo— Falou como quem não queria nada.
— Era eu, óbvio. Chorei na sala de espera, chorei quando te vi, chorei quando você apertou nossos dedos em resposta que estava acordado hoje de madrugada. Foi um alívio tão grande quando você abriu os olhos e esticou os braços pra me abraçar— Passei a mão pelo rosto lembrando das cenas que narrei.
— Você é uma manteguinha derretida no corpo de uma durona de quase 1,90 de altura— Apertou minha bochecha com leveza.
— Mas com você eu sou a pessoa mais amorzinho que você vai conhecer— Comentei— Mas é sua família, dengo?— Perguntei curiosa.
— Ah! Minha avó mora do outro lado dos Estados Unidos, ela mora na Carolina Do Sul, mas ela não mora sozinha, minha tia e minha irmã moram com ela também porque ela odeia ficar sozinha. Eu expliquei que estava vindo pra Califórnia pra trabalhar com o que eu queria, e elas super me apoiaram, me deram a maior força e ainda torcem por mim, trocamos mensagens todos os dias, mas elas já devem estar estranhando porque não mandei mensagem hoje— Contou, me estiquei até a mesinha ao lado da poltrona, peguei o celular e lhe estiquei.
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Wait a Minute!
FanfictionAriel Nicolau, uma jovem Brasileira com seus recém feitos 23 anos, ganha de presente dos seus amigos e familiares uma passagem só de ida à Hollywood, o lugar nos Estados Unidos que ela mais ansiava conhecer. Mas, em meio a sua jornada de realizar es...