Capítulo 2-Chame o medico

78 13 58
                                    

Hospital de unit


6:30

O sol nascente protagonizava a Aurora em Unit city. Estava frio, muito frio. A janela do quarto treme com a brisa forte, as cortinas rosas balançam invadindo todo quarto. Tudo estava silencioso, não um silêncio bom, um melancólico e tedioso. Enquanto o mesmo invade o quarto do hospital, certa pessoa acorda de seu coma, como num espasmo involuntário, como se um chamado o despertasse até a realidade novamente.

David abre os olhos lentamente, suspirando profundamente, já com a luz fraca do sol da manhã batendo em seus frágeis olhos. Ele escuta barulhos do aparelho cardíaco apitando. Está deitado numa cama confortável e coberto com um fino cobertor. Há alguém no recinto, uma mulher de baixa estatura, corpo largo, e estava usando um jaleco médico tão branco quanto as paredes do quarto. Estava regando flores que ocupavam boa parte do lugar próximo a janela, cantarolando distraída. Nem ao menos percebeu David levantar a cabeça, ainda com dificuldade ao buscar identificar o ambiente:

— P---Por...favor, o---onde eu estou?– ele finalmente reúne forcas para falar, ainda que com dificuldade, se atrapalhando com os fios conectados ao seu corpo em sua reação brusca, sentindo seus músculos falharem e sua boca ressecada tornar quase torturante a fala.

— MEU DEUS!!– a enfermeira deixa o regador cair no chão, assim que se vira subitamente pelo susto— Por favor fique aí, eu vou buscar o médico. DOUTOR, O PACIENTE 3 ACORDOU!!– gritou, saindo ao corredor branco do hospital.

Alguns dias depois. As janelas agora estão abertas com a visão para a cidade e os grandes prédios. David continua na cama, sentado, porém agora Charles se encontra de seu lado, vestindo seu sofisticado smoking como de costume.

— Diversas pessoas lhe deixaram flores. Dava alegria ao quarto. Foram meses difíceis.– falou ele de forma simpática, tentando animar uma conversa com o homem apático. David encara cada sinal em seu rosto, tentando identificar mesmo que a mesma singela mudança em sua expressão, ao que o convence-se da realidade anunciada.

— 15 meses?!– exclamou, ignorando as palavras do companheiro— Estava em coma por 15 meses?!

— O senhor teve uma recuperação difícil. A maioria das vítimas da tragédia no gerador já acordaram, e boa parte ainda carregam algumas sequelas, mas o senhor faz parte da pequena porcentagem que saiu ilesa entre os escombros, apenas adormecido. Mas considerando sua situação atual você está mais do que ótimo.

— "Tragédia"?! – repetiu surpreso, se desprendendo do resto da declaração do empregado— O que aconteceu com aquele acelerador, Charles?!

— Senhor, espero que entenda. O senhor não está em condições de se preocupar com isso. O médico me fez prometer que não passaria por frustrações até levar alta.

— Mas que merda Charles! Me diga logo o que houve, sou seu chefe porra! – David argumentou, erguendo seu tom de voz diante a afobação. Ao encarar nos olhos do subordinado o espanto por sua reação ele logo recuou, esperando ouvir o que viria a seguir.

— Por isso mesmo...– Charles voltou com serenidade, não se abalando pelo tom grosseiro de David— Só quero o melhor para o senhor.

MANSÃO WAYLOL
20 dias depois

MANSÃO WAYLOL20 dias depois

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Justice- Not hero [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora