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Point Of View Willow Smith.

O dia de ontem foi tão tenso, intenso e estressante, mas ao decorrer foi tão bom e interessante. Quando eu estava me acabando em lágrimas no quarto ouvi a voz do anjo lá fora, era impressionante como ela havia chego tão rápido quando a chamei. Ariel estava se mostrando tão responsável e potente, como eu bem me conheço, sei que nem ela vai escapar das garra do meu coraçãozinho mole e frágil. Eu estava tão vulnerável naquele momento que se ela me abraçasse forte tenho certeza que me derreteria inteira em seus braços como se fosse uma barra de chocolate exposta ao calor.

Era mais um dia que eu acordava radiante e finalmente descobri qual era o motivo disso, Ariel Nicolau. Eu realmente estava desenvolvendo algo por ela, só não sei nomear muito bem esse sentimento agora, acho que está tudo muito precoce, posso também estar confusa sobre o que talvez possa estar alimentando sobre ela. Mas, quem liga pra isso, esse sentimento é bom e fazia tempo que eu não o sentia, ele está me fazendo bem, muito bem...

E o dito cujo do tal sentimento estava tomando tanta conta de mim que já era a terceira música que eu terminava nessa manhã e não sabia nem explicar a evolução que eu estou tendo nessas últimas semanas desde que me aproximei bastante de Ariel de um modo totalmente indescritível.

— Bom dia família linda — Desejei assim que entrei na sala do café.

— Bom dia Camille, como está se sentindo hoje? Que baita susto ontem, hein? — Minha mãe perguntou bebericando de sua caneca.

— Foi um baita susto sim, mas Patrick está preso por justa causa e por mais alguns antecedentes criminais, e não vai sair de lá tão cedo porque não vou deixar — Sentei-me na cadeira — Sem contar que Ariel veio correndo me socorrer quando liguei pra ela, foi uma fofa e totalmente cuidadosa, vocês tinham que ver — Comecei a me servir.

— Ah! Não é uma novidade que Ariel estaria nesse meio, não é? — Minha mãe soltou num tom óbvio.

— Shh! Deixa a menina contar — Minha avó chamou atenção — Conta, como foi que Ariel resolveu isso — Perguntou curiosa.

— Eu estava lá no quarto cheia de medo do Patrick conseguir arrombar a porta, aí eu escutei a voz dela, Patrick gritou mais um pouco, mas ela foi conversando com ele e do nada tudo ficou em silêncio, aí eu abri a porta e escutei ela pedindo pra chamar a polícia — Contei — Ela tinha imobilizado ele sem entrar em luta corporal ou atirar porque ela estava armada. Ela estava numa pose tão autoritária com Patrick e conversando com os policiais também — Sorri assim que percebi que minha avó sorria.

— Essa menina é uma bênção na sua vida, Camille — Balançou as mãos pra cima — Eu gosto bastante dela, mais um pouco e a considero minha neta — Admitiu.

— Ariel é uma pessoa maravilhosa, tirei essa conclusão nas reuniões que temos, que mulher... Brilhante — Meu irmão soltou impressionado.

— Você acha? — Perguntei um tanto quanto feliz.

— Claro que sim, Tyler e ela estão sendo anjos na minha vida, eles estão me ajudando de tal forma que não sei nem como recompensá-los — Contou num pequeno riso de admiração.

— Parece que Ariel apareceu na hora certa em nossas vidas, estou tendo essa pequena impressão — Minha avó gesticulou com uma das mãos enquanto semicerrava os olhos.

— É, pode ser...— Minha mãe soltou num tom indiferente bebendo de sua caneca.

Eu tinha a impressão que ela não estava gostando muito da ideia de me ver tão feliz e animada assim por Ariel ser minha segurança, parecia que ela não se sentia confortável, parecia que fingia gostar só pra me agradar, e isso é uma das piores coisas que o ser humano pode fazer por causa do outro.

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