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Os primeiros raios de sol refletiam pela janela aberta do dormitório de Jimin, não tardando em acordar o rapaz. Após dois ou três xingamentos, forçou seus olhos a abrirem, a claridade o incomodando por longos segundos até que finalmente ele pudesse analisar sua situação com coerência.

Nenhum edredom cobria seu corpo, muito menos alguma peça de roupa e, mesmo completamente nu e com a janela aberta, não sentia frio. Sua cabeça latejou ao erguer-se nos cotovelos para que pudesse ter uma maior visão de seu corpo estirado na cama pequena.

Chupões ocupavam a maior parte do interior de suas coxas, havia pelo menos cinco em sua virilha e cintura e outros alguns em seus mamilos - principalmente no que estava com o piercing. Não precisou ver para saber que seu pescoço estava igualmente marcado e apenas pela dor em sua bunda, soube que havia marcas de tapas ali, o ardor era inconfundível.

O que será que eu fiz ontem à noite?, foi oque circulou pela mente de Jimin por alguns segundos.

Ele não se recordava de muita coisa e a dor de cabeça excruciante só dificultava o processo. A garganta não o incomodava apenas pela secura tipica da ressaca, ele a sentia apertada e latejante, arranhando suas cordas vocais.

Jesus, quem eu chupei ontem?, mais uma vez os pensamentos de Jimin o xingaram pela imprudência. Pelo menos era um pau grande, e agora, ele se dava tapinhas nas costas mentalmente.

Não havia completado um minuto inteiro a partir do momento em que Jimin decidira voltar a dormir quando o sinal bateu. A primeira aula iria começar. Ele não podia perder o período, estavam na semana decisiva e ele, definitivamente, não queria perder sua oportunidade de ganhar um papel importante.

Esse ano precisava ser o seu ano. A sua chance.

E ele ainda poderia entrar para a segunda aula.

Se ele levantasse agora, claro.

Demorou mais que alguns minutos mas quando Jimin finalmente ergueu-se da cama e sentou, seus olhos rapidamente se arregalaram ao que seu corpo despertou imediatamente.

O incômodo veio em forma de pontadas em seu baixo ventre - bem baixo mesmo. Rapidamente levantando, Jimin sentiu a fraqueza nas pernas ao que os músculos reclamavam do esforço. Ele deu um passo e parou bruscamente.

Mas que porra é essa na minha bunda?, foi o que ele pensou segundos antes de dirigir sua mão para a região. O contato gelado com o objeto fez seu coração disparar, o indicador rodeando o que seria a ponta. Jimin engoliu em seco.

Era um plug.

O rapaz de cabelos loiros cambaleou um pouco, o desconforto do plug se alastrando por seus músculos e quando alcançou a borda da escrivaninha, mordeu os lábios, contendo o grito.

Havia uma pequena polaroide depositada na madeira. Assim que seus olhos identificaram a figura ali, seu coração disparou e suas pernas bambearam.

Era ele. Ou melhor, sua bunda.

Um coração estava desenhado na parte de trás da foto polaroide em caneta preta.

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- Achei que não fosse estar vivo hoje, cara. - Taehyung comentou sorridente assim que Jimin se aproximou dele e de Yoongi, ambos na sala de ensaios.

- Quem disse que estou vivo? - Jimin resmungou após fazer um hi-5 com cada um.

- Você enlouqueceu ontem na festa do Sehun bro. -Yoongi falava mais lento que o normal, deixando óbvio os efeitos da ressaca em seu corpo. Jimin mordeu o lábio inferior diante daquela afirmação. - Estávamos fumando uma e quando piscamos, não havia sinal de Park Jimin, o ícone dos musicais, a rainha dos gays, o--

Once upon a plug;;  jjk+ pjm Onde histórias criam vida. Descubra agora