Point Of View Willow Smith.
Era fato que Ariel e eu estávamos nos encontrando quase todos os dias, e quase não era pra ela fazer seu trabalho como segurança, mas acabava fazendo. Desde o finalmente do meu aniversário acabei por viciar no beijo daquela mulher, parece que ela tem algum feitiço ou droga no beijo que chega a me dar um pouco de abstinência, é uma coisa bizarra, mas boa, sabe qual é?
Estou planejando meu segundo passo com ela. Sim, quero avançar nisso. Tem chances de dar merda? Gravíssimas. Mas eu estou ligando pra isso? Absolutamente não, eu estou viva, estou vivendo, tenho mais é que fazer. É melhor carregar o peso do arrependimento de ter feito, que carregar o peso em dobro do arrependimento de não ter feito.
Hoje eu teria que ir até Santa Mônica no estúdio da MTV porque eles fariam uma entrevista com várias mulheres autônomas e fortes, segundo eles, e eu faço parte dessa lista. Iremos gravar alguns tapes para passar no intervalo de um programa e outro, sem contar que eles tinham um programa que a cada semana iria algumas mulheres pra contar mais sobre elas, e bem, estou indo pra lá pra fazer isso também.
— Desculpa a demora, tive que passar no correio pra mandar algumas coisas pro Brasil e demorou um pouquinho mais do que eu planejava— Uma Ariel ofegante apareceu na sala.
— Ei, senta aqui, descansa um pouco— Falei rapidamente indo na sua direção.
— Não, está tudo bem— Riu de forma cansada balançando a mão— A Senhorita tem hora, não podemos demorar nem mais um minuto— Apontou o relógio no seu pulso.
— Por mais que você tenha se atrasado, ainda temos 30 minutos à nosso favor— Contei.
— Então vamos aproveitar esses 30 minutos pra chegar até Santa Mônica— Apoiou as mãos nos joelhos— Merda!— Soltou baixo num sussurro.
— É melhor você se sentar um pouco— Sugeri, ela negou com a cabeça.
— Vamos, eu tenho que te levar até lá— Balançou a mão andando até a porta de entrada— Preciso de café, bastante café— Falou baixo enquanto abria a porta.
— Quer café? Tem aqui em casa— Falei pegando minha bolsa.
— Relaxa, depois passo numa cafeteria e compro um— Fez uma pequena expressão de dor.
— Tem certeza que está tudo bem?— Perguntei desconfiada fechando a porta atrás de mim.
— Mas é claro que sim, estou me sentindo revigorada— Deu fracos socos em seu peitoral.
— Ok, você está estranha— Comentei baixo passando por ela.
— Sempre fui— Rebateu.
— Mas hoje está mais— Frisei.
— Você acha?— Me alcançou ficando lado a lado.
— Tenho certeza— Respondi.
— Ok, desculpa— Parecia acuada.
— Isso não foi um fora, ok?— Virei pra olhá-la, ela concordou com a cabeça— Sério, não foi um fora— Reforcei.
— Eu entendi, pode ficar calma— Fez um movimento com as mãos, aproveitei para botar as chaves do carro ali.
— Estou calma— Dei um sorriso, e consegui ouvi-la respirar aliviada.
— Achei que tinha magoado a senhorita— Admitiu, assim que destravou o carro abri a porta do passageiro e entrei.
Foi uma cena engraçada porque ela sempre abria a porta pra mim, e quando eu fechei ficou alguns segundos olhando a porta, e como um robô foi andando até o outro lado, entrou do lado do motorista um tanto quanto sem graça e deu a partida no carro.
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Wait a Minute!
FanfictionAriel Nicolau, uma jovem Brasileira com seus recém feitos 23 anos, ganha de presente dos seus amigos e familiares uma passagem só de ida à Hollywood, o lugar nos Estados Unidos que ela mais ansiava conhecer. Mas, em meio a sua jornada de realizar es...