five

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YoonGi

Pálido, fitei o rosto frio de Kim Kwang, o dono do lugar onde eu e Jin morávamos e o mesmo filho da mãe que tinha nos expulsado de lá.

— Isso é injusto! — eu disse em voz alta. — SeokJin não é perigoso.

— Eu não me importo se é ou não perigoso. Todos sabemos que ele é perturbado e meus outros inquilinos não se sentem seguros com ele.

Circulei por toda a sala, cobrindo o rosto com as mãos.

— Está cometendo um erro!

— O erro não é meu, YoonGi. Aquele rapaz não pode ficar aqui. Ou você faz ele ir embora ou os dois terão de ir.

Ir embora?

— Você sabe... Colocá-lo numa daquelas clínicas para anormais.

Bufei, sentindo todo o controle se esvair do meu corpo.

— Eu não... posso.

— O que significa que ambos terão de ir.

Parei de andar e voltei a encará-lo.

— Você é um filho da puta sujo!

Kwang apenas assentiu e deu de ombros.

— Vocês têm dois dias.

Peguei as sacolas, e saí de sua casa às pressas. Eu não queria mas alguma coisa muito ruim em minha mente me dizia para pensar no que ele disse sobre fazer Jin ir embora.

[...]

Estamos fora, SeokJin.

O mais velho empalideceu completamente até finalmente dizer:

— Como assim estamos fora?

— Fora desse lugar maldito! Fora dessa merda de casa medíocre. Simplesmente fomos despejados.

Ele disse o motivo? Você não fez nada errado!

— É, SeokJin, eu sei que não fiz.

Jin franziu o cenho pensativo. Fiquei em silêncio, encarando seu rosto tenso, preocupado.

— Eu fiz alguma coisa, YoonGi? — as palavras saíram pesadas e senti meu coração apertar de uma forma inimaginável.

— O quê? Não!

Jin era esperto.

— Foi culpa minha, não foi? Por isso você não quis me encarar quando entrou...

— O que está dizendo?

— Não minta para mim, YoonGi! Não sobre isso!  Você foi expulso por que eu sou anormal, não é?

— Jin, pare!

Ele deu as costas, andando na direção da sala.

— O que pensa que está fazendo?

— Indo resolver esse problema.

— Você não pode...

Segui-o, extremamente preocupado.

Estava prestes a sair pela porta quando o segurei por trás e o afastei, trancando a porta e guardando a chave no bolso.

Ofegante, olhei para o mais velho no chão que parecia desorientado.

— Me deixa sair! — ele gritou, as lágrimas já descendo em seu rosto triste.

— Eu não posso!

— Por favor!

— NÃO!

Ele se pôs a soluçar.
Deslizei pelo chão e ao alcançar Jin, abracei-o com toda a força que conseguia usar.

— Vai ficar tudo bem, hyung — eu disse lentamente, segurando seus cabelos negros e macios. — Nós vamos ficar bem.

...

Hallucinations  ksj+mygOnde histórias criam vida. Descubra agora